segunda-feira, 30 de julho de 2012

Lagostas de tradições e glórias mil



Fettuccine com lagostas grelhadas
Fabi e seu amado Fernando degustando Lagostins

Pão artesanal com pignole e sálvia
Pasta de anchova defumada
















Entre gostos e desgostos, o Corinthians conquistou o título na Libertadores. Entre gostos e desgostos, bom mesmo é que cada um tem seu time de coração e que nem todos gostam de lagostas. O duro mesmo é quando os que não gostam do crustáceo o denominam de peixe e devoram nacos e mais nacos do ingrediente servido com Fettuccine artesanal. Mas as divergências entre torcedores e os ‘bons de garfo’ ficaram de lado no último domingo para as comemorações de aniversário e do título na Taça Libertadores da corintiana de’ quatro costados’ Fabiana Moro Martins. Além da massa guarnecida com os crustáceos, Lagonstins em salsa de lardo dicolonnata;
lagostins em salsa de lardo di colonnata
Pães artesanais com pasta de anchova defumada no Pastifício; legumes grelhados com salsa verde estavam no cardápio.
Abobrinhas grelhadas com salsa verde
 E para lembrar das raízes portuguesas da aniversariante, Caldo verde com couve da horta. Para a celebração, após o tradicional parabéns, Fabi ouviu o .... ‘tradições e glórias mil’.....
A família.....

Fabi e Lorraine



Lorraine e Valter Fanini
constanza e o Caldo Verde

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Berinjelas diversamente arranjadas


“Diversamente arranjadas, formam as palavras um sentido diverso: os sentidos, diversamente arranjados, produzem efeitos diversos”. Este pensamento de Blaise Pascal (1623-1662) se aplica perfeitamente à gastronomia quando se trata da composição de ingredientes. Um exemplo é a berinjela. Simplicidade extrema e sabor versátil são apenas alguns adjetivos deste legume, que assume sabores diversos com poucas variações de componentes. Fatias finas grelhadas em chapa de ferro ficam delicadas, crocantes e se tornam um antepasto delicioso quando regadas com azeite e salpicada com ervas frescas. Estas mesmas lâminas crocantes também proporcionam mais vida a uma pasta ‘aglio e ólio’. E também adquirem textura distinta se colocadas em vidros esterilizados, com dentes de alho, folhas de loro, grãos de pimenta, azeite e um pouco de vinagre. Ah, e pimentas frescas, inteiras. Com os vidros armazenados em local arejado e escuro, os legumes marinados ficam bem conservados por cerca de 3 meses.
Berinjelas Grelhadas
- 2 berinjelas bem lavadas, secas, e cortadas em rodelas muito finas
- 1 punhado de sal
Modo de preparo
- após cortar as berinjelas, distribua-as sobre uma forma e salpique todas as lâminas com sal.
- disponha-as dentro de um escorredor e coloque um peso em cima. Por cima das fatias salgadas, coloque um prato e, em cima, acomode um um garrafão de 5l cheio de água. Assim, todo o líquido escuro e amargo do legume será eliminado. O ideal é deixar descansar no mínimo 6 horas.
- após este tempo, aqueça uma grelha de ferro sobre uma das chamas do fogão, disponha fatias por toda ela, e vire com as próprias mãos quando estiverem douradas.
- após grelhadas, regue com azeite de oliva e salpique salsinha e pimenta dedo de moça sobre o prato e sirva como antepasto.
 

terça-feira, 24 de julho de 2012

Camarão: o dono do pedaço

Pappardelle com camarões rosa
Camarões empanados na farinha Panko











De cabo a rabo, o camarão pode ser utilizado. “Parece até porco, onde tudo é gostoso”, parodiando o ‘devorador’ de suínos Anthony Bourdain. As cascas do crustáceo podem ir para a panela com alguns legumes e se tornam um belo caldo, que pode servir de base para um pirão, arrozes, molho para massas etc. Há quem coloque também as cabeças no caldo, mas quando bem limpas e preparadas como manda o figurino, o interior delas é cheio de sabor. Nesta hora, o pecado é não comer!

Bucatini com camarões grelhados
Com camarão de tamanho médio, daqueles que se consegue morder um naco do ‘bicho’, um espetinho empanado em farinha Panko, fritos rapidamente em imersão, se torna uma refeição. Também pode ser grelhado em churrasqueira e fazer um prato de massa brilhar, de tanta beleza. 
Bolinho de camarão à perfeição
Já quando pequenos, sem cascas e cabeças, enriquecem o tradicional bolinho de camarão
camarão soltinho - com rabo e cabeça
E quando ainda menores...aí vem o Camarão Soltinho, temperado com manjericão, sal e pimenta, e passado rapidamente na farinha. Sem citar outras dezenas de receitas, que vão da alta a baixa gastronomia; do bistrô ao ‘pé sujo’ da esquina. Não dá para negar. O camarão é uma instituição nacional neste país repleto de pescadores, que com suas redes trazem para as mesas brasileiras os mais variados tipos e tamanhos desta delícia. 
Seu Cido (60). Embarcado 30 anos, nos últimos se dedica às 'saídas mais curtas' para a pesca de camarão, de dois ou três dias; à produção de redes; manutenção do barco e fiscalização do trabalho dos filhos
Ingredientes para o ‘Camarão Panko’ (para 12 espetinhos, com três camarões M cada)
- 1 quilo de camarão com rabo e cabeça
- 2 ovos caipira batidos ligeiramente
- queijo colonial (um queijo firme) cortado em cubos
- sal
- pimenta do reino
- óleo pra fritar
- Farinha Panko para empanar
Modo de preparar
- tirar as cascas dos camarões preservando os rabos e cabeças
- Lavar bem e limpar o centro de cada um e secá-los em papel toalha
- temperar com sal e pimenta
- colocar três em cada espeto intercalando com os nacos de queijo
- passar rapidamente pelos ovos batidos e depois delicadamente pela farinha Panko
- tirar o excesso e fritar, em imersão, em óleo bem quente.
- servir imediatamente
Ao conviver com os pescadores percebe-se que são exemplos de perseverança e eterna esperança. Com olhos amoados e pele sempre curtida de quem vive exposto ao sol horas e horas a fio desde que nascem, quando as mulheres carregam seus rebentos para a beira do mar à espera dos seus maridos, até a força acabar, diante de tantos desafios que enfrentam, não deixam de sorrir e cuidar de quem os ama. Mas o maior deles - além dos riscos que a natureza pode proporcionar quando embarcados, o tecer de suas próprias redes e conservação dos seus barcos - está a perpetuação da sua arte, para filhos e netos, já que esta é, sem dúvida, a certeza da vida futura.
Redes sendo elaboradas pelas mãos do especialista na arte do mar. “As coisas devem ser preparadas em partes, entendendo o que pode se conservar, preparar, pescar. Há o tempo de cada coisa".





Crustáceos Antenados

Lagostim em seu próprio caldo
Lagostim
A maré estava literalmente para peixe! Tivemos a sorte de encontrar dúzias e dúzias de lagontim no seu Joel, fornecedor de primeira, que tem o prazer de nos reservar o que há de melhor em seu estoque. Para preparar os crustáceos, de garras afiadas e saborosas, usamos ervas frescas, cebola, alho, vinho e lardo em cubos. Foram preparados para acompanhar um papardelle. Em outra refeição, degustamo-os em seu próprio caldo. De acordo com seu Joel, o Lagostim é encontrada em abundância em águas geladas e em alto mar.
Ingredientes para duas pessoas
- cubos de lardo
- 1 maço de salsinha picado
- 1 cebola cortada finamente
- 2 dentes de alho cortado em lâminas
- 100 ml de vinho rosê
- 1 dúzia de lagostim
- Azeite de oliva o suficiente para cobrir o fundo da fri
Modo de preparo
- Na grelha de uma pequena churrasqueira (que mantém o calor na medida exata) aquecer o azeite em uma frigideira de fundo grosso
- dourar os cubos de lardo
- quando estiverem dourados, agregar o alho e, em seguida, a cebola
- dispor os lagostim em uma só camada e deixar aquecer bem
- colocar o vinho e tampar a panela
- Cozer por cerca de 15 minutos
- finalizar com a salsinha e servir

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sabor açoriano - Lula com Miga


Lulas com Miga grelhadas na churrasqueira
Estas pequenas lulas de Santa Catarina foram elaboradas rapidamente, sem grandes produções, e se tornaram mais uma das refeições inesquecíveis degustadas em Zimbros. Diante de tal iguaria - e de tantas outras cultivadas, pescadas, armazenadas....pela comunidade local - não há como não se emocionar com o trabalho por todos realizados. Digo por todos, já que cada membro da família tem seu papel fundamental para que o produto final se torne único, em sabor e frescura. Como tive o privilégio de ter morado neste paraíso, a convivência com a comunidade ‘zimbrera’ me fez ter não só uma visão de toda riqueza da culinária local, como da singular e única cultura desta região e deste povo.
Ingredientes para a Lula com Miga e limão siciliano
- 6 lulas pequenas, aparadas e lavadas, com as asas e tentáculos inteiros
- 2 pães amanhecidos levemente grelhados (no forno ou churrasqueira) para que possam ser desmanchados em suas mãos
- 1 pimenta dedo de moça e duas ‘biquinho’ bem picadas
- 1 maço de salsinha bem picada
- 5 dentes de alho com casca, apenas apertados com a lâmina de uma faca
- 200 ml de azeite
- 1 pitada de sal
- 1 pitada de pimenta do reino
- 1 limão siciliano cortado em finas lâminas
- 1 maço de cebolinha francesa bem picada – para salpicar antes de servir
Modo de preparar
- Limpar bem a lula, com respectivos tentáculos separados, já que ficam deliciosos quando salteados em azeite quente
- Com uma faca afiada, Fatie as lulas em um dos lados. Depois, faça cortes em formato de cruz na parte interna da carne dos moluscos. Apenas para proporcionar uma bela apresentação e um sabor mais intenso das ervas. Tempere com pimenta do reino e sal. Reserve.
- Em um prato fundo, desmanche os pães e misture com as pimentas picadas, salsinha e dentes de alho. Aperte bem para que os sabores se incorporem.
- Aquecer uma frigideira de bordas altas e colocar 50% do azeite. Assim que aquecer,  primeiro colocar os dentes de alho. Após exalarem perfume, colocar os demais ingredientes até dourarem por igual. 
Miga (pão, ervas frescas e pimenta)
- retirar da panela, passar um papel para retirar o excesso da farinha e colocar o restante do azeite;
- coloque as lulas, tentáculos e fatias de limão e frite por cerca de 2 minutos, até dourarem. Depois vire os moluscos e repita o processo;
Obs.: os limões fritam mais rápido do que as lulas. Então, fique de olho para que não queimem, pois deixarão tudo amargo. Retire-os antes  dos moluscos;
- quando estiver ao ponto, retorne a Miga para a panela, mexa bem e sirva em seguida polvilhada de cebolinha bem picada.
Tentáculos

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Cozida, frita ou grelhada. A polenta é uma delícia em qualquer versão


Polenta cortada em nacos e grelhada
 A polenta, tema recente deste blog, recebeu mais um lugar à mesa. Desta feita, grelhada. Lógico que graças à versatilidade da farinha de milho, que sempre merece destaque. Após ser servida em travessa grande para ser degustada com pescada grelhada, sobrou de monte. O jeito foi cortar o ingrediente - que havia sido cozido lenta e vigorosamente no caldo de carne - em nacos, passá-los na farinha de trigo, sem excesso, e grelhá-los na chapa de ferro quente. Os pedaços ficam crocantes por fora e macias por dentro. Outra questão é que não tem como falar da polenta sem recordar da infância, já que  por vezes era a substituta do pão ou massas. Com isso, as colheres de pau em casa sempre estavam ao alcance das mãos, não só na hora de mexer os grandes caldeirões, mas também como instrumento para calar qualquer criança que estivesse aprontando pelos arredores, no caso, eu e minhas irmãs. “Olha a colher de pau....”
 Modo de preparo
- Elaborar a polenta  do modo tradicional, de acordo com o descrito no link http://www.pastificio.blogspot.com.br/2012/07/polenta-para-todos.html
- Despejar em um refratário alto e deixar esfriar bem
- Desenformar em uma tábua grande
- Com o auxilio de uma linha de pesca fina, cortar longitudinalmente de um lado a outro – da forma mais precisa que conseguir. (se estiver alta – cerca de 6 cm, cortar em três fatias)
- Depois cortar na vertical, em pequenos pedaços
- Passar rapidamente na farinha de trigo. Tirar o excesso com as mãos e colocar em uma grelha bem quente.
- Virar uma a uma com as mãos até que estejam com as marcas da grelha em ambos os lados.
- Servir com pescada de grelhada; com radicchio quente, grelhado no forno; ou comer pura, com um café fresco bem quente.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Spätzle e companheiros de vida


O ditado popular de que ‘cunhado não é parente’ serve, sim, para Léo, já que, além de cunhado, é um grande e fiel amigo – daqueles que se contam nos dedos da mão. Para tanto, dedicou algumas horas do seu dia de descanso para detalhar uma das receitas que mais aprecio: Spätzle. Trata-se de ‘inhoquinhos’ alemães, de farinha, água e ovo. A massa é colocada na água com saco de confeitar, espremedor de batatas, passador de legumes ou utensílio elaborado para tal fim. Há alguns, muitos anos, sem saber do que se tratava, já apreciava esta iguaria quando degustava no tradicional bar do Alemão, uma instituição curitibana (PR), ao lado de outros amados companheiros de vida: Ale e Au. Trata-se de uma ‘massinha’ - assim por mim chamada pela delicadeza com que deve ser preparada. Agora o Léo, que adquiriu há alguns meses equipamento propício,  se dedica a aperfeiçoar a receita. Desta feita, com receitas caramelizadas. Obrigada Léo!!!
Spaetzle com Cebola caramelizada paetzle
Ingredientes
1kg de farinha de trigo
1 litro de leite desnatado ( ou água)
5 ovos
2 colheres de sal
Massa finalizada após descansar

água para a cocção 
Modo de preparo
Quebrar os ovos em uma tigela.
Batê-los levemente até a mistura uniformizar.
Adicionar o leite e mexer até incorporar bem.
Distribuir a farinha na mistura aos poucos evitando a formação de grumos.A mistura dos ingredientes deve resultar em uma massa lisa e muito elástica. Levar a massa para a geladeira por 15 minutos para descansar.
Após este tempo, passar para a cocção, que se assemelha ao do tradicional nhoque.Em uma panela grande ferver água . Adicione 2 colheres de sal.Retirar a massa da geladeira e iniciar a confecção dos spaetzle.Apoiar sobre a panela de água já fervente e com ajuda de utensílio próprio ou com o improviso de um escorredor de macarrão distribuir a massa e com uma espátula forcar a massa a passar pelos furos formando os Spaetzle. A massa ao cair na água fervente ira ao fundo e quando cozida emergirá para a superfície da água.
coccão da 'massinha
Tirar com uma escumadeira ou outro utensílio depositando dentro de outro recipiente com água fria para dar o choque térmico na massa interromper o cozimento da massa.Após a conclusão da execução de todo o cozimento da massa em água fervente, e a realização do choque térmico, escorrer as massas e secar.
Cebolas caramelizadas
Cortar 6 cebolas médias em rodelas não muito finas.
Separar em anéis para facilitar o cozimento.
Regar uma frigideira com azeite e uma colher generosa de manteiga .
Despejar as cebolas na frigideira aquecida, abaixar o fogo ao mínimo
Salpicar sal sobre a cebolas.
A cebola deve começar a murchar.
Ir revirando a cebola com cuidado para uniformizar o cozimento
A cebola inicia a mudança de cor tornando-se transparente.
Haverá a formação de um pouco de liquido, mas ele será absorvido .
Acompanhar , revirando a cebola de tempo em tempo para uniformizar o cozimento.
Aos poucos os anéis vão adquirir o aspecto vítreo .
Após 25 minutos o liquido já evaporou e a cebola inicia o processo de caramelização.
Adicionar um fio de glicose de milho para acentuar o tom dourado para a cebola. Eu gosto de quebrar a acidez com este toque adocicado.
Continuar a revirar com cuidado a cebola para não queimar e uniformizar o cozimento .
Após 30 min , a cebola já deve estar com a metade do volume inicial.
Com 45 min a caramelização já adquire um tom dourado.
Após 50 min já está com 1/3 do volume inicial e o tom caramelo é uniforme.
Passados 60 min ou ao gosto, a cebola já esta pronta.
Finalização
Aquecer uma frigideira com azeite .
Adicionar os spaetzle em porções para a fritura.
Dourar a massa ao gosto, aspergindo um pouco de sal e paparica picante ao gosto.
Retirar e depositar em refratário .
Concluindo a fritura de toda a massa , distribuir a cebola caramelizada e levar ao forno para aquecer.
Servir em seguida.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Culinárias diversas para ilustrar comemoração única

Barreado - tradicional prato paranaense
Polenta de colher servida com pescada grelhada











Spaetzle com cebolas caramelizadas - iguaria da cozinha alemã

Pai e Kátia - sua companheira de vida
Pratos diversos das mais variadas cozinhas aqueceram o gelado domingo curitibano. As especilidades foram preparadas, por muitos cozinheiros,  para comemorar o aniversário do querido Pai - Carmelino Basso. 
Para adoçar o paladar, Cassata Italiana e doce de coco queimado. Palavras de carinho não faltaram:

No século 12, na Europa, peregrinos que andavam em busca da fé, cada qual a seu modo, se estabeleceram no Monte Carmelo, local para onde se retirou o profeta Elias, homem de fé, para rezar. Por causa disso, esses peregrinos passaram a ser  chamados de carmelitas ou carmelitanos, que chegaram ao Brasil em 1580 e iniciaram diversas frentes missionárias. Nessa caminhada da missão-colonização nem tudo foram luzes.
A exemplo dos caminhos pelos quais o nosso amado CARMELO* vem percorrendo. Sua história de vida é marcada por reveses que, acredito, nenhum de nós aqui teria forças suficientes para vencer – sejam elas de saúde, perdas emocionais ou financeiras,  e facilidade de perdoar. Perdoar a vida, seguindo em frente e sempre agradecendo a Deus o que lhe é dado.
Mas cada um ilumina seu caminho com as luzes que emanam de seu interior. E a deste homem, exemplo de força, perseverança, honestidade.... ( e também de teimosia) e de vida para todos nós!
Para tanto, a cada ano devemos brindar, festejar e agradecer a esta exemplar pessoa, que, como todos nós, tem suas fragilidades, mas coloca, acima de tudo, o viver de forma plena – sempre em busca da felicidade do dia seguinte, sempre ao lado dos fiéis amigos e da sua família, eternamente unida.E, à moda italiana, o agradecimento é retribuído a quem amamos  por meio do alimento. Cultivados pelas suas próprias mãos, ou com pratos elaborados com carinho e capricho, hoje, cada um de nós, seguiu este conceito.
Cada tempero tem um significado: uma emoção; uma lembrança...e, acima de tudo, o desejo de que o dia de amanhã seja melhor. Nas receitas, "um copo de suco de confiança; um maço de perseverança". O resultado....vamos provar!!
Barreado sendo cozido em panela de barro
Luiz krassunski - o especialista no preparo









Vó Maria e seu 'filho' de coração
Carmelino - seu Carmelo, o pai
Francis e Leonardo
Diogo e Gabi, queridos irmão e pequena sobrinha
dani, Hellen, Ale e Sil Brunor - Pai
Pai e felipones

Daltevir e Marilu












** Nossa Senhora do Carmo (ou Nossa Senhora do Monte Carmelo) é um título consagrado à Nossa Senhora, que surgiu com o propósito de relembrar o convento em honra da santa Virgem Maria nos primeiros séculos do Cristianismo, no Monte Carmelo, em Israel. A sua festa litúrgica é comemorada pelos cristãos no  dia 16 de julho.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Todo dia é dia de comer Focaccia


A Focaccia, massa salgada enriquecida com óleo de oliva, pode estar no nosso cardápio de todos os dias. A especialidade de aspecto rústico - que tem como ingredientes essenciais farinha de trigo, água e fermento - é fácil e rápida de ser preparada. Lógico, que pode também ganhar coberturas diversas, mas apenas salpicada com sal grosso pode se tornar um saboroso sanduíche. Minha aventura foi a com cobertura, que ficou deliciosa.


vitrine de café em Gênova
Focaccia recheada com embutidos em Sarzana.
Na costa norte do Mediterrâneo, a focaccia é encontrada por todos os cantos da Ligúria, Toscana, Úmbria... numa infinidade de sabores. E degustada como ‘comida de rua’ por onde se olha, com a massa combinada com incontáveis produtos – das ervas aromáticas aos queijos, sem esquecer os embutidos que, por vezes, recheiam a iguaria.
Focaccia com cebola e alecrim
Massa
500 gramas de farinha de trigo
250 ml de água morna
25 ml de azeite de oliva extra-virgem
1 pitada de sal
2 pitadas de açúcar
5 gramas de fermento biológico
Cobertura
Cebolas  e alecrim distribuídos/antes de assar
3 cebolas cortadas em finas lâminas
alecrim a gosto para polvilhar
azeite de oliva para regar
Azeite de Oliva para untar
Sal grosso para polvilhar
Modo de preparar
- Distribua a farinha de trigo em um recipiente oval
- Faça uma cavidade no centro e coloque o fermento, o açúcar e o sal
- Por cima a água. Mexa o centro para agregar os ingredientes.
- Após 10 minutos, coloque o azeite e incorpore tudo
- Sove bem a massa até ficar lisa e homogênea
- abra com um rolo ou cilindro  até obter uma espessura de cerca de 2 cm
- Unte uma forma retangular. Coloque a massa na forma e molde com as mãos até todas as bordas, de acordo com a forma
- aqueça o forno e deixe a massa descansar por 15 minutos
- vai crescer um pouco. 
- Neste momento pressione levemente com os dedos em vários lugares fazendo pequenas ‘covinhas’ (Delicadamente e evitando as correntes de ar, usar a mão untada com azeite de oliva para achatar a massa).
- Regue com azeite de maneira que penetre bem nos furinhos
- salpique com sal grosso, distribua a cebola e salpique o alecrim
- asse até as bordas ficarem levemente douradas (Deve ser colocada em forno quentíssimo por pouco tempo - aproximadamente 10 minutos.
DICA: Colocar um pouco de azeite cru sobre, logo que sair do forno.
- corte em nacos e sirva

domingo, 8 de julho de 2012

Polenta para todos!!!!!


Recordo que quando criança o aroma de uma das nossas refeições prediletas era tão bom quanto ao dos cozidos que a mãe preparava para alimentar nossos eternos companheiros de infância.  Para citar apenas alguns, sem desmerecer nenhum; Suzy, Pingo, Aloprada, Julie. Cachorros que passaram, e bem, suas vidas ao nosso lado, na casa do São Lourenço.
Nas distintas panelas, o ingrediente principal era o mesmo: polenta branca. Para incrementar a dos cães, buscávamos carcaças de galinhas no açougue. O início de um belo caldo, que hoje promove minhas cremosas polentas. Mas a verdade é que era uma dureza para mim e minha irmã Francis, que disputávamos pescoços e pés das penosas quando colocadas à nossa mesa – igualzinho nos ensinou a vó Maria: “são os pedaços que mais têm carne, como até hoje repete”.    

A nossa polenta de anos atrás levava mais farinha de milho e era despejada em cima de uma tábua para ser cortada e comida em nacos, com lambari frito; ‘radiccio’ da horta da vó Ida; enfim, com o que tivesse à disposição na geladeira. Nem sempre farta, mas sempre com o que nos foi ensinado a gostar. Algumas vezes, com ovos fritos – capturados no galinheiro da vizinha (a italiana Ida). Para não ‘desgastar relacionamentos familiares’, a mãe nos amarrava numa cordinha (essa tarefa sempre cabia a mim – para mostrar mais coragem) e  descíamos sorrateiramente – da janela de madeira lateral diretamente para a casa das bem cuidadas galinhas, de ovos enormes e deliciosos.

Entre lembranças de anos e as de dias passados, a polenta ainda é um dos meus pratos favoritos. Nos dias frios de Curitiba, quanto mais. Seja frita em pequenos pedaços; vira e mexe cremosa, servida com parmesão, para ser comida a colheradas; incrementada com um ragú de carne; um sugo encorpado com nacos de legumes. Prato para qualquer ocasião. Aliás, nos próximos dias, ferraduras de tainhas frescas serão servidas com a eternizada polenta.

Polenta Cremosa com sugo caseiro
Ingredientes para a Polenta cremosa:
- 1 litro de caldo de galinha
- 250 gramas de farinha de milho fina, amarela
- 3 dentes de alho bem picados
- 50 ml de azeite. O azeite impede que o creme fique explodindo por toda a cozinha. 
- 1 punhado dos talos de salsinha bem picados
- sal
Modo de preparo
- Em panela de fundo grosso e bordas altas aqueça o azeite, frite o alho até liberar o aroma e, na seqüência, coloque o caldo quente
- Aos poucos, com a ajuda de um foie, adicione a farinha demolhada
- Regue mais um pouco de azeite e mexa regularmente por cerca de 30 minutos
- Adicione os talos de salsinha
O ponto não deve estar muito liquido, ma , sim, cremoso, pois endurece um pouco logo após desligar o fogo.
- Acerte o sal
Sugo com nacos de legumes
- 1 cebola finamente picada
- 4 dentes de alho finamente picados
- 50 ml de azeite
- 1 pimenta dedo de moça sem as sementes bem picada
- 1 folha de louro
- 2 cenouras cortadas em concassê (pequenos cubos)
- 1 pitada de páprica defumada
- 3 lata de tomates pelados, batidos rapidamente no triturador

Modo de preparo
- aquecer o azeite e fritar o alho
- acrescentar a cebola e, na seqüência, a cenoura e a dedo de moça
- Fritar por cerca de 5 minutos
- Colocar o  tomate triturado, sal e páprica defumada
- Cozer por cerca de 30 minutos em fogo bem baixo e mexer regularmente. Se  considerar que está secando em demasia regue um pouco de água quente.
Opcional – servir com um filé de mignon grelhado
- se desejar, sirva com finos filés de mignon ou contra-filé mal passados.


Mãe, Fran, Suzy, Pingo e....
Mãe e.....