Ferradura de tainha frita em imersão |
Aos que respeitam, o ciclo da
natureza proporciona abundância de pescados com a alternância dos ciclos reprodutivos
dos frutos advindos do mar. Basta conferir o frescor das tainhas, que nesta
época migram para a costa aferindo o espetáculo da natureza em sintonia com a necessidade do homem.
Você encerra um bocado de ideias, soma diversos conceitos, agrega histórias de vida e acaba por conferir, mais uma vez, que é o ciclo da natureza que nos proporciona sabedoria. E quanto mais perto da natureza estamos mais evidências constatamos. A meu ver é porque mais perto de Deus nos encontramos. Aqui, pelas bandas de Zimbros (Bombinhas/SC), dia 01 de junho a pesca do camarão foi reaberta.
camarão rosa salteado |
A movimentação noturna está a todo
vapor. Não é para menos. A maior parte dos moradores deste pequeno paraíso
sobrevivem da pesca do crustáceo, que, de 28 de fevereiro a 01 de junho tem a
pesca proibida, já que é a época em que as espécies rosa, sete
barbas, branco, Santana/vermelho e barba russa se reproduzem nas regiões sul e
sudeste do Brasil. Em paralelo, os ventos
gélidos que se aproximaram do litoral de Santa Catarina na segunda quinzena de maio proporcionaram,
novamente, a migração da tainha para a costa, aferindo, mais uma vez, o
‘espetáculo da natureza’ em sintonia perfeita com a necessidade do homem.
escabeche de sardinha |
Sem falar na abundância da sardinha (por aqui
também conhecida por charutinho). O peixe mais rico em omega 3 e
outros nutrientes aclamados por nutricionistas para o bom funcionamento do
cérebro, formação de neurônios, memória, prevenção de Alzheimer e mais um lista
de benefícios, que, literalmente, são encontrados de ‘cabo a rabo’ nas
sardinhas. Mas, o principal deles, é o preço, já que é um dos pescados
mais acessível em âmbito nacional.
Desta feita, tivemos a sorte de estar em Zimbros no fim do defeso do camarão (01.06), no momento em que as tainhas continuam caindo na tocaia do arrastão – a cada ano em menor quantidade (as da vez estão vindo de Floripa. Para os pescadores daqui os cardumes ainda não deram as caras). Para arrematar, ainda há alguns dias para o fechamento da sardinha, a qual, dias destes, rendeu um escabeche sem igual, que até já recebeu nome: Pressão na sardinha, feitas na panela de pressão.
Desta feita, tivemos a sorte de estar em Zimbros no fim do defeso do camarão (01.06), no momento em que as tainhas continuam caindo na tocaia do arrastão – a cada ano em menor quantidade (as da vez estão vindo de Floripa. Para os pescadores daqui os cardumes ainda não deram as caras). Para arrematar, ainda há alguns dias para o fechamento da sardinha, a qual, dias destes, rendeu um escabeche sem igual, que até já recebeu nome: Pressão na sardinha, feitas na panela de pressão.
No mais,
o pedido para o pescador da vez é uma tainha cortada em ferradura - cortada na
transversal, com nacos de, em média, 4 cm. para que preserve a umidade no seu interior e a crocância da pele, que, à primeira vista, remete à pururuca perfeita de m leitão. Para completar, ovas separadas para o preparo de uma farofa,
um arroz branco e um verde. Precisa mais?
“Mas se Deus é as flores e as árvores; E os montes e sol e
o luar; Então acredito nele, Então acredito
nele a toda a hora, E a minha vida é toda uma oração e uma missa, E uma comunhão com
os olhos e pelos ouvidos. Mas se Deus é as árvores e as flores; E os montes e o
luar e o sol, Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar”...(trecho do poema ‘O guardador de rebanhos, de Alberto Caeiro, um dos heterônimo de Fernando Pessoa)
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar”...(trecho do poema ‘O guardador de rebanhos, de Alberto Caeiro, um dos heterônimo de Fernando Pessoa)