Receitas das mais simples encontradas nos botecos e restaurantes curitibanos, a tradicional ‘Carne de Onça’ é um quitute que pode ser preparado rapidamente em casa. Com os ingredientes em mãos, o trabalho se resume em montar. Para a elaboração, carne de ‘patinho’, limpa totalmente de nervuras e gorduras, e moída em duas ou três vezes na máquina; broa preta úmida; cebola; tempero verde e mostarda. Uma dica importante é a de que a carne não deve ser temperada antes, mas durante a montagem dos nacos desta delícia. É de dar ‘água na boca’.
Há
versões mais requintadas com nomes tanto quanto, como a do ‘hackepeter’ alemão ou do ‘steak
tartar’ francês, ambas elaboradas batendo a carne com temperos, dose de
conhaque e gema de ovo. Mas, sofisticadas
à parte, a nossa conhecida Carne de Onça
é amplamente degustada por homens e mulheres;
Ingredientes
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1 kg de patinho moído. Antes de pedir ao açougueiro passar pela máquina é bom
que todas as nervuras e gorduras sejam retiradas. Depois, moída duas ou três
vezes
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1 cebola bem picada
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1 maço de cebolinha verde bem picado
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Broa preta úmida. Para 500 gramas com cobertura adequada, cerca de 8 fatias
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sal
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pimenta do reino
- azeite de oliva
- mostarda
Montagem
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Distribua, sem parcimônia, a carne crua por cima das fatias de pão, que devem
estar dispostas sobre uma superfície reta
Obs.: sobre a quantidade de carne em
cada fatia, de acordo com a receita
descrita por Dante Mendonça no livro ‘Botecário
- Dicionário Internacional de Boteco’ , o ideal são 150 gramas.
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Não aperte a carne sobre o pão, apenas distribua deixando-a leve e solta, com uma colher ou garfo
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salpique o sal e a pimenta do reino
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Coloque uma generosa camada de cebola por cima da carne e, em seguida, outra generosa
de cebolinha verde
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salpique mais um pouco de sal e regue com azeite de oliva e mostardada sua preferência
Ah, e para os que não sabem, a Carne de Onça é um prato típico dos estabelecimentos curitibanos há mais de 50 anos. A origem do nome está no hálito forte que resta. Já o nome é decorrente de um boato, que apavorou, na verdade, os criadores de gado dos Campos Gerais. Na década de 80, quando foi inaugurado o Schwarzwald, Bar do Alemão, duas onças nativas apavoravam os criadores de gado da região. No balcão do Alemão, um petisco batizado de ‘Carne de Onça’ gerou uma grande confusão, já que, reza a lenda, o proprietário foi acusado de servir a carne do felino aos clientes.