Para nós, brasileiros, o porco sempre teve grande valor. Mesmo na
capital, muitas famílias mantinham seus chiqueiros no fundo do quintal. Lógico
que cada porquinho tinha nome e sobrenome, Mas, à mesa, o que prevalecia era a
designação de cada parte com seus respectivos sabores. Com a vó Maria, aprendi
a degustar a cabeça. Após preparar os pequenos leitões inteiros, esta parte era
tirada e escondida no forno para ser degustada mais tarde. Era para poucos. Amém!!!! Sempre estive entre elas.
Quando assado, o que me interessava, e, infelizmente, a todos que estavam
ao redor daquela obra de arte dourada, era a pururuca. Com o passar dos anos, o
sabor de cada naco permaneceu em minha memória, e os joelhos, ah....os joelhos (também conhecido como eisbein - em alemão) foram, primeiramente por mim preparados
cozidos na panela de pressão, com uma receita básica, mas deliciosa, guardada
em um dos valiosos cadernos.
Meus compêndios gastronômicos, assim como diários de adolescentes, foram arquivados, um a um. A diferença é que nos meus diários, a comida sempre prevaleceu. E, até hoje, guardam histórias da minha vida, de quitutes que provei - verdadeiras descobertas (casa qual à sua época, valores designados a cada garfada mais o momento em que foi degustado) . E, entre as páginas, mais uma delas é da amada
Liahil Laroca: a de joelho de porco cozido. Agora, que do defumador artesanal
do Pastifício saem os (sem precedentes
já provados por mim) joelhos de porco defumados, as receitas têm se cruzado,
por vezes o ainda cru preparado com o defumado.
Desta forma, os sabores agregam
e, literalmente, somam esforços, para um resultado sem igual. Os joelhos de
porco defumado saem do defumador duas vezes ao mês, e a quem interessar, é só
solicitar que terá seu naco reservado.
Quando esta parte do porco está defumada à perfeição, a transformação se dá com a hidratação do
joelho, que pode ocorrer rapidamente com batatas cozidas. Se desejar agregar a
versão cru mais a defumada às batatas, tanto melhor.
Assim, para os admiradores, o sabor chega à perfeição.Mas se apenas o pedaço fresco estiver à seu alcance, o preparo é fácil, rápido e de sabor inigualável.
tábua de delícias suínas |
Receita de Joelho de porco cozido, de Liahil Laroca
1 joelho de porco
1 colher de açafrão da terra
1 colher de coloral
3 cebolas cortadas grosseiramente
1 maço de salsinha, com talos, picado
4/5 dentes de alho
pimenta do reino
sal mais pimenta seca de sua preferência
Água quente o suficiente para cobrir peça na panela de pressão
Folha de loro
Modo de preparo
Fazer cortes leve no joelho para que tempero seja melhor absorvido
Fazer cortes leve no joelho para que tempero seja melhor absorvido
Moer alho no pilão com pimentas e azeite
Besuntar o naco do porco com os temperos moídos
Aquecer panela, colocar azeite e dourar a peça em todos os seus lados
acrescentar açafrão, colorau e nacos de alho
em seguida cebola
cobrir de água quente, fechar panela e cozer por cerca de 40 minutos.
Abrir, colocar batas inteiras e cozê-las junto com o joelho, cuidando para não perder o ponto de cocção delas.
Se tiver um joelho defumado, antes do tubérculo, colocá-lo, cozinhar mais 10 minutos e finalizar com as batatas.
Servir com repolho azedo.
Obs.: O joelho de porco por definição anatômica deveria pertencer somente ao membros traseiros do animal, mas no mercado comercializa-se também o "joelho" dianteiro, que pertence e paleta. Existe uma diferença considerável entre o traseiro e o diantiro. O traseiro é muito mais macio, cheio de carne e saboroso que o dianteiro. Então, ao comprar, fique atento e peça sempre o traseiro !!
Obs.: O joelho de porco por definição anatômica deveria pertencer somente ao membros traseiros do animal, mas no mercado comercializa-se também o "joelho" dianteiro, que pertence e paleta. Existe uma diferença considerável entre o traseiro e o diantiro. O traseiro é muito mais macio, cheio de carne e saboroso que o dianteiro. Então, ao comprar, fique atento e peça sempre o traseiro !!
Nenhum comentário:
Postar um comentário