Bom, é por falar em farinha de milho, volto à polenta. Desta feita, para servi-la
na tábua, mais opulenta, firme. Como de costume, faço apenas com água quente,
sem leite, creme de leite e afina. O que proporciona um sabor a mais são nacos
de alho dourados no azeite, antes de colocar a água na panela. Esta é para
cortar com a faca e comer em nacos, com filés de pescada e arraia, sem
espinhas. Para dar uma cor, antes de colocá-la na tábua, joguei umas três
folhas de couve que cozinha apenas com o vapor. Após distrubui-la na tábua, de
madeira, agreguei a salada da horta – com tomates, basílico e rúcula. Este
prato é incomparável e, como fala o pai, sempre dá água na boca’.
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quinta-feira, 20 de março de 2014
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Nacos de pescada crocantes mergulhados no caldo de grãos
Grãos diversos cozidos à perfeição, temperados com ervas frescas (cada qual com seu devido sabor) , al dente e caldo espesso harmonizam com nacos de peixe fresco, passados na farinha e dourados em óleo de girassol bem quente.
Uma maneira de aliar uma alimentação saúdável aos nacos crocantes e de inequecível sabor de peixes recém saídos do mar, imersos rapidamente na gordura. Os filés de pescada fresca, sem espinhas, limpas à perfeição por dona Benta, receberam - em ocasiões diversas - acompanhamentos distintos: Grão-de-bico e feijão branco.
Os benefícios de grão em grão
Grão-de-bico
Alho, cebola, salsão e gengibre bem picados e refogados em azeite , cobertos com caldo artesanal de legumes, ou água, são suficientes para tornar um grão-de-bico sem igual. Mas, antes de dar o toque dos temperos, é necessário que se lembre que este grão (também chamado de gravanço, ervanço, ervilha-de-galinha....) é envolto por uma casca bastante indigesta para a maioria das pessoas. Livre delas, o grão estimula o funcionamento dos intestinos. Então, basta aferventá-los e pensar que é uma forma de relaxar a mente enquanto retira os grãos de seus invólucros.
Depois desta etapa, basta cozer em fogo baixo, com os ingredientes acima citados, por 30 minutos.
Feijão branco Uma maneira de aliar uma alimentação saúdável aos nacos crocantes e de inequecível sabor de peixes recém saídos do mar, imersos rapidamente na gordura. Os filés de pescada fresca, sem espinhas, limpas à perfeição por dona Benta, receberam - em ocasiões diversas - acompanhamentos distintos: Grão-de-bico e feijão branco.
Os benefícios de grão em grão
Grão-de-bico
Alho, cebola, salsão e gengibre bem picados e refogados em azeite , cobertos com caldo artesanal de legumes, ou água, são suficientes para tornar um grão-de-bico sem igual. Mas, antes de dar o toque dos temperos, é necessário que se lembre que este grão (também chamado de gravanço, ervanço, ervilha-de-galinha....) é envolto por uma casca bastante indigesta para a maioria das pessoas. Livre delas, o grão estimula o funcionamento dos intestinos. Então, basta aferventá-los e pensar que é uma forma de relaxar a mente enquanto retira os grãos de seus invólucros.
Depois desta etapa, basta cozer em fogo baixo, com os ingredientes acima citados, por 30 minutos.
Dica para incluir na dieta: o feijão branco pode ser triturado e consumido como farinha. Ingira uma colher de café antes do almoço, diluída em uma pequena quantidade de água. Mas, tome cuidado para não exagerar na dose. O feijão branco contém toxinas que se consumidas em excesso (mais de 100 ml de farinha diluída) podem provocar diarréia e gases.
ou...
Feijão Bramasole, como assim passar a chamar este preparo
Um dos poucos grão de feijão que são mais fáceis digeridos pelo meu organismo. Então, esta receita é sempre um clássico para acompanhar peixes grelhados; vai muito bem com carne de porco; e, também, como prato único. Além do alho cortado em lâminas ou cubinhos, as folhas de sálvia in natura e o azeite são essenciais para o preparo.
Ingredientes
250 gr. de feijão branco
1 cebola picada
folhas de sálvia picadas
folhas inteiras de sálvia
mini tomates italianos cortados ao meio - mais 5 inteiros
Cogumelos portobelo cortados em lâminas
pimenta do reino ralada na hora
sal
250 ml de azeite de oliva extra-virgem.
1 litro de caldo de frango, de legumes ou, ainda, água quente
Modo de Preparo
Deixe o feijão branco de molho por 12 horas. Aqueça um pouco do azeite e frite a cebola e a sálvia picadas. Acrescente o feijão escorrido, tempere com pimenta e sal, cubra com o caldo e deixe cozinhar naturalmente, sem pressão. Deixe o caldo engrossar lentamente, em lume baixo, colocando caldo sempre que necessário. Cozinhe por cerca de 1h, até ficar al dente. Reserve.
Aqueça o azeite restante, doure as folhas de sálvia, acrescente os cogumelos em fogo forte, e, sem seguida, os tomates. Desligue imediatamente para que a pele não se solte e o tomate não murche. Quando ingerido, a proteína inibe a digestão do carboidrato e retarda a absorção de açúcares no sangue, além de melhorar o aspecto da pele.
sábado, 9 de novembro de 2013
Casarecce com anchova defumada
Como
não podia deixar de ser, o método artesanal de preparação dos alimentos prepondera
aqui no Pastifício. Com isso, o sabor natural é preservado ao máximo e se torna
único quando adicionado a uma receita. Com a manipulação de pescados não é
diferente. Sempre trazidos de Zimbros, recém-saídos do mar, ou vão para a
panela, fresquíssimos, ou, no caso das anchovas, para nosso defumador. Desta
feita, sempre contando com ajuda do especialista em defumação Luiz Fernando Krassuski,
os peixes adquiriram um dourado sem igual, uma coloração particular e diversa
das elaboradas em grande escala.
Para quem gosta de se
aventurar elaborando quitutes artesanais, a defumação se torna um grande
aventura, mas o cuidado – da compra, transporte, tempero e controle da fumaça –
exige muito cuidado. Em primeiro lugar devem ser adquiridas recém-saídas do mar
e transportadas com muito gelo. Entre a entre a aquisição e finalização lá se
vão praticamente 48 horas. Mas vale a pena!!!!
Ingredientes (para
duas pessoas)
1 cabeça de alho, com
os dentes cortados em pedaços grandes
2 cebolas roxa também
cortadas em pedaços grandes
Azeite
2 pimentas secas –
pequenas, mas picantes
1 maço de orégano
fresco, com os talos das pontas também utilizados
1 xícara de chá de
ervilhas frescas
500 gramas de mini
tomates pêra cortados ao meio
250 gr de casarecce ou outra massa curta ou da sua preferência
Meia anchova defumada
livre das espinhas e com os nacos separados com as mãos para que os pedaços não
se desmanchem. Cerca de 200 gramas do peixe defumado, acrescentado apenas no
final da cocção do acompanhamento da pasta.
Sal, azeite de oliva,
pimenta do reino
Modo de preparo
Doure o alho em fogo baixo junto com a pimenta picada
grosseiramente, até ficarem crocantes. Acrescente a cebola até amolecer. Coloque
as ervilhas e saltei rapidamente. Em seguida, os tomates. Deixe o tempo suficiente
para que os ingredientes se incorporem. Acerte o sal e agregue os nacos das
anchovas defumadas. Mexa delicadamente e reserve. Paralelamente, cozinhe a massa ao dente. Escorra
e coloque-a direto na panela com o refogado de anchova. Coloque também algumas
colheres da água do cozimento. Incorpore e sirva imediatamente.
Espaguete (sem glúten) com Tomates Cereja e Lascas de Anchovas da Luciana Martins |
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Garoupa em seu próprio caldo
Posta de garoupa em seu próprio caldo |
A temporada de
delícias da cozinha caiçara transborda de sabor
A culinária popular açoriana é simples, porém condimentada.
Dentre os temperos mais usados estão o alho, cebola, pimentas-do-reino e
malagueta, coentro, louro, salsa, cebolinha, alfavaca, banha de porco. A
farinha de mandioca, muito usada no dia a dia das refeições das comunidades
tradicionais - que sabem, como ninguém, preservar raízes - é herança cultural
indígena, aperfeiçoada pelos açorianos e descendentes. Mas, como não
podia deixar de ser neste pedaço do paraíso à beira do mar (Zimbros), numa
comunidade de pescadores, os pescados frescos neste período são ainda mais abundantes,
frescos e diversos. As delícias do inverno ‘zimbrero’ podem ser aproveitadas
para os que adoram praias limpas e desertas, águas transparentes, barcos fora
d’água sendo reformado no seu quintal, vizinhos que se tornam famílias. Enfim,
tudo se torna mais manifesto. Esta é a cultura açoriana com a qual só temos a
somar, preservar e tornar cada vez mais evidente. Como não podia deixar se ser,
uma garoupa de 2,5 kg, cortada em ferradura, é usada inteira com todos os seus
miúdos, no preparo deste prato.
Ingredientes (para quatro pessoas)
- uma panela grande, de fundo grosso
- 1 garoupa recém-saída do mar (com cerca de 2,5 kg). Primeiro aberta pela barrigada para que todos os seus miúdos sejam preservados e usados, cada qual a seu tempo, no preparo
- 200 gramas de pancetta em cubos
- 1 maço de salsinha, com talos, bem picada
- 3 cebolas picadas
- 1 cabeça de alho, com os dentes cortados grosseiramente
- azeite de oliva o suficiente para cobrir o fundo da panela- uma panela grande, de fundo grosso
- 1 garoupa recém-saída do mar (com cerca de 2,5 kg). Primeiro aberta pela barrigada para que todos os seus miúdos sejam preservados e usados, cada qual a seu tempo, no preparo
- 200 gramas de pancetta em cubos
- 1 maço de salsinha, com talos, bem picada
- 3 cebolas picadas
- 1 cabeça de alho, com os dentes cortados grosseiramente
- 2 colheres de dendê
- 1 pimenta fresca, sem sementes (pode ser dedo-de-moça)
- pimenta-do-reino e sal
- 1 xícaras de água quente, ou o suficiente para cobrir 50% da panela com as postas de garoupa, sem extrapolar o limite dos nacos de peixe
- 2 doses de pinga
- um pedaço de gengibre bem picado (2 ou 3 colheres)
- 1 talo bem picado de capim limão
- 4 talos de cebolinha, só os talos.
- 1 folha de limão bem triturada
Para este preparo, camarões foram salteados nos temperos, mas não há necessidade. Este cozido, só com o peixe, já se torna uma refeição sem igual
Modo de preparo
Lavar bem os nacos de peixe, secar e temperá-los com sal e pimenta do reino;
Aquecer o azeite e dendê. Dourar o alho e a barrigada do peixe (como é gordurosa, vai derreter e se agregar às demais) da garoupa, em fogo baixo;
Colocar a cebola até amolecer. Na seqüência, a pancetta, a pimenta, a salsinha, gengibre, pimenta, capim-limão e folha de limão bem triturada. Depois de uns dois minutos, as doses de pinga. Flambe e coloque os pedaços de peixe sem mexer muito para que as postas sejam preservadas.
Adicionar a água quente, tampe a panela e cozinhe em fogo baixo mexendo apenas o próprio recipiente para que os temperos se incorporem ao peixe.
Deixe no fogo por 15 minutos, desligue e deixe tampado por mais 15 min.. Sirva em pratos fundos, com farinha de mandioca. Finalize com ovos de galinha caipira cozidos e camarões salteados.
Camarões 'panko': a entrada |
segunda-feira, 18 de junho de 2012
O verdadeiro sabor da anchova e onde estão nossos lâmbaris?
Acciughe infarinate e fritte |
mercado de peixes de Spezia |
Uma delícia que não sai da memória. Para mim, que só me recordo do sabor das anchovas em conserva, que se sobresai por demais, este prato é uma iguaria!!!! Melhor que este, apenas os lambaris fritos, pescados nos rios pelo meu amado pai (Carmelino Basso) e seu companheiro Raimundo Lunardon (já falecido em 2009), que pescava os pequenos peixes e os vendia sob encomenda!!! Onde estão os pescadores de lambaris?
Derrame de anchovas Cetara
Na história da gastronomia italiana,
há outra iguaria tradicional preparada com anchovas: o Cetara - líquido de cor
âmbar produzido por um processo convencional de maturação das anchovas em uma
solução de água e sal. Após cerca de 5 meses, o líquido que sai do furo no fundo do
recipiente é recolhido e utilizado como um condimento, particularmente adequado
para massas e legumes. Atualmente, há um
grande esforço, encabeçado por renomados chefs do País e por representantes do
movimento Slow Food, para preservar a tradição de elaboração da Anchova Cetara,
na Costa de Amalfi.
Nas receitas tradicionais, o produto é degustado com pastas (espaguete, linguine, talharim) cozidas em água sem sal. Em um molho elaborado com alho, salsa, pimenta vermelha fresca e alguns tomates, uma colher grande de molho de anchova é servido para cada comensal e finalizado com azeite extra-virgem. Após o cozimento da massa, este molho, sem cocção, é adicionado e servido.
domingo, 6 de maio de 2012
Carpaccio de salmão da Sorte
Nada mais acalentador do
que um jantar especial, elaborado a oito mãos, numa noite de sábado, outono, de lua cheia. Para o encontro, a
habilidosa Mari preparou as entradas, ressaltando o sabor do salmão defumado, com pequenas alquimias e alguma paciência. Para o carpaccio ganhar crocância,
Mari usou brotos da sorte (lindos trevos), que iluminaram ainda mais a noite.
Para a marinada, óleo de gergelim,
sementes de gergelim e gengibre. Obrigada, Mari e Rafa!!!!!
Ingredientes
- 1 embalagem de 200
gramas de carpaccio de salmão defumado
- 1 punhado de brotos de
trevo – o suficiente para cobrir as lâminas de salmão
- gengibre ralado, cerca
de uma colher de chá
- óleo de gergelim ( cerca
de 3 colheres de sopa)
- Shoyu (cerca de 2
colheres de sopa)
- azeite de oliva
- sal grosso ralado (para
a ocasião, flor de sal)
- Cebolinha verde bem
picada
- sementes de gergelim
salpicadas na finalização
Modo de fazer
- Basta dispor, com
cuidado, as lâminas de salmão, intercalando com os brotos de trevo e temperar,
com moderação, todas as camadas. Sem exagero, salpicar um pouco de cada
ingrediente entre as camadas.
- Cobrir com papel filme e deixar marinar por 15 minutos
na geladeira.
- Salpicar com sementes de
gergelim e cebolinha verde e servir.
Simples e delicado, como só
Mari saber ser.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Sororoca grelhada com carreteiro de cereais
Mais uma vez passamos a Páscoa em Zimbros e diante da
fartura de frutos do mar existentes por lá dá até preguiça de pensar em pratos muito elaborados. A vontade é simplesmente grelhar um peixe, saltear uns camarões
e curtir a tranqüilidade zimbreira; se divertir com as crianças correndo
felizes (brincando de “boi” ou polícia e ladrão); puxar uma conversa com um
vizinho ou tirar aquela soneca na rede. Mas ocasião especial merece um belo
cardápio, já que víamos a movimentação de toda a comunidade em torno da
refeição principal. Saímos então em busca de um robalo fresco, mas, para
nossa tristeza, outros fregueses de seu Joel (nosso principal fornecedor) já tinham acabado com seu pequeno estoque. Para
compensar nos ofereceu uma linda Sororoca, que rapidamente se transformou em
dois belos filés. Enquanto acendia a churrasqueira para grelhar o pescado, Baby preparou um inusitado "carreteiro" feito com mix
de cereais, costela defumada no Pastifício e leite de coco. Combinou
bastante com a leveza do peixe, deixando a Páscoa ainda mais feliz para a dupla.
P.S - Para
completar, a tradicional procissão da sexta santa, que começa ao rair do dia, não pode ser esquecida. Unida aos
‘locais’, as fiéis caminham pelas servidões e param em frentes às casas,
que abrem suas janelas para agradecer a dedicação e as orações.
Carreteiro de cereais
Ingredientes
(para duas pessoas)
- ½
xícara de chá de arroz (mix de cerais);
- 3
xícaras de chá de caldo de peixe (caseiro, elaborado com aparas de peixe e
temperos frescos)
- 1 bulbo
de capim limão fresco cortado em finas lâminas (1/2 colher de sopa) – cortar
somente onde o bulbo estiver verde bem claro, nas pontas;
- 1
cebola roxa cortada finamente
- 100
gramas de costeletas de porco defumadas cortada em cubos bem pequenos
- 2
dentes de alhos cortados em lâminas finas
- 50
gramas de bacon
- 1
pimenta dedo de moça
- 1 maço
de cebolinha verde, com talos bem picados (cerca de ½ xícara). Separar os talos
para o cozimento e as folhas picadas para a finalização;
- 1 talo
pequeno de salsão, com folhas – bem pequeno ( no caso, era orgânico. Com isso,
rendeu cerca de 1 colher de sopa);
- 50 ml
de leite de coco
- 50 ml
de azeite de oliva
- 2 doses
de pinga
- 1 folha
de loro
- 1 naco
de gengibre ralado
- sal a
gosto
Modo de Preparo
- Aquecer
o caldo recém preparado
- em
outra panela, colocar o azeite e acrescentar os defumados (costeletas de porco
e bacon). em fogo baixo, dourar bem, mas não deixar secar;
-
Adicionar as lâminas de alho até exalar o perfume;
- em
seguida a cebola roxa, a pimenta dedo de moça, o gengibre, os talos de salsinha e o loro. Incorporar bem
todos os ingredientes;
- Colocar
a pinga e deixar glacear virando um pouco a panela em direção à chama para que
o fogo se espalhe bem;
- Colocar
o caldo e deixar ferver, em fogo baixo, por 10 minutos. Com isto, os defumados
soltarão todos os seus aromas
- Logo
depois o arroz e os demais temperos, inclusive o sal;
- Deixar
incorporar bem;
-
Acrescentar o caldo de peixe;
- em fogo
baixo, cozer por cerca de 20 minutos;
- quando
estiver praticamente seco, adicionar o leite de coco. Mexer bem, tampar a
panela e desligar o fogo.
Sororoca Grelhada
Ingredientes
- 1 file de sorororoca sem espinhas mas com a
pele;
- 1 maço
de manjericão;
- 1 dente
de alho;
- 100 ml
de azeite de oliva;
- Sal;
Modo de preparo
- antes
de pensar em comprar o peixe, aqueça a grelha para preservar brasas quentes e a
churrasqueira, no caso pequena, de alumínio;
- Lavar
bem o file de peixe e secar com papel toalha;
- Moer
todos os temperos num almofaris para que se incorporem melhor;
- Passar
esta marinada por todo o peixe, massageando delicadamente
- Deixar
o peixe descansar por 20 minutos;
- colocar
o peixe na grelha com a pele para baixo por 10 minutos;
- Com o
auxílio de uma espátula, virar o filé e grelhar o outro lado.
Servir
imediatamente com o Arroz de defumados.
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sábado, 25 de fevereiro de 2012
Atum grelhado com salsa de tomate e lentilha vermelha
Receita alguma, de improviso, me surpreendeu tanto nos últimos tempos. Cada ingrediente, com seus sabores diversos, cores distintas e vibrantes tiveram seu lugar de destaque. Tudo muito simples de ser preparado, rápido e refrescante. Basta elaborar uma salsa à base de tomates bem picados e ervas frescas, deixá-lo impregnando seu sabor na geladeira enquanto cozinha as lentilhas vermelhas, no máximo 15 minutos, e grelha um belo naco de atum fresco – em uma chapa, no fogão, ou mesmo na grelha da churrasqueira em fogo bem forte.
A maior surpresa foram as lentilhas vermelhas, partidas, que nunca havia encontrado por aqui. Quando deparei com aqueles grãos no Mercado Municipal, sem pensar no cardápio, comprei de imediato. Para complementar, um belo pedaço de atum fresco. Depois, basta ir à horta do jardim e escolher os ingredientes que mais se adequarem ao cardápio. Se não tiver, nenhuma erva difícil de encontrar nos mercados.
Ingredientes (para duas pessoas)
Salsa de tomate
- 2 tomates italianos, sem sementes, cortados em pequenos cubos;
- ½ xícara de chá de folhas de menta (hortelã) bem picadas;
- 2 colheres de sopa de cebolinha verde bem picada, com os talos – a parte branca;
- 2 colheres de sopa de salsinha fresca, finamente picada, com os talos;
- 1 colher de folhas de orégano fresco;
- 100 ml de azeite extra virgem;
- 50 ml de sulco de limão, sem sementes. Limão rosa. Se tiver siciliano, use 50% de cada um;
- 1 pimenta fresca, com sementes bem picada (no caso, usei uma que cultivamos no vaso sem muito picância, mas pode optar por uma mais forte – senti falta);
- Sal
- Pimenta do reino moída na hora.
Modo de preparo da Salsa de Tomate
- lavar, secar, tirar as sementes e picar em pequenos cubos os tomates;
- Agregar todas as ervas frescas e a pimenta
- regar com o azeite e o suco de limão.
Se considerar pouco azeite e limão coloque um pouco mais, na mesma proporção. A salsa deve ficar coberta. Coloque na geladeira enquanto prepara a lentilha e o atum.
Lentilha vermelha
- 300 gramas de lentilha vermelha;
- 2 colheres de azeite;
- ½ cebola bem picada;
- uma pitada de pimenta calabresa seca;
- 1 pitada de pimenta do reino ralada na hora;
- sal a gosto
- 1 litro de caldo de legumes com um toque indiano (1/2 cebola inteira com dois cravos espetados; 2 dentes de alho inteiros; 1 colher de páprica picante; ½ colher de cominho; bouque garni; 1 colher de azeite; 1 litro de água. Aqueça o azeite, coloque a cebola; alho; água; temperos secos; e bouque garni. Ferva 20 minutos. Deslique e coe. Reserve);
Modo de preparo da Lentilha vermelha
- em uma panela de fundo grosso, aqueça o azeite, doure a cebola e acrescente a lentinha. Coloque o Caldo de legumesw coado e cozinhe por, no máximo, 15 minutos. Mexa regularmente para que não passe do ponto. Como a ervilha é partida a cocção é muito rápida e deve ficar ao dente e sem caldo.
Atum
- acenda a churrasqueira e deixe o fogo ficar bem forte;
- tempero o peixe com pimenta do reino e sal. Massageie bem e deixe descansar 10 minutos;
- coloque na grelha bem quente e deixe dourar por cerca de 3 minutos de cada lado;
- O atum deve ficar vermelho por fora e dourado por fora.
A maior surpresa foram as lentilhas vermelhas, partidas, que nunca havia encontrado por aqui. Quando deparei com aqueles grãos no Mercado Municipal, sem pensar no cardápio, comprei de imediato. Para complementar, um belo pedaço de atum fresco. Depois, basta ir à horta do jardim e escolher os ingredientes que mais se adequarem ao cardápio. Se não tiver, nenhuma erva difícil de encontrar nos mercados.
Ingredientes (para duas pessoas)
Salsa de tomate
- 2 tomates italianos, sem sementes, cortados em pequenos cubos;
- ½ xícara de chá de folhas de menta (hortelã) bem picadas;
- 2 colheres de sopa de cebolinha verde bem picada, com os talos – a parte branca;
- 2 colheres de sopa de salsinha fresca, finamente picada, com os talos;
- 1 colher de folhas de orégano fresco;
- 100 ml de azeite extra virgem;
- 50 ml de sulco de limão, sem sementes. Limão rosa. Se tiver siciliano, use 50% de cada um;
- 1 pimenta fresca, com sementes bem picada (no caso, usei uma que cultivamos no vaso sem muito picância, mas pode optar por uma mais forte – senti falta);
- Sal
- Pimenta do reino moída na hora.
Modo de preparo da Salsa de Tomate
- lavar, secar, tirar as sementes e picar em pequenos cubos os tomates;
- Agregar todas as ervas frescas e a pimenta
- regar com o azeite e o suco de limão.
Se considerar pouco azeite e limão coloque um pouco mais, na mesma proporção. A salsa deve ficar coberta. Coloque na geladeira enquanto prepara a lentilha e o atum.
Lentilha vermelha
- 300 gramas de lentilha vermelha;
- 2 colheres de azeite;
- ½ cebola bem picada;
- uma pitada de pimenta calabresa seca;
- 1 pitada de pimenta do reino ralada na hora;
- sal a gosto
- 1 litro de caldo de legumes com um toque indiano (1/2 cebola inteira com dois cravos espetados; 2 dentes de alho inteiros; 1 colher de páprica picante; ½ colher de cominho; bouque garni; 1 colher de azeite; 1 litro de água. Aqueça o azeite, coloque a cebola; alho; água; temperos secos; e bouque garni. Ferva 20 minutos. Deslique e coe. Reserve);
Modo de preparo da Lentilha vermelha
- em uma panela de fundo grosso, aqueça o azeite, doure a cebola e acrescente a lentinha. Coloque o Caldo de legumesw coado e cozinhe por, no máximo, 15 minutos. Mexa regularmente para que não passe do ponto. Como a ervilha é partida a cocção é muito rápida e deve ficar ao dente e sem caldo.
Atum
- acenda a churrasqueira e deixe o fogo ficar bem forte;
- tempero o peixe com pimenta do reino e sal. Massageie bem e deixe descansar 10 minutos;
- coloque na grelha bem quente e deixe dourar por cerca de 3 minutos de cada lado;
- O atum deve ficar vermelho por fora e dourado por fora.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Enroladitos Zimbros, recheados com gengibre e pancetta
Abrindo o ano de 2012, apresentaremos algumas receitas elaboradas durante mais uma passagem de ano em Zimbros, onde os frutos do mar são frescos e abundantes. É uma receita clássica de Josi Basso, com filés de Pescada frescas, enrolados com finas fatias de gengibre e um naco de pancetta que deixa o pescado ainda mais saboroso. Uma verdadeira explosão de sabores, já que o gengibre confere uma leve picância e a pancetta preserva as fatias de peixe úmidas, sem deixá-las gordurosas. Pode ser uma entrada ou prato principal, se servido com uma bela salada de folhas frescas regadas com azeite de oliva extra virgem.
Ingredientes
- 6 filés de pescada frescas pequenas, que rendam filés de cerca de, no mínimo, 8 cm. O tamanho é essencial, já que será enrolada, com o recheio. E não deve ser muito grande para não perder a delicadeza do prato;
- 6 lâminas de gengibre, cortados em finos palitos, na longitudinal;
- 6 lâminas finíssimas de pancetta
Obs.: tanto o gengibre quanto a pancetta devem ser cortados de acordo com o tamanho do filé de peixe para que não fiquem sobras quando for enroladas;
- sal, pimenta do reino;
- 1 xícara de folhas de manjericão fresco;
- palitos de madeira para manter os filés fechados durante a fritura
- 200 ml de azeite para dourar os ‘Enroladitos’
Para empanar os ‘Enroladitos Zimbros’:
- 1 xícara de farinha de trigo
- 1 xícara de farinha de rosca fresca
- 1 ovo batido com 1 colher de água gelada e temperado com 1 pitada de sal
Modo de preparo
- Cortar, à medida, o gengibre fresco; e a pancetta
- Temperar os filés de peixe com pimenta do reino, folhas de manjericão fresco e sal;
-
dispor um naco de gengibre e um de pancetta na paete mais longa do filé
e enrolar. Prender a parte mais fina com um palito e reservar;
- após enrolar todos, passá-los rapidamente na farinha, no ovo (escorrer bem) e finalizar na farinha de rosca (de pão);
- Descansar 10 minutos;
- Aquecer uma panela de fundo grosso e colocar o azeite;
- após bem quente, dourar, de dois em dois, todos os lados dos enroladitos.
Servir imediatamente!!!
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Tambaquis, tucunarés e dourados em Porto Velho
Por razões trabalhistas sindicais, este escriba passou cinco dias em Porto Velho, Rondônia, coração da América do Sul. Conseguiu visitar dois lugares memoráveis. O primeiro num completo acidente de percurso. Após desembarcar na cidade, sob um calor senegalês, ao lado dos companheiros Rolf Meyer e Márcio da Silva, resolvemos encarar a chuva do meio da tarde e procurar um restaurante na rua Carlos Gomes, uma das principais da cidade. A dica dos funcionários do Hotel Vila Rica era uma churrascaria, mas que quando chegamos, estava encerrando as atividades. Sorte nossa, pois numa rua transversal avistamos uma placa: Restaurante e Peixaria Tucuxi. Entramos, não vimos nada de peixaria e meio descrentes, perguntamos se ainda tinha algo para comer, pois já passava das três da tarde.
O garçom, um maranhense simpático, nos mandou sentar, entregou o cardápio e disse com convicção nordestina que os pratos serviriam bem os três famintos. Bom sinal. Escolhemos uma mesa na calçada e, sem pensar muito, pedimos Costela de Tambaqui Frito e uma gelada, que veio perfeita, estúpida. Já ligeiramente refrescados, surge uma porção de macaxeira frita, deliciosa, crocante. O prato surprendeu mais ainda. O pescado muito bem feito e saboroso, veio acompanhado de excelente baião de dois, vinagrete, além farofa de farinha de mandioca amarela e molho de pimenta tucupi, ambos típicos da região. Simplesmente perfeito, e para nossa alegria, uma conta de míseros 17 reais por cabeça. Uma bela recepção da culinária rondoniense. Pena que Maranhão nos informou, após a terceira garrafa, que a cerveja tinha acabado...
O garçom, um maranhense simpático, nos mandou sentar, entregou o cardápio e disse com convicção nordestina que os pratos serviriam bem os três famintos. Bom sinal. Escolhemos uma mesa na calçada e, sem pensar muito, pedimos Costela de Tambaqui Frito e uma gelada, que veio perfeita, estúpida. Já ligeiramente refrescados, surge uma porção de macaxeira frita, deliciosa, crocante. O prato surprendeu mais ainda. O pescado muito bem feito e saboroso, veio acompanhado de excelente baião de dois, vinagrete, além farofa de farinha de mandioca amarela e molho de pimenta tucupi, ambos típicos da região. Simplesmente perfeito, e para nossa alegria, uma conta de míseros 17 reais por cabeça. Uma bela recepção da culinária rondoniense. Pena que Maranhão nos informou, após a terceira garrafa, que a cerveja tinha acabado...
Costelas de Tambaqui e o baião de dois do Tucuxi |
Decoração Inusitada do Remanso |
Acompanhado de Ulisses Kaniak, Cícero Martins e esposa pedimos dois
pratos: Peixada de Dourado a Brasileira (que o pessoal de lá disse ter
pouco a ver com o homônimo matogrossense) e Tucunaré Frito, que, para
nosso espanto veio frito por inteiro com cabeça e rabo, coberto por
rodelas de tomate e cebola crua, servido numa bizarra forma de
alumínio em formato de peixe! Eram acompanhados de arroz, pirão, farinha
de mandioca amarela e pimenta tucupi. Ambos muito bem executados. Um
pouco mais caro, a comilança custou 30 reais por comensal. Coincidências
da vida: a cerveja, também servida estupidamente gelada,
novamente acabou após a terceira garrafa...
Tucunaré Frito e Dourado a Brasileira |
Momentos agradabilíssimos, na companhia de amigos, numa cidade inusitada, que apesar de receber grandes obras de infraestrutura, é repleta de problemas, mas conta um povo bastante acolhedor, oriundo de vários lugares do país. Que sabe cozinhar muito bem, aproveitando com esmero os grandiosos peixes dos rios da região, completamente desconhecidos para esse comensal. Fazendo este relato, descobri o blog Onde Comer em Porto Velho, bem bacana para quem passar por estas bandas.
Turminha satisfeita em Porto Velho |
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Pirão de Tainha com lagosta
Após varias tentativas de preparar um pirão como ‘manda o figurino’, desta feita o resultado surpreendeu. Ficou leve, com farinha na medida certa, translúcido, sabor ‘do mar’ advindo da frescura dos ingredientes, com nacos saborosos preservados, no caso de lagostas frescas e de tainhas recém-saídas do mar – decorrente da abundância do peixe nesta época do ano, no litoral catarinense. Não sei se foi executado da forma tradicional, mas, enfim, ficou delicioso. Ah, também fiz questão de picar muito bem os legumes e temperos para que fossem agregados ao pirão.
Ingredientes (para quatro pessoas)
- 1 xícara de farinha de mandioca
- 2 xícaras de água para demolhar a farinha
- 1 litro de água para o caldo
- 3 cebolas cortadas em pequenos cubos
- 1 cenoura cortada em pequenos cubos
- 3 dentes de alho bem picados
- 1 maço de salsinha, com os talos, bem picado
- 1 xícara de manjericão bem picado
- 4, 5 colheres de azeite
- Pimenta dedo de moça bem picada
- 4 postas de tainha, cortadas em ferradura
- 1 xícara de cabeças camarão, bem lavadas
- 1 xícara de nacos de lagostas recém cozidas, com os pedaços tirados da casca (das garras) na hora da finalização do prato do pirão
Modo de preparo
- Misturar a farinha de mandioca com as duas xícaras de água e mexer delicadamente até agregar bem. Se ficar muito grosso, pastoso, colocar mais um pouco de água fria, e mexer com um foie para que não reste nenhum grumo. Deixar descansando enquanto prepara o caldo
- aquecer o azeite e colocar o alho e, na sequência, a cebola. Agregar a cenoura e temperos. Dourar cerca de 3 minutos.
- Colocar as postas de peixe e as cabeças de camarão até a cor dos frutos mudar.
- acrescentar 1 litro de água
- Deixar cozer cerca de 1h em fogo baixo, com a panela semi tampada, retirando, com uma escumadeira, a espuma que se forma na superfície
- Após este tempo, retirar as cabeças de camarão
- Colocar delicadamente, e aos poucos, a farinha demolhada, mexendo com o foie, sem parar, em fogo bem baixo
- O ponto deve ser leve, escorrendo pela colher, mas não líquido
- Cozer por cerca de 10 minutos, mexendo sem parar
- Acertar o sal
- colocar os nacos de lagostas
- regar com azeite de oliva e servir imediatamente.
Para acompanhar, um verdadeiro banquete de frutos do mar grelhados: camarões VG, sapateiras, salada de lulas grelhadas e filés de tainha. Dias adoráveis com amigos no nosso paraíso zimbreiro.
Camarões grandes, temperados com ervas, grelhados |
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Filé de cação da Paixão
Como sempre, a vida nos comprova que a comida realmente traduz sentimentos - desta feita, nas comemorações pascoalinas de Zimbros. Duas perdas para a comunidade local transformaram o silencio, já tradicional, em mais intenso. Como ‘cidadãos’ do povo que lá habita, compartilhamos a dor vivida por pessoas muito próximas (dona Benta e seu Cido).
Já instalados no nosso lar, na sexta-feira da Paixão, 22 de abril, às cinco da manhã, lua ainda no céu e os barcos sumindo no horizonte, caminho ao lado de dona Benta para acompanhar a tradicional procissão da Sexta-feira da Paixão realizada na data. Com ela, canto e recito os caminhos percorridos por Jesus Cristo no momento do calvário e também choro à dor dos que amo. Ao final, o sol já brilha e sons do mundo ressoam no ar.
O resultado desse compartilhamento de vida, foi retribuído pelo casal zimbreiro com lindos filés de cação, frescos,pescados por Cido, recém-saídos do mar. Foram apenas temperados com pimenta do reino e manjericão frescos, sal e passados na farinha de trigo e dourados em óleo bem quente. No outro dia, Cido nos presenteou com uma vasilha de camarões miúdos,também pescados por ele, que se transformaram mais uma vez em ‘Camarões Crocrantes”, já postados neste blog.
Ingredientes - Cerca de 8 filés de cação, muito fresco
- Sal, pimenta do reino moída na hora, em abundância
- Um punhado de folhas de manjericão fresco
- Farinha de trigo
- óleo o quanto baste para fritar (uma panela alta, de fundo grosso, pequena espessura, com óleo até a metade, para qeu os filés não fiquem encostados no fundo da panela)
Modo de preparo
- Temperar os filés com pimenta do reino moída na hora e as folhas inteiras de manjericão
- Deixar os filés descansando na geladeira, por cerca de 1hora,
- Retirar da geladeira, temperar com sal e deixar uns 15 minutos à temperatura ambiente para que não esfrie o óleo na hora fritura.
- Empaná-los na farinha de trigo, dar palmadas de ambos os lados para remover o excesso
- Aquecer bem o óleo e fritar aos poucos, em média três de cada vez
- Servir ainda quente, com uma salada, regada com um bom azeite de oliva
Camarões 7 barbas, lindo presente vindos do mar...
...trasnsformados em deliciosos camarões crocantes
domingo, 17 de abril de 2011
Linguado 'Mal Falado'
O final de semana ensolarado de Curitiba remete às receitas elaboradas com frutos do mar. No caso, lembramos de um linguado fresco, recém-tirado do mar, adquirido do sr. Joel, fornecedor de primeira qualidade, que nos proporcionou uma refeição inusitada em Zimbros. Inusitada por contar com a presença do sr. Cido à mesa - o mais açoriano dos catarinenses que conhecemos - vizinho zimbreiro, pescador de longa data, pai local e cuidador do nosso lar. Sentado ao nosso lado enquanto degustávamos o peixe, acompanhado por uma maravilhosa Farofa de Camarão, ele nem quis provar. Mas a explicação veio em seguida quando demos a deixa: “Realmente linguado não tem muito sabor - é suave demais, apesar da linda carne branca e de quase nenhuma perda”. Lá vem sr. Cido:‘Isso não é pexe. Tem que ser pexe pra cume. Linguado nãos serve pra nada. É pra quem não gosta de pexe’, repetiu dezenas de vezes, enquanto não viu o linguado chegar ao fim.
Ingredientes
- 1 linguado muito fresco, sem a barrigada e as escamas
- 100 ml de azeite de oliva
- 2 punhados de manjericão
- sal
Modo de Preparo
- Moer num almofariz (ou pilão que tiver em casa) o manjericão com o azeite, até formar uma pasta
- Com a ponta de uma faca bem afiada fazer cortes transversais no peixe para que o tempero penetre. Tomar cuidado para que seja superficial para não comprometer na hora de retirar a espinha central
- Besuntar com o azeite de manjericão e sal, deixando-o totalmente coberto pela pasta
Para grelhá-lo basta uma churrasqueira, no caso uma pequena, de alumínio, com fogo já bem quente. Colocar o linguado bem próximo do fogo, por cerca de 3 minutos de cada lado. A pele deve ficar crocante para ser degustada também.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Robalo fresco alla griglia
“Ai meu Deus, que peixe bom” esbravejou a amiga Carla Sabóia quando deu a primeira garfada no filé de robalo que preparamos a ela, Silka e Alícia em Zimbros. Mas na verdade, o peixe ficou mesmo sublime graças a dois personagens distintos: Seu Joel e Jamie Oliver. O primeiro nos vendeu o peixe, um robalo fresquíssimo, com os olhos brilhantes e gosto de mar. Limpou rapidamente, com a destreza de quem há 19 anos abandonou a vida pesqueira para uma pequena peixaria na garagem de sua casa e me entregou os dois filés. Já o cozinheiro dá dicas preciosas de como grelhar peixes em “A Itália de Jamie”, apreendidas em Palermo, com um chapeiro do mercado noturno de Il Borgo. Basicamente, você precisa tomar cuidado para não perder o ponto do peixe, deixando a pele crocante e o interior suculento. E temperá-lo apenas com ervas frescas maceradas com sal moído na hora, azeite de oliva e limão. Para quem não é pescador ou mora perto do Joel ou da Sicília, difícil mesmo é conseguir um robalo assim.
Ingredientes
Um robalo fresco (esse era pequeno, aproximadamente 800g)
Manjericão e hortelã fresca
Suco de dois limões tirados do pé
Azeite de oliva (o melhor que você tiver)
Sal moído na hora
Peça para o peixeiro cortar os filés, mantendo a pele do peixe, retirando as escamas. Faça três cortes transversais suaves, apenas para facilitar a entrada no tempero na carne. Num pilão, coloque um punhado de ervas frescas, o sal, o azeite e o suco dos limões. Macere bem. Passe por todo o peixe, deixando-o bem besuntado. Coloque-o com a pele virada sobre a churrasqueira, direto na grelha, que precisa também precisa estar untada com azeite ou mesmo óleo. Isso evita que seu filé grude e despedace quando você for virá-lo. Deixe os filés por 2 a 3 minutos de cada lado. Sirva com batatas grelhadas previamente na própria churrasqueira.
Foto de seu Joel que decora a peixaria |
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