Pedaços diversos de suínos, já defumados com dicas da tradicional arte da charcutaria, no caso,lombo, barriga e costela!
Para
alguns pode até soar primitivo. Para outros, resgatar sabores que não são mais
encontrados nas prateleiras - dos pequenos a grandes comércios. É sabor que não
se compra mais!!! "Tem que gostar do fogo, da fumaceira, de admirar
por cerca de 12h só brasa". Ao final, o resultado é só sorrisos. Sorrisos
por conferir que a dedicação não foi em vão e o de poder compartilhar sabores
que só mesmo os saberes primitivos podem nos apresentar: o de preserva
alimentos por meio da defumação - no caso, por meio de um defumador artesanal Amém. Que venham
os próximos passos da feijoada que vai ser presenteada com os nacos destas
carnes de suíno pra lá de especiais.
|
domingo, 13 de setembro de 2015
DEFUMADOS ARTESANAIS, 'SABOR QUE NÃO SE COMPRA'
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Retalhos do mar transformados em banquetes do amor
mini lulas salteados no azeite com nacos de alho e gengibre |
A única coisa de que mais me orgulho
em minha vida é a de ter o ‘poder’ de proporcionar a felicidade por meio de uma
refeição elaborada, sempre, com o mais profundo amor. E quando falo de ‘poder’ é
o de me sentir capaz de transformar o pouco em muito. De abrir a geladeira,
rapar o que lá dentro há e dar um jeito para que uma refeição delícia seja
servida. Não existe segredo. É simplesmente magia, a magia dos alimentos, que
quando somados às ervas frescas, às especiarias, à cebola, ao gengibre, ao alho
... reservam sabores que sempre surpreendem. Agora imagine este pouco não vir
da geladeira, mas, sim, direto do mar. Do mar de Zimbros. E com uma parceira de
cozinha sem igual, Maria de Zimbros – minha adorável amiga Taís.
Desta feita, cardápio de dois jantares díspares preparados a seis mãos
que podem render delícias surpreendentes para entradas, acompanhamentos mais
prato principal.
salsa de aliche - 2 filés de aliche, alho, azeite, alcaparra e suco de limão |
Caldo cítrico de peixe mais camarão
Para antecipar as decisões, preparei um caldo de peixe com aromas cítricos e refrescantes (capim-limão, folha de limão, cominho, uma pitada de curry em pó e gengibre). No mais, cebola, alho, cenoura, salsão, alho-porró, dois nacos de peixe e um punhado de cascas frescas de camarão, além das ervas. Poderia ser apenas um delicioso pirão. Mas não. Sempre queremos mais. Em uma cozinha repleta de facas, tábuas, boa conversa ...os pratos vão surgindo.
Mini Lulas com pesto de aliche
- Ao final, mini lulas – usadas para a pescaria, mas limpas à perfeição por
Taís, se tornaram uma entrada sem igual, regada a um pesto de aliche. E não
pense que é daqueles molhos fortes, que predominam. Basta um punhado de
erva-doce fresca, dois filés de aliche, duas bolinhas de alcaparras, três/quatro
dentes de alho sovados no almofariz. Depois, regar azeite, acertar a pimenta e
devorar com um naco de pão e uma mini lula salteada rapidamente no azeite
quente com nacos de alho e gengibre dourados. Três minutos e basta. Preservam a
bela cor e o sabor.
Pirão de frutos do mar
O Caldo, após 30 minutos de fervura, foi peneirado – apenas os nacos
de peixe preservados. Depois, ½ litro aquecido. Para dar mais sabor, cerca de
200 gramas de camarão pequeno, sem casca, agregados. Para finalizar, farinha de
mandioca colacada aos poucos. Para 500 ml de caldo, no máximo uma xícara de
farinha de mandioca. O ideal é ir incorporando e mexendo. Não pode ficar
pesado. Mas, sim, um creme, com textura transparente. Para acompanhar, um naco
de pescada bicuda assada à perfeição, com recheio de ervas frescas.
sábado, 22 de agosto de 2015
PARA A MENINA DE 40, ANTEPASTOS SEM FIM....
Penso que ao fazer 40 anos, nos sentimos mais
seguras para escolher (a dedo, e sem pestanejar) ao lado de quem desejamos
comemorar o primeiro dia, do primeiro ano, do resto de nossas vidas, a exemplo
de todas as comemorações que só nossas são. Mas, a dos 40/41/42...47... temos -
a cada dia, a cada momento enraizado em nossas memórias - mais segurança para elencar
quem esses são; para escolher os quitutes de que mais gostamos, independente do
que os demais convidados escolhidos a dedo, irão achar - afinal já foram
eleitos como preteridos.
É lógico que a delícia predileta do pai (no caso, sr. Carlos) não poderia faltar – garoupa cozida em seu próprio caldo e, também, Caldinho de feijão à perfeição (o que tem como base, além do grão negro, carnes defumadas e o vinagrete com as ervas marinadas na cachaça – tudo processado e coado.
Caldo de garoupa |
Depois, finalizado apenas com um leve vinagrete mais adocicado). Já o da
mama (Carmem), focaccias recheadas, pães recém-saídos do forno e as pastinhas
diversas. Entre as servidas, curry de frango desfiado; sardela; berinjelascrocantes à moda de Crica e Gianni; vaca na breja recheando nacos de pão
francês; e creme de bacalhau preparado com todo respeito.
Para completar os desejos de quem conhece as
delícias preparadas no Pastifício, Fabi completou a lista com: “lasanhas (três
cogumelos; bolonhesa; napolitana); Sanduba de Carne na breja; pães e focaccias artesanais....
Afinal, a menina de 40 tem o direito e o dever de,
ao menos, tentar apontar os seus desejos. E assim o foi.
Para mim, que estava comandando as caçarolas, o antepasto de frango com curry aos três limões (folhas de limão siciliano picadas, tomilho-limão mais caule de capim limão) com os nacos da ave desfiados, regados com suco de limão e temperado com mostarda amarela e pó de curry foi o preterido. Então, que esta seja a receita desta comemoração.
PARA A MENINA DE 40 ANOS - FABI MORO MARTINS
SÁBADO (15.08.2015) / Pastifício Dell’amore / Rua Santa Rita Durão, 424 – São Lourenço
Caldo de Garoupa com batatas e especiarias
LASANHAS DO PASTIFÍCIO Finas lâminas de massa artesanal sobrepostas por molhos distintos e ingredientes diversos. Para a ocasião:
PARA A MENINA DE 40 ANOS - FABI MORO MARTINS
Em uma tarde de sábado, de um dos
finais de semana de agosto de 2015, comidinhas de que todo mundo gosta serão servidas em um adorável jardim, para uma pequena grande
menina, que comemora o início de um Novo Ciclo de Vida, 40 anos. Com uma
decoração divertida, pessoas amigas, alegres e que adoram brindar à vida se reúnem
em torno de delícias e gostosuras. Tudo para lá de simples e, por isso,
irresistível.
SÁBADO (15.08.2015) / Pastifício Dell’amore / Rua Santa Rita Durão, 424 – São Lourenço
Caldo de Garoupa com batatas e especiarias
A aniversariante e sua família mais os
primeiros convidados poderão degustar este caldo, tradicional prato açoriano
preparado com ingredientes das águas gélidas catarinenses.
http://pastificio.blogspot.com.br/2013/08/garoupa-em-seu-proprio-caldo.html
http://pastificio.blogspot.com.br/2013/08/garoupa-em-seu-proprio-caldo.html
Caldinho de feijão, com
crispis de torresmo
O Caldinho vai direto do bule para as
xícaras, que são finalizadas pelo próprio convidado. Trata-se de CALDINHO DE FEIJÃO
PRETO preparado com embutidos. Servido em pequenas cumbucas, pode ser
incrementado com caldo picante, com o tradicional vinagrete da casa ou, ainda,
puro, com crispis de torresmo mais verde.
http://pastificio.blogspot.com.br/2014/08/como-nao-poderiadeixar-de-ser.html
http://pastificio.blogspot.com.br/2014/08/como-nao-poderiadeixar-de-ser.html
Salada de feijão fradinho
Servido
frio, em pequenas porções, temperado com ervas frescas, como a menta e o
tomilho limão mais raspas de limão siciliano e seu suco, além de aipo bem
picado
http://pastificio.blogspot.com.br/2013/12/fradinho-frade-ou-de-corda.html
http://pastificio.blogspot.com.br/2013/12/fradinho-frade-ou-de-corda.html
Sanduba de ‘vaca na breja’. A
carne é distribuída sobre fatias das tradicionais focaccias, com pepino
conservado na folha de parreira.
Há também opção de sanduba no mini pão
francês. A carne morosamente cozida na cerveja é temperada com especiarias mais
bruxarias. As pequenas delícias ficarão dispostas em cantinhos e poderão ser
incrementados com os molhos de sua preferência: barbecue e/ou vinagrete
LASANHAS DO PASTIFÍCIO Finas lâminas de massa artesanal sobrepostas por molhos distintos e ingredientes diversos. Para a ocasião:
- Lasanha à bolonhesa (com três carnes e camadas de queijo,
sugo mais bechamel)
- Lasanha três cogumelos – cogumelos portobello e shiitake frescos
mais fungui sechi salteados na manteiga
- Lasanha à napolitana http://pastificio.blogspot.com.br/2009/05/lasanha-napolitana.html
Focaccias (tradicionais e
recheadas), pães e crostinis dispostos em bandejas, acompanhados por pastas e
cremes para lá de especiais:
- Frango
desfiado já cozido, marinado no limão e temperado com pó de curry mais três
limões (capim-limão, folha de limão e tomilho-limão). Para finalizar,
bruxarias...
-
Berinjelas crocantes
-
Creme de bacalhau com nacos de alho crocantes, cebolas caramelizadas, purê de
batata mais nata
-
Sardela
Para saciar a sede
Suco de limão da horta
Espumantes Joaquim
Exemplares da artesanal ANFITRIÃ/DA AMETISTA (elaborada pelo Capitão
Rodrigo e sua trupe – Felipones, Tomate e Rodrigones)
domingo, 9 de agosto de 2015
A VERDADEIRA MAIONESE!!!!!!!!!!!!!!!!!
maionese de batata, com cubos do tubérculo cozidos ao dente, regados com
|
Uns apreciam morna. Há os que não
a degustem se não estiver geladinha. Com nacos de batatas ao dente, ou com o
tubérculo praticamente desmanchando de tanto cozer. Repleta de creme ou mais
sequinha. Pura, só com batatas mais o cremoso molho à base de ovos e azeite, ou
incrementada com milho. Outros abrem a geladeira e agregam o que tiver - do
tomate, pepino, azeitona à ervilha, seja fresca ou em conserva. Pelas ‘bandas’ do Sul e
Sudeste do país penso que a Maionese deve estar entre as guarnições prediletas da
população em questão. Uns recheiam o pão, mas só se estiver ainda morna (caso
da minha irmã Dani), outros apreciam bem geladinha.
maionese com batatas no Pão |
Faz o papel de entrada, ao lado da
salada de folhas; ou como recheio de canapés em aniversários (a exemplo dos ‘canudinhos’
- quem já não teve essa guloseima em alguma comemoração familiar?). Enfim, a
Maionese é unanimidade entre inúmeros apreciadores de uma boa comida. É destaque
em comemorações diversas (Dia dos Pais; das Mães; almoços de domingo....). Quando
se trata de degustá-la em bares e restaurantes, há sempre quem elenca a melhor.
Jamais vou esquecer da querida Inês (Inezita), que nos tours gastronômicos carioca, nos quais ela e seu fiel escudeiro Ramiro nos apresentaram 'casas' sem igual. O que tinham em comum? ‘A melhor
maionese’ que Inezita havia degustado, a exemplo do bar Lagoa (no Leblon). Antes disso, por anos seguidos, a maionese que recheava o sanduba de todos os dias era a preparada por Teresa, querida Teresa, de Castro/PR, que seguiu as dicas da amada Liahil Marlene de Oliveira Laroca. Liahil preparava um farnel para lá de especial. Entre os quitutes, uma 'compota' de maionese para a semana. Com ela, recheávamos todos os tipos de preparos com pão.
Eu gosto de preparar a Maionese
com uma gema caipira cozida mais uma ainda crua (com ovos de boa procedência),
azeite e limão. Primeiro agrego as gemas (a crua e a cozida), lentamente, com um garfo. Depois, com
um foie (a mãe fazia com garfo e dizia ‘que sempre tinha de mexer para o mesmo
lado. Ao contrário, desandava”) vou regando azeite. É pura terapia. A exemplo
dessa, adoro a da Bel e a da Dani Wolbeto de Araújo.
Receita
A verdade é a de que para fazer a 'verdadeira maionese' cada um tem seu truque, temperos....Mas, em minha opinião, a que prevalece é 'menos é mais'. Então, :- cozer um ovo caipira - dois, para garantir
- uma gema caipira crua
- suco de um limão
- noz moscada ralada
- sal
- azeite o quanto baste para dar a cremosidade e brilho que desejar.
Caso desande, jamais jogue fora o rico composto. apenas coloque mais uma gema em outro prato e vá adicionando aos poucos a mistura mais líquida. em, no máximo, cinco minutos, terá a maionese pronta. Ouro truque é regar mais limão e mexer com o foie até encorpar novamente.
Bom espero que este e outros deliciosos pratos deliciosos estejam presentes nas mesas de todos os PAIS, neste, que é uma data pra lá de especial, principalmente quando se trata de um PAI que se chama Carmelino Basso. Homem adorável, amado, PAI E MÃE, que da sua forma nos ensinou a viver e a ser o que somos.
FELIZ DIA DOS PAIS A TODOS OS PAIS!!!!!
quinta-feira, 30 de julho de 2015
VACA ATOLADA
Costela de boi, mandioca, ervas frescas, especiarias, cebola, alho e azeite.Para incrementar, agreguei algumas fatias de linguiça calabresa, a mais pura e menos gordurosa que encontrar (cerca de 50 gramas) para 1,5 kg de mandioca e 2 kg de costela, livre de nervuras e do excesso de gordura. É comida de sustança, comida feliz!
A Vaca atolada é um prato típico do cardápio dos tropeiros que carregavam a costela de boi mergulhada na gordura, o que garantia alimento por um bom tempo, sem deteriorar. “Ao longo das trilhas colhiam mandioca, assim, podiam misturá-la à carne. Uma comida forte e boa para dias mais frios da serra”.
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Foi a banha de porco que atolou a vaca, ou a vaca que levou a banha pro brejo?
No último sábado, Luzinha, Sil, eu mais Felipe trocávamos ideias sobre delícias e gostosuras de nossas histórias de vidas vinculadas à alimentação. Em poucas palavras chegamos à banha. Sim à banha pura de porco, que em nossas infâncias (seja na capital ou interior do Paraná, bem como de norte a sul do país) o produto era cuidadosamente armazenado em latões para preparos diversos, um deles, servir como cobertura de pão caseiro. E não era pouca. Uma camada farta apenas salpicada com sal. Deleite que poucos conhecem, já que a banha pura, atualmente, também é ingrediente raro. Bom, nos comprometemos a resgatar um fornecedor para partilhar a delícia e resgatar sabores que ainda estão presentes nas nossas memórias.
Ravioli de costela desfiada, salteado na manteiga de sálvia |
Apenas em grandes festejos. Diante da resignação, o consolo foi o de lembrar, mais uma vez, do... ‘Tudo bem. As costelas também nunca mais serão as mesmas. Assim como a banha de porco que cobria os nacos de pão recém-saídos do forno. Voltando à aquisição, enquanto pensava no cardápio da ocasião, uma panela de pressão já estava sendo preparada para receber o pedaço da carne para o execução da tradicional ‘Vaca Atolada’, prato que nunca havia feito. Seguindo os instintos de cozinheira e as lembranças de leituras, retirei o excesso de gordura, besuntei a carne com uma pasta macerada de azeite com alho e ervas frescas, cominho, dourei a carne de ambos os lados, agreguei cebolas, nacos de cúrcuma e uma lata de cerveja. Completei com água. Após 20 minutos de pressão, coloquei pedaços de mandioca. Enquanto finalizava o prato, fui buscar as origens e formas tradicionais de elaborar o prato, ícone da gastronomia do Nordeste. Deparei com a banha de porco. Lógico. Não podia ser diferente. A Vaca atolada é um prato típico do cardápio dos tropeiros que carregavam a costela de boi mergulhada na gordura, o que garantia alimento por um bom tempo, sem deteriorar. “Ao longo das trilhas colhiam mandioca, assim, podiam misturá-la à carne. Uma comida forte e boa para dias mais frios da serra”.
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Pescar lambari é tarefa para profissional
Encontrar a curva do rio e a profundidade ideais; água límpida – não considere que estar barrenta é empecilho. Apenas indicação de que a pescaria pode não ser tão produtiva, já que voltarmos com uma média de uma centena de exemplares costumava ser a média. Silêncio absoluto, o que torna a pescaria de lambari um tanto quanto solitária. Bom, estes são alguns dos pré-requisitos para uma boa pescaria de lambari, que só pode ser comemorada após cada pescador deixar seu posto. Fazendo um paralelo com a vida dos adultos, a do meu, do seu, enfim, do nosso dia a dia, percebo que temos muito a resgatar dos princípios que o pai me fazia seguir para capturar, delicadamente, dezenas de lambaris. Não considero que nossa vida tenha que seguir regras, mas penso que a repetição de atos, com o passar do tempo, ultrapassa os fatos. Então, encontrar um lugar ideal; ter paciência – lógico que por vezes ela vai 'às favas'; estar ao lado de pessoas que respeitem o silêncio de que você precisa para pescar os rápidos peixinhos. Enfim, pescar lambari poderia ser tarefa apenas para adultos, e profissionais. Mas, se nos dermos conta, pode ser mais leve seguindo os princípios que adotávamos para pescar lambaris; andar de carrinho de rolimã; pilotar a monareta sem freio nas íngremes decidas do São Lourenço – à época, sem asfalto; soltar pipas. ... E depois de gastar energia, chegar em casa e comer arroz com os pequenos peixinhos fritos que, quando não pescados pelo pai, eram adquiridos do tio Raimundo Lunardon, que ao lado da sua fiel escudeira, dedicava horas de suas vida pescando-os. Depois, vendia-os espalmados, em outro companheiro de vida, seu fusca amarelo. Esse só abandonou a tarefa de ser profissional na arte de pescar lambaris no dia em se foi.
Se pudesse ter um desejo para o amanhã seria o de passar o dia pescando lambari ao lado de meu pai (Carmelino Basso), que completa 70 anos neste 16 de julho. Parabéns, meu amado pai.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Todo dia pode ser dia de comer pizza
Proveniente de Nápoles (Itália), mas cidadã do mundo, a pizza desembarcou no Brasil por São Paulo mas, claro, é encontrada em todo o país – de pizzarias requintadas às ‘padocas’ que a produzem em formatos diversos e a servem para uma legião de fãs. Formatos a parte, para os amantes da tradicional redonda o importante é preservar tradições. Primeiro, os ingredientes primordiais para a execução em sua casa devem ser de qualidade: molho sugo cozido por algumas horas, massa feita à base de farinha forte (uso semolina branca - 500 gramas, com a textura de talco), azeite de oliva (umas quatro colheres), fermento (30 gr.), açúcar (1 colher rasa), água (350 ml) mais sal 9 1/2 colher). É uma massa muito rápida e fácil de ser preparada. Então, se desejar, ainda dá tempo de elaborar. Em 40 minutos terá uma perfeita bola de massa, que renderá, ao menos, cinco exemplares. No mais, basta cortar em pequenas bolinhas e abrir com um rolo de madeira ou mesmo com uma garrafa vazia. Para finalizar, não esquecer de que uma boa pizza deve ter massa crocante por fora e macia por dentro, sal na medida certa, molho sugo cremoso e cobertura na dose correta, sem exageros. Ah, e a borda alta é fundamental.
Sem esquecer da cocção: perfeita, assada em forno a lenha ou no
convencional, com aquecimento superior. Assim, quando chegar à mesa, a iguaria
vai exibir tênues tons dourados, que a fazem brilhar, assim como os olhos
de quem vai degustá-la.
No item matéria-prima, citei acima que
não abro mão de usar semolina por se tratar da farinha de trigo indicada
para o preparo da pizza ‘perfeita’, bem como da focaccia. O cozinheiro italiano
Gianni, do Borgo Della
Colomba -, Toscana (Itália) - especialista na arte de preparar essas
delícias – endossa que a receita da pizza italiana começa com a escolha da
farinha.
Para ele, , o que difere os tipos desse ingrediente é a “granulometria
della macinatura”, ou seja, o quanto o ingrediente é refinado, a
exemplo dos açucares brasileiros. “Por ser mais refinada, absorve mais água tendo um teor de glúten menor, mas,
com mais força, o que confere ao
produto final uma leveza maior”, explica Gianni. Outro aspecto que o cozinheiro do Borgo della Colomba destaca
é o material de que é feito o equipamento que fará a moagem. “é a cè da dire che
le farine differenziano anche per il tipo molitura: a cilindri di acciao inox
per farle piu' sottili vedi farina 00”. Isto é, para a farinha 00, o cilindro de aço inox é ideal no
processo de refinamento.
Ingredientes (para cerca de cinco pizzas)500 gramas de semolina
30 gramas de fermento
350 ml de água
1 colher de chá de açúcar
1 colher de chá de sal (que será agregado após a fermentação)
azeite de oliva - umas quatro colheres
Modo de preparo
Em um recipiente de borda alta, coloque 50% da farinha. Faça uma cova no centro e desmanche o fermento. Salpique o açúcar por cima dele e dissolva, com uma colher de pau, em 50% da água. Espere fermentar (5 min/10 min).
Misture o resto da farinha, da água e, na sequência, o azeite, misture bem. Coloque o sal e parta para a sova.
Numa superfície lisa, regue azeite (é muito mais fácil sovar uma massa no azeite a trabalhá-la na farinha. Não gruda. Quando estiver bem homogênea (cerva de 10/15 min. sovando alternando sentidos) cubra com um pano e deixe crescer. Corte em pequenas bolas, abra e disponha em formas untadas. Forre cada uma deles com o sugo e agregue o que desejar. Desta feita, além do molho de tomate, algumas foram cobertas com lâminas de abobrinha; outra de peito de frango desfiado e temperado; um exemplar da tradicional portuguesa; a só de mussarela e manjericão. Enfim, delícias. Bom apetite!!!
Ingredientes (para cerca de cinco pizzas)500 gramas de semolina
30 gramas de fermento
350 ml de água
1 colher de chá de açúcar
1 colher de chá de sal (que será agregado após a fermentação)
azeite de oliva - umas quatro colheres
Modo de preparo
Em um recipiente de borda alta, coloque 50% da farinha. Faça uma cova no centro e desmanche o fermento. Salpique o açúcar por cima dele e dissolva, com uma colher de pau, em 50% da água. Espere fermentar (5 min/10 min).
Misture o resto da farinha, da água e, na sequência, o azeite, misture bem. Coloque o sal e parta para a sova.
Numa superfície lisa, regue azeite (é muito mais fácil sovar uma massa no azeite a trabalhá-la na farinha. Não gruda. Quando estiver bem homogênea (cerva de 10/15 min. sovando alternando sentidos) cubra com um pano e deixe crescer. Corte em pequenas bolas, abra e disponha em formas untadas. Forre cada uma deles com o sugo e agregue o que desejar. Desta feita, além do molho de tomate, algumas foram cobertas com lâminas de abobrinha; outra de peito de frango desfiado e temperado; um exemplar da tradicional portuguesa; a só de mussarela e manjericão. Enfim, delícias. Bom apetite!!!
sexta-feira, 3 de julho de 2015
Fettuccine é massa fina!!!
Finas lâminas de massas cortadas no formato de fettuccine, cozidas por
apenas dois minutos em água fervente, salteadas na manteiga de ervas (para a
ocasião, sálvia da horta) e, depois, servidas em pratos individuais, delicadamente
dispostas, regadas com azeite e salpicadas com parmesão de boa qualidade. Punto
e basta!!!! É mágica pura. É isso. Quanto
você menos espera, um novo sabor desperta; uma textura inédita aparece. E ‘contra
fatos, não há argumentos’.
Fettuccine na manteiga de ervas |
Trata-se de um fogão a lenha (a todo vapor) sobre o
qual dispus duas ou três lâminas das dezenas feitas para compor as lasanhas (do
CLUBE DA LASANHA), cortadas no formato em questão. É questão da natureza –
calor na medida perfeita. Secaram de forma uniforme. Quando colocadas na água fervente
a intuição é quase de tirar imediatamente. QUASE. Ingredientes e natureza. Nada mais do que
isso. É o que os meus queridos amigos Gianni e Cris me ensinaram nas vezes em
que no Il Borgo della Colomba estive e onde espero em breve retornar. No mais,
um quilo de farinha, uma dúzia de ovos com gema caipira e o formato que desejar
estará ao seu dispor.
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Gnocchi, deliciosa superstição
No dia 29 de cada mês, tornou-se tradição degustar este prato para ter sorte nas semanas seguintes. Realidade ou não, a superstição - reza a lenda, surgida na Itália - colabora, e muito, com a propagação de receitas diversas e com o consumo da iguaria. Quando preparado à perfeição (com a quantidade correta de batata e farinha) é leve e absorve o molho que cobre cada um dos gnoccho que compõe o prato. Esta receita foi preparada à base de batata (1 kg) e semolina (300 gramas), conforme dita o receituário italiano, confirmado, antes do preparo, por Gianni, do Il Borgo della Colomba ("si corretto 1 kg patate 300 gr. farina cuoci le patate poi passale nello spremi patate dopo raffreddate aggiungi la farina e inpasti e il gioco e fatto)
Buon appetito.
Grazie, Gianni e Cris.
No mais, é finalizar com os ingredientes que mais se adequarem ao paladar de cada um. No caso, nacos de alho dourados no azeite, tomates italianos cortados em pedaços grandes, depois salteados, molho sugo já previamente pronto e, para quem desejar, carne cozida, que pode ser agregada ao molho ou a cada prato. Para a ocasião, posta vermelha (lagarto) cozido morosamente com ervas frescas, cenoura, salsão e cebola.
Trilogia de nhoque a quatro mãos |
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