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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Paixão pela carne - Pé de boi


Enquanto conversava com o Pastifício, Dielson Schilipacke, 38, atende o telefone e descobre que uma escola de gastronomia, cliente de seu açougue, recebeu por engano orelhas de porco e não as bochechas solicitadas para a aula. Seu pai, Almir Schilipacke, 60, açougueiro desde os 13 anos de idade, corre para o freezer, corta as bochechas e chama um motoboy para entregar o pedido correto na escola. O fato ilustra a preocupação com os clientes da Casa de Carnes Pé de Boi, instalada no Mercado Municipal de Curitiba, desde 1963. Mas a história dessa família com as carnes é ainda mais antiga. O pai de Seu Almir era funcionário do Matadouro de Curitiba, que funcionou na cidade de 1899 até 1964. Trabalhou lá até se aposentar e seus filhos abriram um açougue, no então recém inaugurado Mercado. O tempo passou, seu Almir abriu seu próprio açougue no centro de Curitiba, mas acabou voltando ao antigo ponto onde começou. Hoje, pai e filho cuidam com muito esmero do melhor açougue da cidade. Lá possível encontrar carnes de boi, porco, carneiro, avestruz, coelho, jacaré, perdiz, pato, marreco, novilho precoce, entre outras. O local impressiona não apenas pela variedade de produtos, mas principalmente pela higiene, qualidade da carne e simpatia da dupla que comanda o espaço. Depois de preparar um pedaço de contrafilé ou bisteca de novilho precoce vai ser difícil você encarar um bife comprado no supermercado. Confira porque nesta entrevista com Dielson.

Desde quando vocês estão no ramo de carnes?
Meu avô foi funcionário do Matadouro Municipal, que ficava ali no Guabirotuba. Os irmãos do meu pai abriram o açougue aqui no Mercado e com 13, 14 anos, começou a trabalhar com eles. Desde então, nunca mais deixou de trabalhar com carnes. Eu me formei, trabalhei em bancos, mas também acabei parando aqui. Tá no sangue.
E o açougue sempre trabalhou com toda essa variedade?
Na verdade ampliamos o negócio, há quatro, cinco anos. Meu pai vendia alguma coisa diferente, como pato, mas sem a sofisticação que fazemos hoje. Percebemos que existia procura e resolvemos ampliar o leque de produtos, melhorarmos o que já tínhamos. Cada um tem uma estratégia, uma visão de negócio e a nossa é qualidade do começo ao fim
Algum chef conhecido compra carne aqui?
Nosso foco principal é o varejo, mas temos fornecido também para alguns restaurantes. Muitos chefes consagrados frequentam o mercado. O Junior Durski é nosso cliente, um cara muito bacana, que gosta de ajudar as pessoas que estão na cidade. Como nosso produto é de qualidade, fornecemos algumas carnes a ele. O Celso Freire também tem comprado frequentemente para alguns pratos servidos no Guega.
Qual a sua carne favorita?
Muitos não dão valor mas eu aprecio o coxão mole. É uma carne saborosa, que não precisa ser servida com o gosto de sangue, como o filé mignon. Não tem gordura e pode ser utilizado para bifes, picadinho, estrogonofe e ainda tem um ótimo custo. Gosto de carnes com molhos. Para carnes grelhadas, gosto do jeito mais simples, preparada apenas com o sal.
Já comprou carne em supermercado?
No meu carrinho não entra. Não tenho coragem, você se decepciona quando abre um pedaço a vácuo. Só o cheiro que vem quando abre a embalagem... E ainda tem surpresas no abrir. Uma gordura que você não viu, o começo de um corte diferente.
E quando é convidado para um churrasco, leva a carne?
No convívio íntimo, geralmente são meus clientes, então é tranquilo. Mas em churrascarias não me iludo mais. Picanha de churrascaria, para mim, é picanha de tolo. Pegam um pedaço de carne, enrolam em meia lua, espetam e servem. Fatiam como um papel, você não sente a maciez e nem o gosto. Picanha precisa ser cortada com a espessura de um dedo, dourada rapidamente dos dois lados, para ficar suculenta, macia ao mastigar. As de churrascaria muitas vezes são feitas com posta vermelha.
Já pensou em virar vegetariano?
Mas nem pensar. Na nossa família não tem ninguém que não gosta de carne. Como vegetariano seria um fracasso. 

quarta-feira, 31 de março de 2010

Quibebe de milho verde com legumes

Comidas reconfortantes, que acalentam a alma, preparadas lentamente e com muito carinho. Para mim, estas refeições são as mais marcantes e a preparação a que mais me tranqüiliza após um estressante dia de trabalho. 

Quibebe de milho verde com legumes (para 6 pessoas)
4 espigas de milho verde cortadas em pedaços de cerca de 3 cm
200 gramas de acém, cortado em brunoise (cubinhos que não passam de o,5 cm)
2 cenouras cortadas em finas rodelas
4 batatas médias cortadas em brunoise
2 cebolas picadas
3 dentes de alho bem picados
Cerca de 10 folhas de manjericão fresco bem picadas
1 folha de louro
1 maço de salsinha cortado grosseiramente
Sal
1 pimenta dedo de moça sem sementes bem picada
1 litro de caldo de carne
½ repolho roxo (um pedaço de cerca de 200 gramas) rasgados em pedaços grandes
150 ml de azeite de oliva,

Modo de preparo:
O segredo deste cozido (ou quibebe) é a preparação por etapas em um grande panelão, de fundo grosso. Cito cozido ou quibebe pela definição de Antonio Houaiss: purê de abóbora ou papa de qualquer outra coisa, cozido lentamente.
Aqueça 100 ml de azeite e doure a carne. Acrescente o alho até sentir o aroma e, em seguida, a cebola, a pimenta dedo de moça e o manjericão. Frite até amolecer a cebola e coloque o milho. Mexa frequentemente por uns 20 minutos até os grãos mudarem de cor.
Acrescente 50% da cebola (que vai se desmanchar e engrossar o Quibebe. Cubra com o caldo de carne já quente. Tampe a panela por mais 20 minutos. Coloque a cenoura, o resto da batata. Tampe novamente e cozinhe por mais 10 mintuos.
Ufa. Lá se foram cerca de 1 hora de intensos aromas. Mas agora basta finalizar.
Desligue o fogo e acrescente o repolho, a salsinha e regue com o restante do azeite. Tampe a panela por 10 minutos e sirva distribuindo as verduras e legumes de forma que todos os pratos fiquem com bem coloridas.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Contrafilé de novilho precoce

Esse é o centésimo post que esta dupla compartilha. Iriamos preparar uma receita especial, mas o tempo anda escasso e o blog tava desatualizado a espera da tal receita. Então, publicamos mais uma da série "mais fácil que andar pra frente". Para prepará-la, basta você conseguir um bom açougue, que tenha carne de novilho precoce. Os vegetarianos e os pobres bezerrinhos que nos perdoem, mas o sabor é realmente incomparável, a maciez absurda. Quem é de Curitiba, pode conseguir a carne de novilho na Casa de Carnes Pé de Boi, um excelente açougue no Mercado Municipal. Eles recebem a carne apenas as quintas e na hora do almoço já não tem quase mais nada...

Ingredientes
Dois bifes grossos de contrafilé de novilho precoce, sem osso
Sal, pimenta do reino
Azeite de oliva
Uma cebola picada

Tempere a carne com pimenta do reino moída na hora. Envolva num filme plástico e de suaves batidas com o martelo de bife. Aqueça uma frigideria em lume bem alto. Doure rapidamente de um lado e de outro. Por favor, não perca o ponto, tem que ficar dourada por fora e vermelha por dentro. Retire do fogo passe o sal e coloque por um minuto no forno pré-aquecido. Enquanto isso, doure a cebola na frigideira. Sirva com salada ou uma massa na manteiga, fica delicioso de qualquer forma. 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Molho de hortelã

Fã dos molhos de hortelã, estava sempre em busca dos vidros em conserva com a melhor textura e sabor. Até que estes dias, com um belo maço de hortelã da horta em mãos resolvi prepará-lo para um servir com um pernil de cordeiro. O sucesso foi absoluto. Resolvido. Os molhos comercializados têm seus momentos, mas o de hortelã não terá mais sua chance.
Ingredientes
1 maço de folhas de hortelã, em média 4 ramos sem caule. Reservar umas quatro folhas para o final e um caule para decorar
1 dente de alho em lâminas
suco de ½ limão
uma pitada de páprica picante
uma pitada de pimenta do reino ralada
uma pitada de sal grosso
uma pitada de cominho em pó
100 ml de azeite de oliva extra virgem
Modo de preparo
Misturar todos os ingredientes em um almofaris (utensílio muito útil na cozinha para moer e incorporar vários ingredientes).
Masserar até virar uma pasta, com todos os ingredientes incorporados
Coloque mais umas quatro folhas e massere levemente para que pequenos pedaços permaneçam.
Sirva com carne de cordeiro, carneiro ou porco.
Além de refrescante proporciona um sabor delicado e um perfume delicioso.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sanduíche de ‘Carne Louca’

Companheira do molho de vina (salsicha) e do bolo salgado, a ‘Carne Louca’ sempre foi presença marcante nas festas de aniversários da minha infância. As comemorações ficaram nas lembranças, mas este antepasto não. Feita com esmero, se torna uma entrada maravilhosa para qualquer ocasião. Além disso é muito fácil de ser preparada. Elaborada com uma peça do boi conhecida como peixinho, designada como ‘carne de segunda’, também é chamada lagartinho-da-pá, lagarto do braço, lombinho e tatuzinho da paleta, dependendo da região do País. Sendo bem cozido ou moído, o peixinho rende excelentes molhos, cozidos e ensopados. Pode ser também assado, usado como carne recheada ou escalopes ao molho madeira. No caso, além de render sanduíches maravilhosos em uma das tardes ensolaradas de carnaval

Ingredientes
1 peça de carne de cerca de 800 gramas de peixinho
300 ml de azeite de oliva
3 cebolas cortadas em cubos
1 pimenta dedo-de-moça sem sementes e bem picada
1 litro de caldo de carne
sal e pimenta do reino
2 colheres de sopa de sementes de erva doce
sulco de dois limões
2 talos de salsão picado finamente
2 pepinos em folha de parreira cortados em cubos
2 tomates sem sementes também cortados em cubos
Mini pães crocantes

Temperar toda a peça com sal e pimenta do reino. Aquecer 200 ml de azeite e selar a peça inteira por todos os lados – preservando a gordura. Após cozida elimina-se. Depois de totalmente dourada, acrescentar a cebola e fritar rapidamente para que não queime. Em seguida, colocar o caldo de carne. Tampar a panela e cozer por cerca de 1h30, ou até que a carne esteja macia ao ser perfurada com um garfo. Retire a peça do caldo e deixe esfriar. Depois desfie preservando alguns nacos da carne para que não fique só em fiapos. Tempere com o limão, sementes de erva doce, salsão, dedo-de-moça. Acerte o sal e cubra com azeite de oliva. Deixe descansar por cerca de 2h antes de servir. Pode ser mantida na geladeira por alguns dias (no máximo, dois, já que será degustada rapidamente).

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ossobuco assado no caldo de carne


Os feriados de carnaval passados na ‘cidade grande’ (Curitiba) foram propícios para inúmeras experiências gastronômicas. E já que os frutos do mar frescos estavam há 278 km da minha casa resolvi comprar diversos cortes de carne e prepará-los de formas distintas, testando pontos de cozimentos e molhos diversos. O ossubuco (músculo com osso), com o tutano delicioso do osso degustado à parte, foi uma das receitas que praparei.

Ingredientes (para 4 pessoas)
1 kg de ossobuco cortado em medalhões de cerca de 4 cm cada - faça pequenos cortes na lateral de cda pedaço para que não se dobrem durante o preparo;
1 litro de caldo de carne – reduzir pela metade enquanto prepara a carne;
100 gramas de bacon picados finamente;
2 tomates concassê – sem sementes, cortados em cubinhos;
2 cebolas cortadas finamente;
um punhado de tomilho fresco;
pimenta do reino;
sal grosso;
farinha de trigo para empanar os medalhões;
azeite de oliva para dourar os medalhões;
pimenta verde em conserva;

Temperar os pedaços de carne com sal, pimenta do reino e tomilho fresco. Massagear bem a carne para que o tempero penetre bem. Deixe descansar na geladeira por cerca de 2h enrolado em papel filme. Depois empane-os com a farinha de trigo batendo levemente para retirar o excesso. Preencher o fundo de uma panela de ferro (ou outra de fundo grosso) com o azeite e aquecer bem. Selar os pedaços de carne de dois em dois deixando-os dourados, com cor uniforme nos dois lados e laterais. Reserve. Em outra forma, disponha os pedaços de carne lado a lado, adicione o caldo de carne já reduzido com as pimentas verde e cubra com papel alumínio. Asse por 1h. Retire o papel alumínio. Em um recipiente, misture a cebola, o bacon e o tomate e distribua esta mistura em cada pedaço de carne. Regue com o caldo da forma e volte à forma por mais 15 minutos. Sirva com pão fresco.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Paleta de Cordeiro caramelizada



Após um delicioso jantar no restaurante Terra Madre, com o querido Ale, decidi que iria tentar reproduzir a maravilhosa paleta de cordeiro que degustei, acompanhada de uma massa com ervas. Suculenta, desossada e dourada. Bom, após várias pesquisas decidi mesclar algumas receitas e tentar a minha própria. Sucesso absoluto que servi para adorados amigos, com batatas em fatias, assadas com alecrim. Ficou perfeita e muito fácil de se fazer. Vamos lá:
Ingredientes:
1 paleta de cordeiro de cerca de 1,2 kg, fresca;
um punhado de tomilho;
um punhado de alecrim fresco bem picado;
sal grosso;
5 dentes de alho cortados em lâminas;
Folhas de hortelã para decorar;
vinho branco seco, o sulficiente para cobrir a peça;
1 litro de água quente
demi-glacê o sulficiente para passar por toda a peça (100 ml, no máximo). Pasra isso, reduza 500 ml de caldo de carne até que fique espesso e dourado;
Modo de preparo
Lave bem a peça e seque com papel toalha;
Espalhe o tomilho, o alecrim, alho e sal grosso por toda a peça, massageando bem para que os temperos se incorporem de forma uniforme;
Coloque a paleta numa forma de bordas altas e de fundo grosso;
Cubra a peça com o vinho seco, passe papel alumínio por cima e leve ao forno quente (180º C) e deixe por 30 minutos;
Tire do forno e cubra novamente a carne com água fervente.
Volte ao forno por cerca de 1h ou até sentir que a carne está se desprendendo do osso, macia e tenra.
Tire a peça do caldo que se formou (Obs. reserve este caldo - um arroz cozido com ele fica maravilhoso) e coloque em uma travessa que possa ir ao forno;
Insira uma faca pequena e bem afiada ao redor do osso e remova toda a carne tomando cuidado para que a carne não se desmanche, preservando o formato da peça;
Pincele a carne com o demi-glacê e retorne ao forno apenas para dourar.
Esta pronta a paleta de cordeiro mais sensacional que já provei e que foi servida num agradável almoço de domingo para os grande amigos Carla, Lolô, Marcos e Silka. Nos deliciamos.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Fettuccine com tomilho e contrafilé

Outra receita da série "mais fácil que andar pra frente". Basta você ter em casa dois bons bifes de contrafilé (a maciez deste corte é incomparável, se servida ao ponto. Fica tenra e suculenta se o sal for colocado após a selagem da carne), fettuccine e um pouco de tomilho fresco, colhido de sua própria horta. Um bom tinto pra acompanhar e a pessoa certa pra brindar. Salut!

Ingredientes (duas pessoas)
Dois bifes de contrafilé (3 cm de espessura, mais 1 cm de gordura que deve ser preservada para manter umidade)
Sal, pimenta do reino
100 ml de azeite de oliva
100 g de fettuccine
Um punhado de tomilho fresco
Parmesão

Modo de Preparo
Coloque a massa para cozinhar e tempere a carne com a pimenta do reino moída na hora. Envolva num papel filme e bata com o martelo, dos dois lados. Apare as peças de contra-filé preservando a gordura. Salpique com pimentas do reino fresca. Em seguida, embrulhe os filés em papel filme e bata a carne rapidamente, presrvando a espessura mas deixando sulcos na peça. Aqueça uma frigideira alta, de fundo grosso, coloque o azeite de oliva e sele rapidamente a carne dos dois lados, em fogo forte, inclusive o lado da gordura. Desligue o fogo, retire da frigideira e besunte com sal*. Deixe descansar por 10 minutos.
Enquanto a massa cozinha - al dente, coloque a carne no forno pré-aquecido por dois minutos (por favor, não deixe a carne passar do ponto! Deve ficar vermelha por dentro. De outra forma, vai endurecer e o contra-filé vai perder todo seu sabor, que é muito característico). Escorra a massa e coloque na frigideira onde a carne foi selada, acrescentando o tomilho. Sirva com parmesão. ralado na hora *O sal, quando colocado após a carne ser selada, preserva a umidade da carne)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dobradinha do Pastificio

Prato converso, subestimado, renegado por muitos, mas um verdadeiro clássico de nossa gastronomia. Restaurante que se preza, ao menos uma vez por semana, oferece sua versão para os sábios comensais que mantém viva a tradição da Dobradinha. Aqui em Curitiba, no centro da cidade, no Restaurante São Francisco, é possível come-la às terças, na versão portuguesa, com ovo cozido, feijão branco e calabresa. A do Arrumadinho da Marechal, servida às sextas, é muito saborosa, com caldo de ossobuco, calabresa, costelinha defumada e bacon, mais nobre, indicada para os não iniciados. Ontem, a Baby resolveu meter a mão no bucho e com dicas valiosas da vizinha pernambucana que conheceu na fila do açougue, preparou a primeira dobradinha do pastificio. Ficou sensacional.

Ingredientes

- Um kg de bucho, cortado em tirinhas
, bem finas
- Uma costelinha de porco defumada, dessalgada

- 200 gr de picanha suína previamente assada e cortada em cubos
- 100 gr de bacon fatiado em tiras finas
- 200 ml de azeite de oliva
- 250 g de feijão branco

- 3 dentes de alho

- 2 cebolas bem picadas
- 1 pimenta dedeo de moça sem sementes, bem picadinha
- 1 colher de sopa de cúrcuma (açafrão-da-terra)
- cebolinha, salsinha
- 4 folhas de louro
- 1 litro de caldo de carne

Modo de Preparo

Previamente, deixar feijão branco de molho por, no mínimo, 2h.
Aqueça 50 ml de azeite na panela de pressão, doure as lâminas de alho e as folhas de olho.
Acrescente a dobradinha cartadas em julienne, tiras bem finas, com uns 5 cm de comprimento cada. Mexa, doure rapidamente.
Acrescente água fervente e, após pegar pressão, ferver 10 minutos.
Escorra, acrescente água fervente novamente e ferva mais 10 minutos.
Escorrer e reserve.
Aqueça 100 ml de azeite, doure o bacon até ficar crocante. Coloque a pimenta picada, a cebola e deixe dourar.
Coloque os tomates, com a polpa, a cúrcuma e as costelas em filetes. Cozinhe por uns 15 minutos, como um ragu. Acrescente a dobradinha. Cubra com o caldo de carne e ferva na pressão por 20 minutos.
Abra a panela e coloque o feijão escorrido.
Feche a panela novamente e cozinhe mais 20 minutos. Abra, acerte o sal, acrescente os cubos de lombo de porco assados previamente e deixe a panela aberta no fogo baixo caso o caldo esteja ralo.
Pronto. Sirva em cumbucas e finalize com azeite de oliva, cebolinha verde picada e ovos cozidos imersos no caldo.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Blanquette de Veau de Madame Juliette


Zimbros é um lugar tão inusitado que pessoas de outras fronteiras conseguiram se instalar e fincar raízes. Um exemplo é a Madame Juliette, 84 anos, propietária da Pousada do Francês, que de fevereiro a dezembro se instala no aconchego do seu lar e não priva os amigos de clássicos pratos franceses. Após as deliciosas refeições, esta senhora fabulosa ainda toca belas músicas no piano de Taís, a Maria de Zimbros, grande amiga que me apresentou pra este povo todo.
No último encontro, um almoço num domingo bucólico, cada um colaborou com sua especialidade e Juliette.....com seu Blanquette de Veau, preparado com esmero francês e que arrasou com os demais pratos. Segundo o grande chef Anthony Bourdain, o blanquette de veau é um prato essencialmente branco.
"Existem algumas regras no mundo da culinária e uma delas é que o contraste de cores é sempre desejável, e que um prato muito branco exige alguma guarnição, decoração, qualquer coisa que melhore o visual. Este prato porém é excessão à regra. A primeira reação de um chef principiante ao ver a travessa que ira para a mesa é dizer: - jogue um pouco de cenoura ralada ou salsa picada por cima, pelo amor de Deus! Mas resista firmemente a esse impulso, porque este prato tem de ser monocromático, branco e ponto final!".
Obrigada Madame Juliette!!!!!!! Parabéns, Maria de Zimbros, por nos proporcionar tão memoráveis e inesquecíveis encontros...

Blanquette de Veau de Madame Juliette
- 1 kg de mignon de vitelo cortado em cubos de 5 cm
- 500 grs. de mini-cebolas
- 250 gr de manteiga
- 250 gr de nata – creme de leite fresco
- bouquet garni (tomilho, alecrim, louro, salsinha amarrados)
- sal e pimenta do reino moída na hora
- 1 litro de água fervente, ou o suficiente para cobrir a carne

Cortar a carne em cubos de 5 cm e temperar com sal e pimenta. Aquecer uma panela grossa, de barro. Derreter 50% da manteiga Dourar as cebolas e, logo em seguida, a carne. Não deixar grudar no fundo, apenas dourar os pedaços por igual. Acrescentar água o suficiente para cobrir todo o cozido. Colocar o bouquet garni. Fechar e cozer por, aproximadamente, 50 minutos, reduzindo o líquido em 50%, ou até a carne estar macia, sem se desmanchar.Mexer frequentemente. Acrescentar 1 colher de farinha de trigo dissolvida em ½ copo de água mexendo bem para não embolotar. Cozer em fogo baixo por mais alguns minutos. Colocar a nata, mexer bem e servir. É sensacional! .

segunda-feira, 16 de março de 2009

Fraldinha ao molho de pepinos em conserva

Pratos especiais elaborados com cortes de carne considerados de segunda têm se tornado uma das especialidades do 'Pastifício'. Dias destes, um pedaço de fraldinha (corte constituído de feixes musculares mais grossos e longos) - sobra de um churrasco especial com amigos, se tornou uma refeição maravilhosa, que deixou nossa querida Frida gemendo em baixo da mesa ao ouvir os 'hummmsss' sem fim. Temperada com sal e pimenta do reino e selada rapidamente na manteiga e azeite é o que basta para deixar este corte suculento. Para acompanhar, um molho elaborado à base de pepino em conserva e mostardas de duas variedades.

Ingredientes
1 peça de 500 gr. de fraldinha
25 gr. de manteiga sem sal
50 ml de azeite de oliva

sal
pimenta do reino moída na hora.


Temperar a peça toda com muita pimenta do reino, aquecer a manteiga e o azeite e selar (dourar) por igual a carne de todos os lados. Desligar o fogo e massagear o sal pela peça toda.
Deixe descansar por 30 minutos enquanto prapara o molho.

Molho
1/2 cebola bem picada
1 colher de sopa de mostarda escura

1 colher de sopa de mostarda Dijon

300 ml de demi-glace

50 ml de vinho branco seco

4 pepinos em conserva, médios, cortados em cubinhos
25gr. de manteiga.


Aquecer a manteiga, dourar a cebola e colocar o pepino
Acrescentar o vinho e deixar evaporar por 5 minutos Dissolver as mostardas e colocar o demi glace. Reduzir 30%, desligar.

Finalização

Cortar a carne em medalhões de cerca de 4 cm de altura
. Selar medalhões rapidamente na manteiga. Servir acompanhado de minibatatas fritas com alecrim.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Contrafilé al sauce poivre


O site do Serviço de Informação da Carne (sim, existe um serviço de informação da carne), tem uma definição perfeita sobre o contrafilé, esse maravilhoso corte de bovino.  
Também conhecido como lombo, lombo desossado, filé curto, filé de lombo e filé. É chamado de contrafilé pois na carcaça do bovino este corte situa-se ´contra´ o filé mignon, ou seja, estão apenas separados pelas vértebras lombares. Pode ainda ser chamado de bife angosto ou bife de chorizo (espanhol), faux-filet (francês) ou striploin (inglês). É uma carne macia, de sabor acentuado e que por sua camada de gordura na lateral mantém a umidade da carne. Ideal para bifes de chapa, estrogonofe, grelhados, rosbife, medalhões, churrasco, grelha e assados. Deve ser servido mal passado ou ao ponto, e assado em alta temperatura para que não enrijeça
Pois bem, minha esposa e fiel companheira deste blog tem preparado com bastante esmero o contrafilé al sauce poivre. Preparar o contra é simples, o importante é ter caldo de vitela e roux congelado em casa. São duas bases fundamentais para o sauce poivre. 
Contra filé al sauce poivre

Ingredientes
3 filés de contra sem osso, com cerca de 4 cm de espessura e com 1 cm de gordura; 
(Dica do SIC: Prefira pedaços de contrafilé com gordura uniforme. Antes do preparo, remova o ´nervo´ lateral que segue longitudinalmente na carne, se acaso ainda não tiver sido retirado.)
Manteiga
Azeite
Sal e pimenta moída na hora
Modo de Preparo
Temperar os filés com generosa porção de pimenta massageando as peças para que fiquem temperadas por igual;
Embrulhar os filés em papel filme, os três juntos;
Bater levemente com o martelo apropriado para carne (cuidar para não perder a espessura da carne). Este processo é apenas para amasiá-lo e deixar que pimenta  penetre bem na carne;
Descansar uns 20 minutos.
Aquecer manteiga, colocar azeite. Aquecer bem, sem deixar manteiga escurecer.
Selar filés até dourá-los. Dependendo do tamanho da frigideira, de preferência de bordas altas, selar um por vez;
Tirá-los e imediatamente salgá-los. Novamente, com carinho, massagear a carne com as mãos distribuindo muito bem o sal;
Descansar mais uns 20 minutos.
Transferir para outro recipiente e colocá-los no forno pré-aquecido por uns 15 minutos.
Não deixar passar o ponto. Tem que ficar vermelho por dentro com a crosta dourada.

Sauce poivre – Molho de pimenta verde
50 ml de vilho branco, seco
1 cebola bem picada
2 colheres de pimenta verde (macetar 50% com cabo de uma faca). Isso dará um sabor mais picante)
500 ml de caldo de vitela
enquanto a carne descansa, usar a mesma frigideira que selou os filés, jogar o vinho e raspar todos os resíduos que ficaram na panela, por isso cuidar para não queimar durante o processo;
acrescentar cebola, apenas murchá-las, e pimenta verde;
acrescentar caldo de Vitela e reduzir por uns 20 minutos;
Para dar consistência ao molho, ralar roux escuro que previamente deve ter sempre pronto na geladeira;
O molho deve ser denso, mas não grosso.
Roux
100 gramas de manteiga
100 gramas de farinha de trigo
Derreter manteiga até espumar, colocar farinha e, em fogo baixo, mexer, mexer...  com batedor de cozinha até ficar dourado, e exalar um perfume de nozes.
Deixar esfriar, e embrulhá-lo, em forma de bastonete, em papel alumínio. Quando precisar estará sempre na geladeira.
Este processo facilita o preparo de um demi-glace, que é o caldo de vitela básico, reduzido, reduzido, reduzido...para engrossar. Com o roux, o sabor não vai ser alterado, e a consistência atingida.

Retirar os filés do forno, regar com o molho.
Para acompanhar, mini batatas fritas com alecrim fresco.