Entre mim e minha irmã, saudade tem sabor. Sabor de bife à milanesa. Ficou
registrado desde uma noite, de um dia, da década de 90, quanto o ônibus partiu
rumo a São Paulo. Para nós, a distância era uma viagem ao fim do mundo. E, por anos, assim o foi. Naquela noite,
antes de me levar à rodoviária, ela preparou o prato preterido. Bife à milanesa.
Por cima, molho sugo. Para arrematar, fusilli* e molho de queijos. Entrei no
‘Cometa’ que me levaria para uma viagem sem volta. Ao mundo ‘de gente grande’. Lágrimas
infindáveis correram enquanto o ônibus percorreu quadras e mais quadras.
Distância que também lembra o fim do mundo. Distância que ela percorreu
implorando para que eu ficasse. Distância que registrou o bife à milanesa como o
último prato, do primeiro dia, do primeiro ano, do resto de nossas vidas. E assim, para nós, o prato se tornou
emblemático. Era a
refeição que me esperava a cada visita que fazia em casa. Refeição com sabor de
saudade.
* fusilli (lâmina
de massa aberta em longas tiras, cortadas e enroladas no comprimento com um
arame) – perfeito para reter o molho. Mas em casa, você pode utilizar uma massa
seca, como o Bucatini.
Os bifes à milanesa continuam entre as minhas refeições preteridas. Atualmente gosto mesmo ao lado de um feijão cozido á perfeição, arroz soltinho e salada de tomate ou, por que não, à parmegiana?? Hummmmm. Sabor de cardápio para começar a semana, para um aconchegante jantar!!!!
Preparo dos bifes à milanesa
Os bifes à milanesa continuam entre as minhas refeições preteridas. Atualmente gosto mesmo ao lado de um feijão cozido á perfeição, arroz soltinho e salada de tomate ou, por que não, à parmegiana?? Hummmmm. Sabor de cardápio para começar a semana, para um aconchegante jantar!!!!
Preparo dos bifes à milanesa
Para empanar o bife, o essencial é
farinha de trigo, farinha de rosca e ovos batidos. E um dos segredos do sucesso
de uma boa ‘casquinha’ é justamente a qualidade da farinha de rosca, que forma
a casca externa do prato.
A versão original italiana para o prato leva costeleta de vitello, mas não sou adepta do uso - apenas quando solicitado; e nunca fez parte do repertório de cortes usados à época, e mesmo nos dias de hoje. Uso coxão duro, patinho ou miolo de alcatra, cortados finamente, e, por vezes, batidos levemente entre papel filme, sem nunca 'machucar' os bifes. apenas agregar texturas, com a uniformidade dos nacos.