segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Una pasta e basta!!!!

fettuccine com ragu de linguiça da amiga Inês
rigatoni com ragu de linguiça da amiga Gabi










Versões caprichadas para uma refeição do dia a dia. Parece até a ‘Dieta do Aconchego’, já que se trata de massas preparadas com ingredientes simples, leves, de rápido preparo, mas sempre para um momento especial. Seja para receber amigos, acalentar as noites das exaustivas segundas-feiras ou, ainda, para brindar a uma ocasião especial. Com apenas um ingrediente diverso o resultado surpreende. Enfim, as massas secas são sempre bem-vindas, já que atualmente pode-se encontrar uma infinidade de formatos, elaboradas com boas farinhas.

Orecchiette com ragu de carne

bifun com ervilhas e semente de mostarda
Tomates frescos cortados em cubos e salteados no azeite, com salsinha finamente picada; finalizada com ervilhas frescas e peito de peru em cubos; dentes de alho cortados grosseiramente e fritos no azeite. 
bucatini com camarões grelhados
Se no congelador houver uns quatro camarões grandes congelados, basta salteá-los, salpicar folhas de manjericão e o prato já se torna uma iguaria. E quem sabe, dois medalhões de contra-filé, grelhados rapidamente para escoltar um fettuccine todo fantasiado!!!
farfalle com ervilhas vitelo à milanesa
Uma dica importante para qualquer ingrediente que eleger para o seu prato de massa é reservar uma concha da água do cozimento, que está repleta de amido e vai incrementar a finalização de alguns pratos. Ah, mais um importante lembrete: vale a pena conferir os ingredientes que melhorse adaptam ao formato da massa que adquiriu. 
E por falar em massas, como não citar os italianos, que não dão aos molhos um tratamento gastronomicamente independente. Che cosa mangeremo? Una pasta!!!! 
trofie com polvo
Orecchiete com figos frescos e nata
fettuccine com aspargos servidos e contra-filé










Para eles, as massas sempre vão ficar deliciosas com os molhos por eles preparados, seja com os dentes de alhos grossamente fatiados; com o pesto acondicionado na geladeira e regado no spaghetti al dente. Ou, ainda, com a Passata caseira (molho sugo aquecido na panela, com dentes de alho dourados em azeite extra virgem). E verdade seja dita. Una pasta e basta!!!! É só conferir as dicas abaixo e a receita de um Rigatoni com ragu de linguiça há tempos preparado pela querida amiga Gabi, e que também foi preparado pela habilidosa Inês Garçoni, sem antes ler esta receita!!!!.
Molho clássico, opulento, perfeito para o formato da pasta, um tubo de bom calibre, riscados por toda superfície exterior. Segundo a anfriã, a receita é uma tradição de sua família. E como toda receita de família, preparada com esmero e alegria, ficou divina. 
Ragu de linguiça
 Ingredientes (para 4 pessoas)
500g de linguiça de pernil (fina)
Uma cebola picada
Uma lata de tomates pelados esmagados com as mãos para que se incorporem mais facilmente
Sal, noz moscada, pimenta calabresa, uma folha de louro
Folhas de manjericão fresco
Azeite de oliva
Corte a linguiça e frite em fogo bem alto. Reserve. Na mesma panela, acrescente um pouco de azeite de oliva, a pimenta calabresa e a cebola. Abaixe o fogo e coloque os tomates pelados, a noz moscada, a folha de louro e as linguiças fritas. Deixe cozinhar lentamente, mexendo de vez em quando. Caso necessário, acrescente um pouquinho de água. Coloque a massa para cozinhar numa panela com bastante água e sal. Cozinhe por 9 minutos, escora e incorpore na mesma panela do molho. Coloque folhinhas de manjericão fresco para decorar.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Tempero inusitado: a madeira


Pasta de anchova defumada com raspas de limão siciliano
Anchovas já defumadas
Seco, em salmora, defumado, marinado, à escabeche, fermentado. Não importa a técnica
empregada para prolongar a conservação de alguns alimentos. O que vale são os distintos gostos que os ingredientes assumem. De todos esses, a defumação é, sem dúvida, o mais interessante, pois o método de cocção pela fumaça acrescenta e acentua sabores. A técnica se limita a retirar a umidade do produto em questão, preservando sabores que escapam durante outros processos, como a fritura ou o cozimento. Além dos nutrientes, claro. Ah, e do tempero inusitado: madeira, já que a serragem é o combustível da defumação.

No caso dos peixes, após o processo, os nacos de cada peça ficam firmes e podem  ser manipulados facilmente, além de utilizados de formas diversas na culinária. O melhor: defumar em casa é uma diversão. Um pouco demorado, mas vale cada minuto dedicado. Para as anchovas, com cerca de 800 gramas quando vivas, foram 18 horas de fumaça. Mas várias delas podem ser preparadas de uma só vez. E, após a construção de um defumador artesanal no Pastifício, vários quitutes são frutos deste processo de cozimento - costelinhas e lombo de suínos; ovas de peixes; costeletas de boi. Sem esquecer dos joelhos de porco (o tradicional Eisbein - ingrediente tradicional da culinária alemã).
Lombo e costelas de suíno defumadas


Joelho de porco defumado e preparado no Pastifício


Agora, após uma aula prática do cunhado Luiz Krassuski (habilidoso na arte de defumar peixes), chegou a vez de atacarmos os frutos do mar e transformá-los em novas delícias, a exemplo das anchovas recentemente preparadas por ele. Uma delas, aliás, se tornou uma pasta delicada, lógico que com nacos devorados à parte. 
Os demais peixes vão compor um dos cardápios do Clube de Pesca Vêneto.
Anchovas frescas trazidas de Zimbr
Quanto mais fresco, melhor!! O frescor das especiarias do mar é quesito fundamental, já que são muito perecíveis. Para defumá-las não é diferente, seja pelo sabor como para o preparo. 
Lombo de porco defumado

Pão com lombo defumado
Krassuski lembrou que os melhores resultados obtidos com defumação foram quando os peixes saíram do mar direto para o defumador. Mas como em Curitiba não temos mar, ao menos temos um fornecedor que nos provem com matéria-prima selecionadas e muito frescas. Com isso, a amarração prévia à cocção é realizada com mais facilidade. “E o sabor fica retido no interior de cada anchova, já que o peixe firme se fecha facilmente”, explica.
Pasta de anchova defumada com raspas de limão siciliano
- 200 gramas de carne de anchova defumada, livre de qualquer espinho e pele
- 100 ml de nata fresca
- 100 gramas de ricota fresca
- suco de 1 limão siciliano
- cerca de 3 colheres de azeite de oliva
- talos picados de salsinha
- pimenta do reino fresca
Modo de Preparo
- Em um processador, bata a nata e, em seguida, misture a ricota até o creme ficar homogêneo
- coloque o suco de limão, os talos de salsinha e a pimenta
- Bata rapidamente e acrescente 50% do peixe
- Bate bem
- Os 50% restantes pique, com as mãos, preservando nacos
- Misture delicadamente à pasta
- acrescente raspas do limão e regue com um fio de azeite

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Lagostas de tradições e glórias mil



Fettuccine com lagostas grelhadas
Fabi e seu amado Fernando degustando Lagostins

Pão artesanal com pignole e sálvia
Pasta de anchova defumada
















Entre gostos e desgostos, o Corinthians conquistou o título na Libertadores. Entre gostos e desgostos, bom mesmo é que cada um tem seu time de coração e que nem todos gostam de lagostas. O duro mesmo é quando os que não gostam do crustáceo o denominam de peixe e devoram nacos e mais nacos do ingrediente servido com Fettuccine artesanal. Mas as divergências entre torcedores e os ‘bons de garfo’ ficaram de lado no último domingo para as comemorações de aniversário e do título na Taça Libertadores da corintiana de’ quatro costados’ Fabiana Moro Martins. Além da massa guarnecida com os crustáceos, Lagonstins em salsa de lardo dicolonnata;
lagostins em salsa de lardo di colonnata
Pães artesanais com pasta de anchova defumada no Pastifício; legumes grelhados com salsa verde estavam no cardápio.
Abobrinhas grelhadas com salsa verde
 E para lembrar das raízes portuguesas da aniversariante, Caldo verde com couve da horta. Para a celebração, após o tradicional parabéns, Fabi ouviu o .... ‘tradições e glórias mil’.....
A família.....

Fabi e Lorraine



Lorraine e Valter Fanini
constanza e o Caldo Verde

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Berinjelas diversamente arranjadas


“Diversamente arranjadas, formam as palavras um sentido diverso: os sentidos, diversamente arranjados, produzem efeitos diversos”. Este pensamento de Blaise Pascal (1623-1662) se aplica perfeitamente à gastronomia quando se trata da composição de ingredientes. Um exemplo é a berinjela. Simplicidade extrema e sabor versátil são apenas alguns adjetivos deste legume, que assume sabores diversos com poucas variações de componentes. Fatias finas grelhadas em chapa de ferro ficam delicadas, crocantes e se tornam um antepasto delicioso quando regadas com azeite e salpicada com ervas frescas. Estas mesmas lâminas crocantes também proporcionam mais vida a uma pasta ‘aglio e ólio’. E também adquirem textura distinta se colocadas em vidros esterilizados, com dentes de alho, folhas de loro, grãos de pimenta, azeite e um pouco de vinagre. Ah, e pimentas frescas, inteiras. Com os vidros armazenados em local arejado e escuro, os legumes marinados ficam bem conservados por cerca de 3 meses.
Berinjelas Grelhadas
- 2 berinjelas bem lavadas, secas, e cortadas em rodelas muito finas
- 1 punhado de sal
Modo de preparo
- após cortar as berinjelas, distribua-as sobre uma forma e salpique todas as lâminas com sal.
- disponha-as dentro de um escorredor e coloque um peso em cima. Por cima das fatias salgadas, coloque um prato e, em cima, acomode um um garrafão de 5l cheio de água. Assim, todo o líquido escuro e amargo do legume será eliminado. O ideal é deixar descansar no mínimo 6 horas.
- após este tempo, aqueça uma grelha de ferro sobre uma das chamas do fogão, disponha fatias por toda ela, e vire com as próprias mãos quando estiverem douradas.
- após grelhadas, regue com azeite de oliva e salpique salsinha e pimenta dedo de moça sobre o prato e sirva como antepasto.
 

terça-feira, 24 de julho de 2012

Camarão: o dono do pedaço

Pappardelle com camarões rosa
Camarões empanados na farinha Panko











De cabo a rabo, o camarão pode ser utilizado. “Parece até porco, onde tudo é gostoso”, parodiando o ‘devorador’ de suínos Anthony Bourdain. As cascas do crustáceo podem ir para a panela com alguns legumes e se tornam um belo caldo, que pode servir de base para um pirão, arrozes, molho para massas etc. Há quem coloque também as cabeças no caldo, mas quando bem limpas e preparadas como manda o figurino, o interior delas é cheio de sabor. Nesta hora, o pecado é não comer!

Bucatini com camarões grelhados
Com camarão de tamanho médio, daqueles que se consegue morder um naco do ‘bicho’, um espetinho empanado em farinha Panko, fritos rapidamente em imersão, se torna uma refeição. Também pode ser grelhado em churrasqueira e fazer um prato de massa brilhar, de tanta beleza. 
Bolinho de camarão à perfeição
Já quando pequenos, sem cascas e cabeças, enriquecem o tradicional bolinho de camarão
camarão soltinho - com rabo e cabeça
E quando ainda menores...aí vem o Camarão Soltinho, temperado com manjericão, sal e pimenta, e passado rapidamente na farinha. Sem citar outras dezenas de receitas, que vão da alta a baixa gastronomia; do bistrô ao ‘pé sujo’ da esquina. Não dá para negar. O camarão é uma instituição nacional neste país repleto de pescadores, que com suas redes trazem para as mesas brasileiras os mais variados tipos e tamanhos desta delícia. 
Seu Cido (60). Embarcado 30 anos, nos últimos se dedica às 'saídas mais curtas' para a pesca de camarão, de dois ou três dias; à produção de redes; manutenção do barco e fiscalização do trabalho dos filhos
Ingredientes para o ‘Camarão Panko’ (para 12 espetinhos, com três camarões M cada)
- 1 quilo de camarão com rabo e cabeça
- 2 ovos caipira batidos ligeiramente
- queijo colonial (um queijo firme) cortado em cubos
- sal
- pimenta do reino
- óleo pra fritar
- Farinha Panko para empanar
Modo de preparar
- tirar as cascas dos camarões preservando os rabos e cabeças
- Lavar bem e limpar o centro de cada um e secá-los em papel toalha
- temperar com sal e pimenta
- colocar três em cada espeto intercalando com os nacos de queijo
- passar rapidamente pelos ovos batidos e depois delicadamente pela farinha Panko
- tirar o excesso e fritar, em imersão, em óleo bem quente.
- servir imediatamente
Ao conviver com os pescadores percebe-se que são exemplos de perseverança e eterna esperança. Com olhos amoados e pele sempre curtida de quem vive exposto ao sol horas e horas a fio desde que nascem, quando as mulheres carregam seus rebentos para a beira do mar à espera dos seus maridos, até a força acabar, diante de tantos desafios que enfrentam, não deixam de sorrir e cuidar de quem os ama. Mas o maior deles - além dos riscos que a natureza pode proporcionar quando embarcados, o tecer de suas próprias redes e conservação dos seus barcos - está a perpetuação da sua arte, para filhos e netos, já que esta é, sem dúvida, a certeza da vida futura.
Redes sendo elaboradas pelas mãos do especialista na arte do mar. “As coisas devem ser preparadas em partes, entendendo o que pode se conservar, preparar, pescar. Há o tempo de cada coisa".





Crustáceos Antenados

Lagostim em seu próprio caldo
Lagostim
A maré estava literalmente para peixe! Tivemos a sorte de encontrar dúzias e dúzias de lagontim no seu Joel, fornecedor de primeira, que tem o prazer de nos reservar o que há de melhor em seu estoque. Para preparar os crustáceos, de garras afiadas e saborosas, usamos ervas frescas, cebola, alho, vinho e lardo em cubos. Foram preparados para acompanhar um papardelle. Em outra refeição, degustamo-os em seu próprio caldo. De acordo com seu Joel, o Lagostim é encontrada em abundância em águas geladas e em alto mar.
Ingredientes para duas pessoas
- cubos de lardo
- 1 maço de salsinha picado
- 1 cebola cortada finamente
- 2 dentes de alho cortado em lâminas
- 100 ml de vinho rosê
- 1 dúzia de lagostim
- Azeite de oliva o suficiente para cobrir o fundo da fri
Modo de preparo
- Na grelha de uma pequena churrasqueira (que mantém o calor na medida exata) aquecer o azeite em uma frigideira de fundo grosso
- dourar os cubos de lardo
- quando estiverem dourados, agregar o alho e, em seguida, a cebola
- dispor os lagostim em uma só camada e deixar aquecer bem
- colocar o vinho e tampar a panela
- Cozer por cerca de 15 minutos
- finalizar com a salsinha e servir

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sabor açoriano - Lula com Miga


Lulas com Miga grelhadas na churrasqueira
Estas pequenas lulas de Santa Catarina foram elaboradas rapidamente, sem grandes produções, e se tornaram mais uma das refeições inesquecíveis degustadas em Zimbros. Diante de tal iguaria - e de tantas outras cultivadas, pescadas, armazenadas....pela comunidade local - não há como não se emocionar com o trabalho por todos realizados. Digo por todos, já que cada membro da família tem seu papel fundamental para que o produto final se torne único, em sabor e frescura. Como tive o privilégio de ter morado neste paraíso, a convivência com a comunidade ‘zimbrera’ me fez ter não só uma visão de toda riqueza da culinária local, como da singular e única cultura desta região e deste povo.
Ingredientes para a Lula com Miga e limão siciliano
- 6 lulas pequenas, aparadas e lavadas, com as asas e tentáculos inteiros
- 2 pães amanhecidos levemente grelhados (no forno ou churrasqueira) para que possam ser desmanchados em suas mãos
- 1 pimenta dedo de moça e duas ‘biquinho’ bem picadas
- 1 maço de salsinha bem picada
- 5 dentes de alho com casca, apenas apertados com a lâmina de uma faca
- 200 ml de azeite
- 1 pitada de sal
- 1 pitada de pimenta do reino
- 1 limão siciliano cortado em finas lâminas
- 1 maço de cebolinha francesa bem picada – para salpicar antes de servir
Modo de preparar
- Limpar bem a lula, com respectivos tentáculos separados, já que ficam deliciosos quando salteados em azeite quente
- Com uma faca afiada, Fatie as lulas em um dos lados. Depois, faça cortes em formato de cruz na parte interna da carne dos moluscos. Apenas para proporcionar uma bela apresentação e um sabor mais intenso das ervas. Tempere com pimenta do reino e sal. Reserve.
- Em um prato fundo, desmanche os pães e misture com as pimentas picadas, salsinha e dentes de alho. Aperte bem para que os sabores se incorporem.
- Aquecer uma frigideira de bordas altas e colocar 50% do azeite. Assim que aquecer,  primeiro colocar os dentes de alho. Após exalarem perfume, colocar os demais ingredientes até dourarem por igual. 
Miga (pão, ervas frescas e pimenta)
- retirar da panela, passar um papel para retirar o excesso da farinha e colocar o restante do azeite;
- coloque as lulas, tentáculos e fatias de limão e frite por cerca de 2 minutos, até dourarem. Depois vire os moluscos e repita o processo;
Obs.: os limões fritam mais rápido do que as lulas. Então, fique de olho para que não queimem, pois deixarão tudo amargo. Retire-os antes  dos moluscos;
- quando estiver ao ponto, retorne a Miga para a panela, mexa bem e sirva em seguida polvilhada de cebolinha bem picada.
Tentáculos

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Cozida, frita ou grelhada. A polenta é uma delícia em qualquer versão


Polenta cortada em nacos e grelhada
 A polenta, tema recente deste blog, recebeu mais um lugar à mesa. Desta feita, grelhada. Lógico que graças à versatilidade da farinha de milho, que sempre merece destaque. Após ser servida em travessa grande para ser degustada com pescada grelhada, sobrou de monte. O jeito foi cortar o ingrediente - que havia sido cozido lenta e vigorosamente no caldo de carne - em nacos, passá-los na farinha de trigo, sem excesso, e grelhá-los na chapa de ferro quente. Os pedaços ficam crocantes por fora e macias por dentro. Outra questão é que não tem como falar da polenta sem recordar da infância, já que  por vezes era a substituta do pão ou massas. Com isso, as colheres de pau em casa sempre estavam ao alcance das mãos, não só na hora de mexer os grandes caldeirões, mas também como instrumento para calar qualquer criança que estivesse aprontando pelos arredores, no caso, eu e minhas irmãs. “Olha a colher de pau....”
 Modo de preparo
- Elaborar a polenta  do modo tradicional, de acordo com o descrito no link http://www.pastificio.blogspot.com.br/2012/07/polenta-para-todos.html
- Despejar em um refratário alto e deixar esfriar bem
- Desenformar em uma tábua grande
- Com o auxilio de uma linha de pesca fina, cortar longitudinalmente de um lado a outro – da forma mais precisa que conseguir. (se estiver alta – cerca de 6 cm, cortar em três fatias)
- Depois cortar na vertical, em pequenos pedaços
- Passar rapidamente na farinha de trigo. Tirar o excesso com as mãos e colocar em uma grelha bem quente.
- Virar uma a uma com as mãos até que estejam com as marcas da grelha em ambos os lados.
- Servir com pescada de grelhada; com radicchio quente, grelhado no forno; ou comer pura, com um café fresco bem quente.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Spätzle e companheiros de vida


O ditado popular de que ‘cunhado não é parente’ serve, sim, para Léo, já que, além de cunhado, é um grande e fiel amigo – daqueles que se contam nos dedos da mão. Para tanto, dedicou algumas horas do seu dia de descanso para detalhar uma das receitas que mais aprecio: Spätzle. Trata-se de ‘inhoquinhos’ alemães, de farinha, água e ovo. A massa é colocada na água com saco de confeitar, espremedor de batatas, passador de legumes ou utensílio elaborado para tal fim. Há alguns, muitos anos, sem saber do que se tratava, já apreciava esta iguaria quando degustava no tradicional bar do Alemão, uma instituição curitibana (PR), ao lado de outros amados companheiros de vida: Ale e Au. Trata-se de uma ‘massinha’ - assim por mim chamada pela delicadeza com que deve ser preparada. Agora o Léo, que adquiriu há alguns meses equipamento propício,  se dedica a aperfeiçoar a receita. Desta feita, com receitas caramelizadas. Obrigada Léo!!!
Spaetzle com Cebola caramelizada paetzle
Ingredientes
1kg de farinha de trigo
1 litro de leite desnatado ( ou água)
5 ovos
2 colheres de sal
Massa finalizada após descansar

água para a cocção 
Modo de preparo
Quebrar os ovos em uma tigela.
Batê-los levemente até a mistura uniformizar.
Adicionar o leite e mexer até incorporar bem.
Distribuir a farinha na mistura aos poucos evitando a formação de grumos.A mistura dos ingredientes deve resultar em uma massa lisa e muito elástica. Levar a massa para a geladeira por 15 minutos para descansar.
Após este tempo, passar para a cocção, que se assemelha ao do tradicional nhoque.Em uma panela grande ferver água . Adicione 2 colheres de sal.Retirar a massa da geladeira e iniciar a confecção dos spaetzle.Apoiar sobre a panela de água já fervente e com ajuda de utensílio próprio ou com o improviso de um escorredor de macarrão distribuir a massa e com uma espátula forcar a massa a passar pelos furos formando os Spaetzle. A massa ao cair na água fervente ira ao fundo e quando cozida emergirá para a superfície da água.
coccão da 'massinha
Tirar com uma escumadeira ou outro utensílio depositando dentro de outro recipiente com água fria para dar o choque térmico na massa interromper o cozimento da massa.Após a conclusão da execução de todo o cozimento da massa em água fervente, e a realização do choque térmico, escorrer as massas e secar.
Cebolas caramelizadas
Cortar 6 cebolas médias em rodelas não muito finas.
Separar em anéis para facilitar o cozimento.
Regar uma frigideira com azeite e uma colher generosa de manteiga .
Despejar as cebolas na frigideira aquecida, abaixar o fogo ao mínimo
Salpicar sal sobre a cebolas.
A cebola deve começar a murchar.
Ir revirando a cebola com cuidado para uniformizar o cozimento
A cebola inicia a mudança de cor tornando-se transparente.
Haverá a formação de um pouco de liquido, mas ele será absorvido .
Acompanhar , revirando a cebola de tempo em tempo para uniformizar o cozimento.
Aos poucos os anéis vão adquirir o aspecto vítreo .
Após 25 minutos o liquido já evaporou e a cebola inicia o processo de caramelização.
Adicionar um fio de glicose de milho para acentuar o tom dourado para a cebola. Eu gosto de quebrar a acidez com este toque adocicado.
Continuar a revirar com cuidado a cebola para não queimar e uniformizar o cozimento .
Após 30 min , a cebola já deve estar com a metade do volume inicial.
Com 45 min a caramelização já adquire um tom dourado.
Após 50 min já está com 1/3 do volume inicial e o tom caramelo é uniforme.
Passados 60 min ou ao gosto, a cebola já esta pronta.
Finalização
Aquecer uma frigideira com azeite .
Adicionar os spaetzle em porções para a fritura.
Dourar a massa ao gosto, aspergindo um pouco de sal e paparica picante ao gosto.
Retirar e depositar em refratário .
Concluindo a fritura de toda a massa , distribuir a cebola caramelizada e levar ao forno para aquecer.
Servir em seguida.