Aqui, de onde avisto o mar, o silêncio prevalece. A ausência de sons é a mesma que a dos alpes da Toscana. Aqui, do paraíso zimbreiro, o silêncio é interrompido pelo rumor das ondas, que suavemente se quebram, como se conversassem umas com as outras. Uma verdadeira sinfonia das águas, que, por vezes, sem nem sabermos, do encontro dos oceanos reverbera.
Lá, das montanhas, em meio à bucólica paisagem, d’onde castelos medievais são encontrados ‘no meio do nada’, quem ressoa são os sinos, em uníssono, quase que para avisar os desavisados de que a hora da refeição está por chegar. Daqui os rumores das crianças, que da escola chegam e para a praia correm, sabemos que outro horário importante está por vir, o do jantar. Seja daqui, seja de lá!!! O que prevalece é a sintonia entre as pessoas que juntas trabalham, falam, falam, brincam e comem, comem e comem....já que entre amores, sempre haverá de existir sabores e rumores.
Cartoccio di frito misto e as
Minestras
Até poderiam ser, se o ‘cronch’ da frescura dos ingredientes não estivesse sempre a prevalecer. Seja da cozinha do Borgo às Friggitoria di Cinque Terra e de outras regiões litorâneas da Ligúria (composta pelas províncias Gênova – capital, Impêria, La Spezia e Savona), as delícias empanadas têm sabor e crocância sem igual.
Dos legumes, sempre os da estação, cortados em finas lâminas, empanados em farinhas de trigo mais de grão-de-bico (ceci) misturadas à água com gás (ou, quem sabe, cerveja). Imersas em óleo quente, são uma das iguarias de rua (comidas de rua) muito degustadas, além da porchetta. Nas sequências de pratos das casas e de restaurantes é receita infalível no Cortorni. Das Minestras, há muita para falar, pois delas muito degustei e aprendi. Então, por aqui, dos legumes e frutos do mar empanados, vamos nos servir.
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