Mostrando postagens com marcador massa artesanal. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador massa artesanal. Mostrar todas as postagens

sábado, 7 de outubro de 2017

Pasta!!! Porque te quero eternamente pasta

Quando se trata de comer bem (para saciar a fome e proporcionar benefícios à saúde), em minha opinião, o povo italiano compõe uma instituição da culinária mundial. Cultura essa propagada por todos os continentes e motivadora pela forma que muita gente cozinha atualmente. Os ingredientes frescos, em sua maioria orgânicos, vindos da horta para a mesa difundem o ato de comer bem, de forma descomplicada. Isso porque cultura foi preservada e influenciou os pratos mais amados da culinária do país em questão.
Por estas bandas, exemplo não faltou. Quando criança, eu e minhas irmãs dávamos nomes às galinhas. E quando não encontrávamos alguma delas no galinheiro, também não víamos minha irmã mais nova à mesa. No entanto, eu mais Fran, a mais velha, batíamos ponto e disputávamos o pescoço, asas e pés da galinácea preparada à perfeição. O importante era o sabor primoroso agregado pela vó Maria em cada erva que tirava da horta para na panela colocar.

Hoje, não vejo mais pequenos galinheiros. Nas casas, as hortas minguaram. A do Pastifício (uma pequenina réstia do que era a horta da vó Ida) está a cada dia mais prolifera. Mas nada se compara à dela. Tempos em que a maioria das pessoas à terra e à natureza tinham apreço – não só endereço. Neste mesmo terreno, ladeira abaixo, abóboras de todas as famílias proliferavam, ao lado de melancias, chuchu e dezenas de verduras e frutas. Hoje, fundo de vale aterrado por quem nem merece ser citado. Gente que tem nome e sobrenome, mas não merecedor do que come.

No que se refere às massas, o endereço de origem pode não ser de nenhuma província italiano. Fato é que lá fincou raízes e transforma-se em banquete em segundos. Com ingredientes frescos, cozinha descomplicada, simples. Uma bela massa curta seca, ou uma longa, fresca, com tomates, ou cogumelos, ou simplesmente regada com azeite, manteiga, pimenta do reino mais parmigiano regiano mexido e remexido até encorpar.... não há o que inventar. Apenas, à mesa sentar e mangia che te fa bene.

Com certa experiência no preparo das massas artesanais, em minutos o cardápio de um especial almoço de domingo é elaborado, sempre com massas à massa. Entre as recheadas preteridas das últimas semanas, o ravioloni, , o tortellini, o agnolotti e a eterna pasta longa, o fettuccine. Para todos os formatos, verduras salteados, cogumelos ou um sugo cozido morosamente, casa perfeitamente.

Velox-Luxo em ação - Para elaborá-las, a clássica máquina de preparar massa "Velox-Luxo" continua firme e atuante. Aqui, no Pastifício temos duas, benditas heranças. Resultado sem igual. Lâminas lindas, leves e delicadas, perfeita para a elaboração de diversos exemplares.....
No mais, abra a geladeira e vá até a horta, ao menos, ao pequeno pedaço de terra onde pode tudo proliferar e de lá, a massa fantasiar!!!!

agnelotti já cozido salteando na manteiga com folhas de sálvia
Agnolotti de carne ao vinho com catupiry,
 servido com redução de caldo de carne
'mar' de sálvia

















sexta-feira, 3 de julho de 2015

Fettuccine é massa fina!!!

Finas lâminas de massas cortadas no formato de fettuccine, cozidas por apenas dois minutos em água fervente, salteadas na manteiga de ervas (para a ocasião, sálvia da horta) e, depois, servidas em pratos individuais, delicadamente dispostas, regadas com azeite e salpicadas com parmesão de boa qualidade. Punto e basta!!!!  É mágica pura. É isso. Quanto você menos espera, um novo sabor desperta; uma textura inédita aparece. E ‘contra fatos, não há argumentos’.
Fettuccine na manteiga de ervas
Trata-se de um fogão a lenha (a todo vapor) sobre o qual dispus duas ou três lâminas das dezenas feitas para compor as lasanhas (do CLUBE DA LASANHA), cortadas no formato em questão. É questão da natureza – calor na medida perfeita. Secaram de forma uniforme. Quando colocadas na água fervente a intuição é quase de tirar imediatamente. QUASE.  Ingredientes e natureza. Nada mais do que isso. É o que os meus queridos amigos Gianni e Cris me ensinaram nas vezes em que no Il Borgo della Colomba estive e onde espero em breve retornar. No mais, um quilo de farinha, uma dúzia de ovos com gema caipira e o formato que desejar estará ao seu dispor.







quarta-feira, 20 de maio de 2015

Frescuras para o inverno com cappelletti in brodo

Há 140 anos os primeiros imigrantes italianos aportavam no Rio Grande do Sul (RS) irradiando raízes que se tornaram nossos legados. Para comemorar, que tal um cappelletti in brodo?

Para o deleite da maior colônia italiana fora do país europeu*, as temperaturas mais amenas chegam em companhia dos caldos fumegantes à mesa. Seja no almoço ou jantar um brodo preparado à perfeição (à base de legumes e galinha caipira) com delicadas massas artesanais mergulhadas nas cumbucas acalenta o apetite e afaga a nossa alma. Pela predominância do frio, aqui pelas bandas do sul do Brasil o brodo de cappelletti
 ou torttellini é presença constante. 


Se a opção for elaborar sua própria massa, tenha confiança, pois além de fácil preparo (farinha, ovos e um rolo de madeira) une a família, os amigos, namorados em torno de um objetivo em comum: degustar iguarias. Enquanto é preparado, seguindo as dicas deste passo a passo da senhora Nunzia Cascino 
http://cursosextensao.usp.br/mod/resource/view.php?id=14112, um pão fresco com antepastos diversos mais uma garrafa de vinho apaziguará o apetite e animará a finalização do prato principal. É lógico que como toda italiana ou descendente do amado povo do país da  bota, defendo as regras fundamentais para o ideal preparo da massa, assim como do caldo (brodo). Então, para ter absoluta certeza da massa a ideal a ser usada no preparo consultei o profissional da cozinha Michele Maggiolini, da Osteria Dei Sani, de Sarzana (https://www.facebook.com/osteria.sani?pnref=lhc). Sem pestanejar, Michele respondeu: Cappelletti e tortellini sono ripieni di carne e fatti in brodo”. Então, vamos nos aconchegar à mesa e esperar a refeição chegar, que no Brasil é hora de pranzoBom apetite a todos.

Ingredientes (para quatro pessoas)
- carcaças, coxas e sobre-coxas de 1/2 galinha caipira 
- 4 cebolas picadas em pequenos cubos
- 2 cenouras picadas
- ½ xícara de talos de salsinha 
- 1 talo de salsão, bem picado
- 4 dentes de alho cortados em lâminas bem finas
- 1 bulbo de alho poro cortado em Lâminas bem finas
- 100 gramas de lombo de porco defumado – no caso a preparada no pastifício, sem sal e com sabor inigualável, cortados em finíssimas tiras, na longitudinal
- 1 litro de água quente
- 1 folho de loro 
- sal
- azeite extra-virgem
- 1 dose de cachaça para flambar os legumes mais frango, assim que estiverem dourados no azeite- 400 gramas de cappelletti artesanal com recheio de carne http://cursosextensao.usp.br/mod/resource/view.php?id=14112.
Obs.: Para os que aguardam o aconchego de casa, após a labuta do trabalho do dia a dia, há algumas opções de cappelletti para serem adquiridos prontos, bem saborosos. O último que comprei (confesso, comprei) foi um artesanal, entre as opções da La Cave, em Curitiba/PR (
http://www.familiascopel.com.br/)

* Os dados referentes à presença dos italianos no Brasil constam do último Rapporto Italiani nel Mondo, realizado pela Fondazione Migrantes, escritório pastoral da Conferenza Episcopale Italiana, juntamente com um comitê formado por diversas entidades e com a colaboração de estudiosos de diferentes procedências coordenados pelo Dossier Statistico Immigrazione Caritas/Migrantes. No mundo, são mais de 60 milhões de descendentes de italianos, dos quais a metade está no Brasil.
aliás, hoje (20/05/2015) é uma data marcante para nós, descentes deste adorável povo: há 140 anos os primeiros imigrantes italianos aportavam no Rio Grande do Sul (RS) enfrentando todos os tipos de dificuldades, mas deixando um legado para o nosso Brasil, seja na gastronomia, na lavoura, na hospitalidade e , acima de tudo, irradiando nossas raízes. 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Lasanha, receita de tradição

Não é de hoje que a lasanha é um clássico das comemorações em família. Seja nos almoços de domingo ou festividades que reúnem pessoas diversas em torno da mesa, o prato é presença marcante.  Para mim, a degustação dos deliciosos nacos da tradicional receita é fato recente, já que considerava um prato um tanto quanto pesado, composto por lâminas de massas grossas e molhos por demais encorpados.  
Depois que provei receitas leves, com massas frescas e finas, passei a adorar alguns preparos. Paralelamente à degustação veio a produção como manda o figurino. Então, para aferir frescor à clássica receita, a mistura de farinha de trigo, semolina e ovos com gema caipira são passados diversas vezes na máquina, sempre bem enfarinhada. Com isso, as lâminas ficam praticamente transparente e cozidas em, no máximo, dois minutos.  Para intercalar, molhos leves, a exemplo dos que coloco na de Ricota, que além desse ingrediente, leva sugo cozido morosamente,  queijo parmesão ralado e folhas frescas de basílico. Outra versão é a Napolitana que elaboro com bechamel, também bem leve, com queijo prato ralado, presunto royale picado e as folhas de ervas.Outra clássica é a à bolonhesa, onde a carne moída  não  leva molho sugo. É refogada apenas com cebola moída e ervas frescas.
E assim, começou o CLUBE DA LASANHA, que em seu cardápio conta com mais três distintas coberturas, que podem ser degustadas no Pastifício Dell’Amore ou adquiridas para compor os mais deliciosos encontros gastronômicos!!!!




Lasanha: preparo que une pessoas
Colocar a mão na massa e preparar a sua própria pasta fresca, em casa, é uma maneira deliciosa de exercitar a criatividade. Um ritual que pode envolver ainda mais a família (já que juntos irão degustar um prato onde todos colocaram em prática seus ‘pitacos’) ou a turma de amigos – onde cada um, com a respectiva tarefa, vai mostrar sua habilidade.  
Para tanto, a lasanha é um dos melhores preparos, já que há etapas diversas para serem divididas.  Basta organização para que a experiência seja bastante divertida.  Entre elas, o preparo da massa é o primeiro que deve ser executado, já que necessita descansar, embrulhada no filme plástico, por 1h, na geladeira. Depois, em paralelo, os molhos podem ser distribuídos, bem como o abrir das folhas da pasta. Experimente!!!! 




domingo, 28 de setembro de 2014

Comer é MASSA!!!!!

Brodo de frango com cappelletti de catupiry
Retrato da Itália, as massas caseiras retornam às mesas no cotidiano dos brasileiros
Para o deleite da maior colônia italiana fora do país europeu, as massas artesanais - similares àquelas comumente degustadas no dia a dia dos italianos que lá habitam – por aqui, cada vez mais, a tradição retorna às origens. Basta conferir o número de publicações que dedicam páginas e páginas às centenas de formatos variados que podem ser facilmente reproduzidos em casa. 
agnolotti à base de espinafre com queijo canastra, salpicado com presunto cru e parmesão
Bom, que assim continue, já que além de acalentar o apetite com louvor, quando cozida al dente, proporciona saúde, e não gordura !!!!!!
Particularmente, mesmo tendo duas ‘velox’ em casa (máquina para abrir massa, herança de avós, renegada por muitos) prefiro transformá-las em longas e finas lâminas usando o bom e conhecido rolo de madeira. A fina e grande folha de massa aberta facilita a escolha entre o formato que vai desenvolver.

Brodo de frango com cappelletti de catupiry
ravioli de zucca (abóbora) finalizados no azeite de ervas, ervilha e pancetta
Se a decisão for por um dos que leva recheio, como o ravióli, capelletti, tortelli.....a decisão deve ser antecipada ao manuseio da massa, já que a proporção de semolina e trigo devem ser iguais para não secar em excesso e perder a elasticidade necessária após serem recheadas. De outra forma, podem abrir durante a cocção.

Para o final de semana, alguns formatos, com recheios variados foram produzidos. Ravióli e tortelli di zucca com catupiry (abóbora-pescoço cortada em cubos, refogada 
no azeite, temperada com pimenta seca, sal, gengibre, pimenta-do-reino mais umas colheradas de catupiry). Outro exemplar foi o capelletti de queijo cozido no brodo de frango. Agneloti de embutido triturado (para a ocasião, salame de cordeiro) finalizado na manteiga de sálvia;