quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Canja de Cenoura


As noites curitibanas de primavera, com temperaturas sempre intempestivas - no caso abaixo de 10 Cº, nos fazem preparar algo acalentador, que esquente o corpo e a alma.Na refeição em questão, uma canja mais leve, à base de cenoura, bem distinta da que nos remonta à tradicional, como nos relata a história da gastronomia, que conta que a Canja de Galinha é uma das heranças da primeira invasão francesa que persistiram até aos nossos dias, conforme detalhado no blog passadocurioso.blogspot.com.
Canja de cenoura
400 gramas de peito de frango cortado em cubos
3 cenouras raladas
1 cebola picada
1 litro de caldo de legumes
sal, pimenta do reino
200 ml de azeite de oliva
Modo de preparo
Temperar o frango com pimenta do reino
Aquecer azeite e dourar os cubos de frango
Acrescentar cebola até murchar
Colocar cenoura e deixar caramelizar - aproximadamente uns 15 minutos, mexendo sempre para não queimar
Acrescentar o caldo de legumes e ferver por 20 minutos
Para servir, regue azeite e decore com ciboulettes picadas.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Berinjelas para Anastácia

Como a querida Anastácia é moça fina, não deu nem pra ligar e desejar feliz aniversário. Afinal a rapariga é metida, deixou o cerrado e está além-mar, divagando sobre os melhores Bolinhos de Bacalhau, Pastéis de Nata, visitando vendinhas em Coimbra e, se bobear, torcendo pro Benfica (pois é chegada num clube de massa, com gavião de mascote). Então, daqui da Brazuca, mandamos um grande beijo para amiga, erguemos muitos brindes e degustamos essa berinjela em sua homenagem. A receita é uma versão do clássico Parmiciana di Milinciani, compartilhada pelo blog Cucinando. Quando você voltar pode cobrar que preparamos uma pra você. Feliz aniversário Inezita!

Ingredientes
Duas berinjelas pequenas
200 ml de ragù semplice alla napoletana
Um pedaço de queijo brie (o certo é usar pecorino, mas não tinha)
Azeite de oliva
manjericão para decorar

Corte as berinjelas em fatias finas. Deixe num escorredor, polvilhe um pouco de sal e deixe descansar, por uns quinze minutos. Numa assadeira, coloque azeite de oliva, uma fatia de berinjela, o ragu e uma fatia de queijo, formando duas camadas. Asse até o queijo derreter. Delicie-se.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Pururuca

Mestre Houaiss define pururuca como "aquele que é rabugento, arreliento, irritadiço". Nada a ver com a definição a gastronômica: "com a pele torrada, crespa e crocante, como torresmo". Tira-gosto dos deuses, que Norton Nicolazzi Junior, amigos de muitas "estórias" sabe preparar como poucos. Desta feita foram preparadas na casa de Norton pai, que ao lado de sua companheira Sonia, recebeu esta dupla como parte da família. Uma paleta e um pernil. Uma porção generosa de pururuca. Oh Deus! Como eu sou tão feliz...

Uma paleta e um pernil
Sal Grosso

Tempere a carne com sal e coloque na churrasqueira, com a gordura para cima. Deixe na parte alta da churrasqueira, por umas três horas. Vire a peça e coloque próximo ao fogo, até ficar pururuca. Coma até não poder mais...l

Pai e filho se divertem com a pururuca

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dobradinha do Pastificio

Prato converso, subestimado, renegado por muitos, mas um verdadeiro clássico de nossa gastronomia. Restaurante que se preza, ao menos uma vez por semana, oferece sua versão para os sábios comensais que mantém viva a tradição da Dobradinha. Aqui em Curitiba, no centro da cidade, no Restaurante São Francisco, é possível come-la às terças, na versão portuguesa, com ovo cozido, feijão branco e calabresa. A do Arrumadinho da Marechal, servida às sextas, é muito saborosa, com caldo de ossobuco, calabresa, costelinha defumada e bacon, mais nobre, indicada para os não iniciados. Ontem, a Baby resolveu meter a mão no bucho e com dicas valiosas da vizinha pernambucana que conheceu na fila do açougue, preparou a primeira dobradinha do pastificio. Ficou sensacional.

Ingredientes

- Um kg de bucho, cortado em tirinhas
, bem finas
- Uma costelinha de porco defumada, dessalgada

- 200 gr de picanha suína previamente assada e cortada em cubos
- 100 gr de bacon fatiado em tiras finas
- 200 ml de azeite de oliva
- 250 g de feijão branco

- 3 dentes de alho

- 2 cebolas bem picadas
- 1 pimenta dedeo de moça sem sementes, bem picadinha
- 1 colher de sopa de cúrcuma (açafrão-da-terra)
- cebolinha, salsinha
- 4 folhas de louro
- 1 litro de caldo de carne

Modo de Preparo

Previamente, deixar feijão branco de molho por, no mínimo, 2h.
Aqueça 50 ml de azeite na panela de pressão, doure as lâminas de alho e as folhas de olho.
Acrescente a dobradinha cartadas em julienne, tiras bem finas, com uns 5 cm de comprimento cada. Mexa, doure rapidamente.
Acrescente água fervente e, após pegar pressão, ferver 10 minutos.
Escorra, acrescente água fervente novamente e ferva mais 10 minutos.
Escorrer e reserve.
Aqueça 100 ml de azeite, doure o bacon até ficar crocante. Coloque a pimenta picada, a cebola e deixe dourar.
Coloque os tomates, com a polpa, a cúrcuma e as costelas em filetes. Cozinhe por uns 15 minutos, como um ragu. Acrescente a dobradinha. Cubra com o caldo de carne e ferva na pressão por 20 minutos.
Abra a panela e coloque o feijão escorrido.
Feche a panela novamente e cozinhe mais 20 minutos. Abra, acerte o sal, acrescente os cubos de lombo de porco assados previamente e deixe a panela aberta no fogo baixo caso o caldo esteja ralo.
Pronto. Sirva em cumbucas e finalize com azeite de oliva, cebolinha verde picada e ovos cozidos imersos no caldo.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Spaghetti com lagosta e camarões grelhados

Reza a lenda que as belas formas de Sophia Loren são graças ao spaghetti. Só posso concluir que o formato é mesmo milagroso. Pois bem. No último 4 de setembro, este escriba completou mais um ano de vida e comemorou em grande estilo, aproveitando a fartura proporcionada pelo mar de Zimbros. Passou na Peixaria das Meninas, adquiriu rabos de lagostas e camarões e preparou este belo spaghetti, degustado ao lado de Baby, Frida e Mimi. Compartilho a receita com os amigos.

Ingredientes (para duas pessoas)
250 g de spaghetti
4 rabos de lagostas
250 g de camarões frescos, com o rabo
100 g de bacon

Uma cebola picada

Salsinha para decorar
azeite de oliva
sal, pimenta-do-reino

Corte o bacon em cubos e coloque na frigideira, em fogo baixo, até ficarem crocantes. Acrescente a cebola até dourar. Desligue. Coloque o spaghetti para cozinhar e numa chapa de ferro, doure os rabos das lagostas e na sequência os camarões, temperados com sal e pimenta-do-reino. Escorra a massa, incorpore no bacon e misture bem. Sirva com os crustáceos grelhados.

domingo, 20 de setembro de 2009

Salame de Cordeiro

Quem pega a BR 101 não pode deixar de conhecer o Santpar. Fica em Garuva, marco zero da divisa entre Paraná e Santa Catarina. Por alguma intervenção divina, um dia paramos por lá. Era uma pequena salumeria, que ficava numa casa antiga bem elevada da rodovia. Provamos alguns cracóvias, queijos "nozinhos", bem coloniais, típicos catarinenses. Hoje o local tem acesso mais fácil, com duas grandes lojas, uma em cada lado da rodovia. Parada obrigatória quando partimos pro nosso Mediterrâneo em companhia de Frida e Mimi. Serve singelos pastéis de carne e queijo, sanduíches de pão caseiro com queijo e salame e, pendurados em grandes rodas de carroça, as iguarias ali produzidas. A melhor delas é o salame de cordeiro, que a Baby jura que vai rechear alguns raviolis e servir com molho de hortelã. Mas como ainda ela não teve tempo pra preparar, fica a dica do "tira-gosto". Basta cortar o salaminho, regar com molho de hortela e servir com palmito jussara, apesar do pecado ecológico.

Queijos Santpar
Queijo defumado, colonial, trança ou nozinho, salames, lingüiça, nata e manteiga.
BR-101 - Km 0
Tel.: (47) 3445-3192

Almôdengas de Cordeiro ao molho de iogurte


O desejeo de comer estas almôndegas que vi numa foto no blog Comidinhas, de Alessandra Blanco, me deixou sem respirar. Principalmente porque foram preparadas pela chefe Lúcia Sequerra, do aconchegante Santa Madalena, onde já degustamos pratos maravilhossos. Quanta saudade da 'Paulicéia Desvairada' nestes momentos. O Sérgio, com sua habitual simpatia e Lúcia...hummmmmmmm, com suas surpresas gastronômicas. Além disso, esta incrível mulher participou de um momento marcante da minha vida. Elaborou, com sua maestria, os quitutes de uma festa improvisada de casamento, que ficou na história.
Bom, e as Mini almôndegas de cordeiro cozidas no iogurte? Nada de receitas. Então vamos tentar. Nunca vou compará-las às da Lúcia, porque não provei e ela desbanca muitos na cozinha com suas pequeninas mãos.

Ingredientes (30 almondegas pequenas)
1 quilo de carne de cordeiro moída
1 maço de hortelâ fresca bem picada
sementes de mostarda escura
páprica picante
cardamomo em pó
cominho
canela em pó
(uma pitada de cada especiaria)
1 pimenta dedo de moça, sem semente, bem picadinha
sal
Mexe e remexe e deixa descansar na geladeira por 2 horas
Moldar Mini Almôndegas e passá-las rapidamente na farinha.
salpicá-las com sementes de mostarda escura
E...mais 2 horas na geladeira.
Untar uma forma e assá-las por, no máximo, 10 minutos.
MOLHO
500 ml de caldo de carne (artesanal - usando o truque dos ossos assados salpicados na farinha de trigo, massageados com molho sugo; depois cozidos com a tríade para lá de especial de legumes - cebolas (50%, salsão - 25%, cenouras, 25%);
300 ml de iogurte natural
2 gemas de ovos caipira.

Reduzir pela metade o caldo; Esfriar; Bater o iogurte com as gemas e 50% do caldo frio já reduzido com um foie.
Aquecer o restante e adicionar as almondegas pré-assadas. Deixar ferver por 10 minutos e acrescentar o creme.
Misturar rapidamente até engrossar sem parar de mexer. Pronto. Servirmos com fettuttine recém preparado. Preparo um dia incentivado por Lúcia Sequerra, que, há alguns anos, dedicava algumas noites a ensinar para pequenos grupos alguns truques da cozinha do Santa Madalena.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sororoca grelhada

















Em se tratando de peixes aprendi que 'o menos é mais' - parafraseando o chef Jamie Oliver, no livro A Itália de Jamie. Recentemente conheci a Sororoca. Bom....Sororoca? Não é pescada branca não? Benta, cozinheira do restaurante Franciele, afirmou que é um dos melhores para se comer grelhado e descobrimos após já ter traçado um filé alto, de carne firme, temperado apenas com sal e pimenta do reino. Bom, como em Zimbros
encontramos com abundância peixes deliciosos, frescos e, muitas vezes, desconhecidos do nosso vocabulário, fomos em busca de novas Sororocas na peixaria das Meninas. Depois de limpo, a carne dos filés nos dá água na boca. Corremos para casa com dois filés de aproximadamente 500 gramas cada.

Temperar com sal e pimenta.
Passar os filés rapidamente na farinha de trigo e tirar o excesso.
Aquecer grelha e untar com azeite de oliva. Grelhar por, no máximo, 5 minutos de cada lado, até ficarem dourados e crocantes. Pronto. Chegou a hora de degustar nossa Sororoca.

Mas não ficou aí! Exatamente neste momento, outra Benta, a Benta do Cido - pescador zimbreiro de muitos anos - nos presenteou com alguns filés, já empanados, recém saídos do mar. Ainda não descobrimos que peixe é, mas nos proporcionou puro deleite. Para acompanhar, uma salada fresca (beterraba e cenoura raladas crua, e uma farofa de embutido com ervilhas frescas.



sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tagliatelle para Maria de Zimbros

A praia de Zimbros tem muitas Marias. Mas nenhuma delas é como Maria de Zimbros. Semana passada, na aconhegante cozinha da pousada desta grande amiga, preparamos esta pasta singela em sua homenagem. E comemos, bebemos, gargalhamos e compartilhamos sua intensidade única, que nos ajuda a entender um pouco mais essa tão estranha vida sobre a Terra...

Ingredientes (para 3 pessoas)
300 g de tagliatelli de abóbora
50 g de ervilhas frescas
500 g de camarões graúdos, sem casca
Uma cebola roxa picada
Um tomate picado
Uma pimenta dedo-de-moça picada
Palmitos em julienne
Azeite de oliva

Coloque a massa na água fervente e em fogo bem alto, aqueça o azeite e doure a pimenta e a cebola. Coloque os camarões, acrescente as ervilhas e o tomate e saltei rapidamente, até o camarão ficar tenro. Retire a massa e incorpore. Brinde a alegria de viver.

Maria de Zimbros em sua cozinha...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Lasagna di ricotta

Receita singela, nada original, mas que serve para colocar um pouco de massa e alegria em mais uma chuvosa noite curitibana. Executada há uns três meses e, por pura preguiça, ainda não compartilhada com os amigos. Postada ao som de "Mambo Italiano", interpretada por Renato Carosone.

Massa (para 6 pessoas)
300 grs de farinha de trigo (ou semolina)
3 ovos caipiras


Recheio
Ragù Semplice alla Napoletana (veja aqui como preparar)
Ricota fresca, a melhor que encontrar
Parmesão

Misture bem o ovo e a farinha e deixe descansar, por pelo menos uma hora. Abra a massa em folhas bem finas e deixe secar, num varal, cadeiras ou algo similar. Deixe descansar. Corte a massa no tamanho adequado na sua travessa. Cozinhe a massa na água com sal (jamais coloque qualquer tipo de azeite na água) e vá intercalando com o ragu e a ricota, formando no máximo três camadas. Polvilhe com parmesão e coloque no forno. Decore com uma flor de nirá e outra do seu jardim. Abra um tinto e bote Mambo Italiano na vitrola. Divirta-se.

Massas frescas secando no pastifício

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Bacalhau do Raposo

Neste domingo, em companhia do grande amigo Rafael Martins partimos em busca de um bom bacalhau. Sem delongas, optamos pela tradicional Cantina dos Açores. O local é frescura zero, mais bar do que restaurante, comandado por João Raposo e sua numerosa família. Como bom açoriano que é, entende do riscado. Prepara o bacalhau do modo clássico, tradicional, sem firulas desnecessárias. Desta feita, ele nos serviu o peixe em suculentas postas, com batatas, cebola dourada, ovos cozidos, azeitonas pretas e azeite de oliva português, acompanhado de grão de bico e arroz branco. Entre uma garfada e outra, muitos brindes com Vinho Verde. Simplesmente divino. O Raposo não forneceu a receita do seu bacalhau, mas nos disse que é só levar a travessa lá que ele prepara um na sua frente. Fica na Euzébio da Mota, 306, Juvevê, Curitiba.

Que tal a posta, Inezita?

Arquipélago dos Açores

João Raposo, de olho na freguesia

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Farfalle al Sugo e Pollo

Nada como chegar em casa depois de um dia meio chato, com preguiça de cozinhar, abrir a geladeira e se deparar com um generoso pote de sugo, espesso, suculento, feito por você mesmo. No sábado, em companhia da incansável companheira Bia, preparamos dois litros do molho, utilizado para alguns Parmiciana di Milinciani, maravilhosa receita siciliana, dica do blogueiro e chefe Carlos Bertolazzi. Graças a esse adorável ragu, preparamos essa receita pra lá de singela, acrescida de apenas de alguns cubinhos de frango, mas que nos deu mais ânimo para encarar a fria noite curitibana...

Ingredientes (para um casal)
250 gr de Farfalle Barilla - "130 anni di amore per la pasta"
Alguns cubos de peito de frango
Molho Sugo feito por você (veja aqui como preparar)
Azeite de Oliva
Manjeiricão fresco
Parmesão
Vinho Tinto

Coloque a massa na água fervente. Em uma frigideira grande, aqueça o azeite, doure o frango e acrescente o sugo. Aqueça em fogo baixo. Escorra a massa, coloque na frideira e acrescente folhinhas de manjericão fresco. Sirva o tinto e faça um brinde a vida. E ao sol...

sábado, 8 de agosto de 2009

Penne de beterraba

Esse penne de beterraba é elaborado com muito esmero na Oli Gastronomia, espaço que dispensa apresentações, comandado pela chef Geraldine Miraglia. Belíssima pasta, bem fina, leve, artesanal, presente de nossa jovem amiga, Daysi Carias de Oliveira, elétrica sommelier do Bistrô do Victor. Preparamos a massa aqui no Pastifício com um naco de bacon, peito de frango, cebola, ervilha e azeite de oliva. Polvilhada com pecorino ralado, trazido pelo amigo Fernando Naufal, eterno viajante, que destinará sua classe e elegância entre os capixabas. Um brinde aos amigos!

Penne de beterraba (para 4 pessoas)
- Um pacote de penne de beterraba
- Um peito de frango
- Um naco de bacon
- uma cebola
- ervilhas frescas
- sal, pimenta-do-reino, cúrcuma, azeite de oliva
- pecorino ralado

Corte o bacon em cubos e frite lentamente, em lume baixo até ficarem crocantes. Aumente o fogo e acrescente as cebolas, também picadas em cubos. Deixe dourar e adicione o frango, temperado com sal, pimenta-do-reino e cúrcuma. Coloque a massa na água até ficar al dente. Retire com uma escumadeira e acrecente na frigideira, misturando bem com um pouco da água do cozimento. Sirva com pecorino ralado.

Daysi Wine and Roses

Naufal em busca das moquecas

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ferraduras de tainha

O inverno já vai longe e ainda não tivemos o prazer de degustar uma Tainha em Zimbros. Coisas da vida. Mas São Lourenço, sempre por perto, faz das suas. Pra nossa alegria, o vizinho "Tio Virso", habitante de Itajaí, nos trouxe gentilmente uma tainha fresquíssima, pescada no dia de sua viagem pra Curitiba. Vinda pelo muro, como as pessoas faziam antigamente. Só nos restou prepará-la do modo mais simples, mais singelo, mais zimbreiro que uma tainha merece. Cortada em postas, passadas na farinha e fritas em oléo bem quente, até ficarem crocantes, mas tenras. Só faltou a brisa gelada que vem do mar...

Ingredientes
Uma tainha fresca, fresquíssima
Sal, pimenta-do-reino
suco de limão
manjericão fresco
uma xícara de farinha de trigo

Tempere o peixe, cortado em postas, com sal, pimenta-do-reino, majericão e um limão espremido. Aqueça óleo, passe a tainha na farinha e frite até ficar dourada. Sirva com salada e farofa.

Zimbros, julho de 2007

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pastéizinhos da Dona Janete

Maga foi pro mar. Deixou seu remoto refúgio, a bucólica Vila Ida, onde dormiu, comeu, bebeu , gargalhou, tomou banho, falou muito ao telefone, ficou sem luz, compartilhou bons e, claro, pequenos entreveros, que ninguém é perfeito. Deixa o convívio protetor de São Lourenço e Santa Rita Durão, a presença amiga de Liliane, o cheiro da comida do pastifício, os latidos de Frida e os sustos de Mimi. Deixa também o cheiro agradável de seu incenso no ar, o barulho do secador de cabelos pela manhã e principalmente, sua presença alegre, bonita e marcante em tantos momentos especiais e divertidos vividos juntos nestes últimos tempos. Mas o melhor, é que Magaly Papke sai no lucro. Protegida por Santo Antonio de Lisboa e Santa Catarina, ouvindo o barulho do mar, perto das ostras e dos pescadores, das feirinhas de iguarias, fazendo seus "scraps" na Ilha do Desterro. Para marcar esta partida, recebemos seus mais fiéis amigos e claro, preparamos muitos quitutes. Entre eles, uma receita muito especial, de mãe, criada por Dona Janete, mãe deste escriba.

Pastéizinhos da Dona Janete (25 unidades)

Massa

- 4 xícaras de farinha de trigo

- 4 ovos duas colheres de azeite

- um pouco de água morna

- uma dose de pinga

- sal

Recheio (O clássico é o de carne moída com ovo. Mas preparamos uma das variações, o de milho verde com queijo)

- 3 espigas de milho verde fresco

- 250 gr de queijo canastra (ou meia cura)

- sal, pimenta do reino


Misture todos os ingredientes da massa, acrescentado a água aos poucos, até ficar no ponto. Deixe descansar, por no mínimo uma hora. Enquanto isso, debulhe o milho tempere com sal e pimenta do reino e refogue até o milho ficar bem amarelinho, colocando um pouco de água de vez em quando, para não grudar. Deixe esfriar. Acrescente o queijo, cortado em pedacinhos e misture bem. Reserve. Abra a massa numa máquina e corte em retagunlos, de aproximadamente 40X10. Disponha o recheio sobre a massa e cubra com outra. Frite em óleo bem quente. Sirva com salada e molho de pimenta suave.

Boa sorte aí na Ilha, Maga

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Puchero do Krassuski

Clássico da cozinha ibérica, o puchero, cocido madrileño ou cozido português é um prato de muitas interpretações, preparado com legumes, carnes variadas e embutidos. Nosso cunhado de raízes polacas, Luiz Krassuski, nos apresentou sua versão para o prato, arrancando elogios rasgados da dupla do pastifício. Quem não conhece o casal Dani e Luiz pode degustar o prato às sextas-feiras, no tradicional Restaurante São Francisco, no centro de Curitiba. Mas garantimos que o Puchero do Krassuski é muito mais saboroso...

Ingredientes (para 8 pessoas)
250g de grão de bico
250g de feijão branco
Uma espiga de milho verde
½ k de batata salsa
½ k de cenoura
Uma cebola grande
Uma batata inglesa
Meia cabeça de alho
Dois tomates
½ k de pernil
½ k de costela de porco defumada
250g de paio
250g de lingüiça pré-cozida
Pimenta-do-reino
Um ramo de alecrim

Na véspera, em tigelas separadas, deixe de molho o grão de bico, a costela defumada e o feijão branco, cobrindo com o dobro de água. Tempere o pernil já cortado em cubos com cebola, alho, sal, pimenta do reino. No dia seguinte, refogue o pernil no próprio tempero. Acrescente a costela defumada, os tomates picados sem sementes, coloque água e deixe cozinhar, por aproximadamente uma hora. Em outra panela, cozinhe o feijão e o grão de bico. Acrescente a cenoura, o milho e a batata salsa. Tempere com um pouco de sal. Acrescente as carnes e deixe cozinhar por mais duas horas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Risoto de alho-poró com medalhões de vitelo

Segundo vários grupos religiosos, o batismo é um rito de passagem, uma iniciação. Os pequenos Théo e Dora passaram por esse ritual e o pastifício teve a honra de receber a pequena dupla (já devidamente perdoada do pecado original), o orgulhoso casal Johnny e Célia, seus fiéis amigos e familiares para uma agradável tarde etilico-gastronômica. Antepasto de berinjela com nozes, terrine de fígado de galinha, fiori de fillo com shitake, lombo de porco com pesto de pinhão, risoto de alho poró com medalhões de lombo de vitelo, docinhos, bolo, café e algumas garrafas de vinho nos fizeram companhia nesta celebração memorável (com forte sotaque pé-vermelho). Muita saúde aos queridos amigos e aos pequenos perdoados....
Risoto de alho-poró
Servido com medalhões de vitelo ‘bêbados’
(para quatro pessoas)

2 xícaras de arroz arbóreo
1 litro e meio de caldo de frango e legumes (* preparado à parte)
1 copo e meio de vinho branco
3 alho-porós cortados finamente
1 cebola grande cortada em cubos
cerca de 200 gramas de parmesão
azeite extra virgem
100 grs de manteiga sem sal

Coloque o caldo para ferver e enquanto isso aqueça o azeite e 50% da manteiga numa outra panela. Junte a cebola, doure e coloque 50% do alho poró. Refogue até ele amolecer e soltar o sabor. Jogue o arroz e refogue uns 2 mins. Coloque o arroz, mexa, deixe evaporar o líquido e coloque o vinho branco seco. Sempre mexendo, espere o vinho ser absorvido e coloque o caldo fervendo aos poucos, sempre misturando para não grudar no fundo da panela e cozinhar por igual até o arroz ficar macio e molhado. O segredo do risoto é não deixar que ele seque, por isso a medida do caldo não é precisa, tem que sentir o ponto. Úmido. Colocar o queijo parmesão e mexera mais uns 2 minutos. Desliguei o fogo e coloque a manteiga restante. Mexa num mesmo sentido até dissolvê-la por completo. Proporcionará um brilho ao prato.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Galinhada Goiana

Como falamos, foi um grande prazer trabalhar com ingredientes que a maioria das pessoas torce o nariz - como jiló, pequi, fígado, galinha (com pescoço, pé e tudo mais). Mas bem preparados, ressaltam seus verdadeiros sabores. Mesmo que elem sejam distintos, amargos até ("saudade assim faz roer /E amarga que nem jiló). No blog Come-se, Neide Rigo e suas parceiras vem compartilhando fantásticas experiências sobre o amargo. Então, vamos à Galinhada Goiana com Polpa de Pequi, que após uma semana de testes (e enorme colaboração de Janete e Katia Kindraski) , agradou os exigentes conterrâneos da querida Andréa.

Galinhada Goiana (para 15 pessoas)
Pré-preparo Galinha
- 6 kg de galinha caipira cortada em pedaços grandes, pelas juntas, preservando todos os pedaços
- Sal, Cominho e Pimenta-do-Reino a gosto1 xícara de vinagre de vinho branco
- 4 colheres de sopa de açúcar
- ½ xícara chá de óleo
- 4 dentes de alho cortados em lâminas
- 2 pimentas dedo de moça, sem sementes, finamente picadas
- 3 cebolas média picadas
- PreparaçãoTemperar a galinha com 24 horas de antecedência conservando-a na geladeira

Escorrer o caldo que se formou no fundo da travessa. Aquecer uma panela grande de ferro e derreter o açúcar apenas para caramelizá-lo, o processo deve ser rápido para que não amargue, pois vai passar este amargor vai passar para a carne. Acrescentar o óleo e, na sequência todos os pedaços de frango, empurrando-os para o canto e fazendo camadas. Com delicadeza – para não desmanchar os pedaços, pois deverão ficar inteiros e conservar os ossos. Fritá-los por igual, até todos os pedaços preservarem o tom dourado. Este processo demora cerca de 30 minutos. Não acrescente água. Após pedaços dourados por igual, acrescente a pimenta dedo de moça, alho e cebola. Doure mais 5 minutos - desligue se os convidados ainda degustam o fígado.
Após este processo, aqueça novamente o frango e vamos ao arroz:
- 6 xícaras chá de arroz parbolizado
- 2 litros de caldo de galinha previamente preparado
- 2 xícaras -chá de raspas de pequi
- 2 colheres de sopa de açafrão da terra
- Uma xícara chá de cheiro-verde cebolinha e salsinha picadinhos

Preparo

Adicione o arroz e o açafrão ao frango já fervente e refogue, misturando bem.
Adicione caldo, suficiente para cobrir o arroz, cerca de um dedo acima. Verifique o tempero. Deixe cozinhar com a panela semi-tampada, até que o arroz estija cozido.
Acrescentando mais caldo se necessário.
O processo de cozimento deve ser delicado. Mexer de baixo para cima apenas para o arroz não se prender no fundo, mas sem deixar os pedaços de frango danificados.
Apague o fogo, distribua cebola cortada em rodela por cima do arroz, as fatias de pequi douradas em separado no azeite e polvilhe o cheiro-verde por cima. Tampe novamente e aguarde uns 5 minutos. Sirva a seguir. Acompanha: Farofa de alho e vinagrete com pouca cebola e preparado com pimentões amarelo e vermelho, vinagre, azeite extra-virgem, pimenta calabresa.
Um lindo ano pra você, Andréa. Beta, esperamos uma receita das suas mãos de açúcar exclusiva para o blog
Andrea e seu amado pai

Beta entre Felipes do mesmo dia

Fígado Acebolado com Jiló

Preparar dois clássicos da cozinha goiana para a trupe comandada por Andrea Dureck não foi tarefa das mais simples. Afinal, a responsa foi grande. Nossa amiga completava 40 anos e nos solicitou apenais dois pratos: Fígado Acebolado com Jiló e Galinhada Goiana. Cozinha puramente brasileira, que nos rendeu excelentes momentos, de pesquisas e descobertas. Principalmente em relação ao jiló, ingrediente tão brasileiro e talvez por isso mesmo, tão renegado, principalmente aqui pros lados dos pinheirais. Um prazer muito grande, receber essa turma tão brasileira e alegre aqui no Pastifício. Que comeu, bebeu e cantou como se Goiás fosse aqui...Na sequência a receita da Galinhada...

Fígado Acebolado com Jiló
(4 porções)
- Um quilo de fígado bovino limpo
- 200 g de jiló (prefira os casca mais clara)
- 200 g de cebola
- 200 ml de leite
- azeite de oliva
- Pimenta dedo de moça, cortada em tirinhas, sem sementes
- uma dose de cachaça.
- sálvia fresca
- sal, pimenta-do-reino

Corte o fígado em tirinhas bem finas, acrescente a sálvia fresca, a pimenta-do-reino e o leite. Deixe descansar por pelo menos 30 minutos. Enquanto isso, corte o jiló em fatias finas, salpique um pouco de sal e deixe escorrendo. Seque bem em papel absorvente. Frite numa panela com bastante azeite, até ficarem dourados. Retire, escorra bem e reserve. Aqueça uma frigideira com azeite, mantenha o fogo alto, coloque a pimenta dedo de moça e acrescente o fígado. Jogue uma dose de cachaça e flambe. Acrescente a cebola, frite por mais cinco minutos, acrescente o jiló e sirva.
Andrea e André, o casal

Baby e a pequena Vitória

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Blanquette de Veau de Madame Juliette


Zimbros é um lugar tão inusitado que pessoas de outras fronteiras conseguiram se instalar e fincar raízes. Um exemplo é a Madame Juliette, 84 anos, propietária da Pousada do Francês, que de fevereiro a dezembro se instala no aconchego do seu lar e não priva os amigos de clássicos pratos franceses. Após as deliciosas refeições, esta senhora fabulosa ainda toca belas músicas no piano de Taís, a Maria de Zimbros, grande amiga que me apresentou pra este povo todo.
No último encontro, um almoço num domingo bucólico, cada um colaborou com sua especialidade e Juliette.....com seu Blanquette de Veau, preparado com esmero francês e que arrasou com os demais pratos. Segundo o grande chef Anthony Bourdain, o blanquette de veau é um prato essencialmente branco.
"Existem algumas regras no mundo da culinária e uma delas é que o contraste de cores é sempre desejável, e que um prato muito branco exige alguma guarnição, decoração, qualquer coisa que melhore o visual. Este prato porém é excessão à regra. A primeira reação de um chef principiante ao ver a travessa que ira para a mesa é dizer: - jogue um pouco de cenoura ralada ou salsa picada por cima, pelo amor de Deus! Mas resista firmemente a esse impulso, porque este prato tem de ser monocromático, branco e ponto final!".
Obrigada Madame Juliette!!!!!!! Parabéns, Maria de Zimbros, por nos proporcionar tão memoráveis e inesquecíveis encontros...

Blanquette de Veau de Madame Juliette
- 1 kg de mignon de vitelo cortado em cubos de 5 cm
- 500 grs. de mini-cebolas
- 250 gr de manteiga
- 250 gr de nata – creme de leite fresco
- bouquet garni (tomilho, alecrim, louro, salsinha amarrados)
- sal e pimenta do reino moída na hora
- 1 litro de água fervente, ou o suficiente para cobrir a carne

Cortar a carne em cubos de 5 cm e temperar com sal e pimenta. Aquecer uma panela grossa, de barro. Derreter 50% da manteiga Dourar as cebolas e, logo em seguida, a carne. Não deixar grudar no fundo, apenas dourar os pedaços por igual. Acrescentar água o suficiente para cobrir todo o cozido. Colocar o bouquet garni. Fechar e cozer por, aproximadamente, 50 minutos, reduzindo o líquido em 50%, ou até a carne estar macia, sem se desmanchar.Mexer frequentemente. Acrescentar 1 colher de farinha de trigo dissolvida em ½ copo de água mexendo bem para não embolotar. Cozer em fogo baixo por mais alguns minutos. Colocar a nata, mexer bem e servir. É sensacional! .

Rigatoni com ragu de frutos do mar


Zimbros, nosso paraíso a beira-mar sempre nos proporciona grandes momentos gastronômicos. Desta vez, compartilhamos uma receita bem tradicional, aproveitando os ingredientes sempre frescos que encontramos na peixaria das meninas. O rigatoni combina muitíssimo bem com este molho vigoroso e opulento.

Ingredientes (4 pessoas)
Um pacote de Rigatoni
400 gr de camarão fresco, limpo
200 gr de mariscos frescos, já abertos um naco de bacon em cubinhos
uma cebola roxa
6 tomates picados, sem peles e sementes
8 mini tomates italianos, inteiros
azeite de oliva
sal, pimenta do reino

Tempere os camarões e os mariscos com sal, pimenta do reino e folhas de manjeiricão. Em uma caçarola, frite o bacon até ficar crocante e doure a cebola picada. Abaixe o fogo e acrescente os tomates, mexendo de vez em quando para evitar que grudem no fundo. Caso necessário, acrescente um pouquinho de caldo de legumes ou água morna. Deixe no fogo até o tomate se dissolver completamente, formando um caldo denso. Acrescente os mini tomates. Coloque a água para ferver, e cozinhe os rigatoni al dente. Adicione os camarões e os mariscos ao ragu, por no máximo 5 minutos. Incorpore a massa ao ragu e sirva.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Caldinho de feijão com aspargos e portobello


Receita simples, mas deliciosa, perfeita para o outono curitibano. A receita foi criada com os ingredientes que abasteciam nossa Frigidaire 75: feijão branco cozido, um maço de aspargos frescos e um punhado de cogumelo portobello. A dica é peneirar o feijão depois de bater, pois deixa o caldo mais aveludado e delicado.

Ingredientes
500 gr de feijão branco cozido

um copo de caldo de galinha
Um maço de aspargos frescos

100 gr de cogumelos portobello


Bata o feijão no liquidificador, acrescentando o caldo de galinha (ou água morna). Passe por uma peneira e reserve. Cozinhe os aspargos com um pouco de sal até ficarem
al dente. Coloque o caldo para aquecer em fogo brando e numa frigideira, doure os aspargos e os portobello, acrescentando-os sobre o caldo.