Cebola, cebola, cebola, cebola, duas doses de pinda, queijo curado, panela de barro mais o caldo de sua preferência (frango, carne ou de legumes) tornam a Soupe à l'oignon uma autêntica Sopa de Cebola versão brasileira. No que se refere ao ingrediente principal deste prato (a cebola) não
economize, já que, em minha
opinião, além de ser uma refeição repleta de charme, tem sabor único quando
elaborada com dedicação. Neste caso, não
interprete dedicação com excesso de trabalho. É de fácil preparo, pois não é
nada mais do que uma Sopa de Cebola (Soupe à l'oignon), que acalenta as noites frias, acalma dias
de estresse, faz bem à saúde e proporciona requinte à mesa quando servida em
pratos individuais.
Pode até carregar certa pompa por estar entre os clássicos da gastronomia francesa, mas já mostrou todas as suas facetas quando se tornou ícone popular como o único prato servido nas madrugadas paulistanas para os frequentadores do Ceasa (atual Ceagesp- Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) durante anos subsequentes, entre as décadas de 70 e 90.
Pode até carregar certa pompa por estar entre os clássicos da gastronomia francesa, mas já mostrou todas as suas facetas quando se tornou ícone popular como o único prato servido nas madrugadas paulistanas para os frequentadores do Ceasa (atual Ceagesp- Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) durante anos subsequentes, entre as décadas de 70 e 90.
A história da famosa sopa servida para o público que frequentava o Centro
Estadual de Abastecimento remonta à própria construção do Ceasa, há quase 45
anos.
Dizem que um comerciante passou a juntar ingredientes fortificantes
(salsão, cenoura, alho, alho-poró, cravo .....para preparar um caldo) e agregá-lo
à cebola picada, dourada num grande tacho, para fazer uma sopa. O quitute espantava
o frio durante as feiras da madrugada. No início apenas destinadas aos
atacadistas e varejistas da época, mas, logo depois, os aromas ecoaram corredores a
fora entre os comerciantes chegando aos compradores até o público final.
A receita ganhou fama além Ceasa .
Seja para os que trabalhavam durante as madrugadas do Ceasa quanto para os que
gastam suas energias enquanto o sol brilha, em quaisquer das estações do ano, a
Sopa de Cebola continua entre as minhas prediletas. Basta um caldo artesanal. Preferencialmente
de galinha, escuro, como ditam os compêndios da gastronomia. Eu elaboro
conforme o que tem na horta ou na geladeira, substituindo o de
galinha pelo de carne ou de legumes. Quando bem feito, o resultado será sem
igual. No mais, a cebola cortada em lâminas finas deve ser frita lentamente em
fogo baixo numa mistura de manteiga e azeite. O caldo, após peneirado, é agregado
às cebolas douradas e flambadas na pinga. Isso mesmo. Usei pinga, ao contrário
do tradicional conhaque. Depois, basta cobrir com torradas feitas no forno ou
na frigideira (de baguete, de pão italiano, de francês...basta ser um de casca
mais grossa) e cobri-las de queijo. A receita original francesa dita que o queijo
usado é o gruyère, polvilhado sobre as fatias de pão já dispostas nas cumbucas individuais
que serão gratinadas no forno.
Soupe à l'oignon em versão autêntica brasileira
Para tornar a Sopa de Cebola ainda mais brasileira, a panela de barro foi a mais adequada ao preparo, que foi finalizado com lâminas de queijo meia-cura (presente da Adri Perin e Ivan Santos – obrigada queridos). Ah, e ao invés do conhaque, às quatro cebolas douradas na manteiga mais azeite, agregue duas doses de pinga e flambe até evaporar todo o álcool. Depois, coloque o caldo de sua preferência e ferva por 1 hora. Como sou adepta dos lindos nacos de porco - feitos à perfeição por pequenos produtores catarinenses, que apresentam uma extensa camada de carne e pouca gordura – agreguei 100 gramas de bacon ao cozimento.
Para tornar a Sopa de Cebola ainda mais brasileira, a panela de barro foi a mais adequada ao preparo, que foi finalizado com lâminas de queijo meia-cura (presente da Adri Perin e Ivan Santos – obrigada queridos). Ah, e ao invés do conhaque, às quatro cebolas douradas na manteiga mais azeite, agregue duas doses de pinga e flambe até evaporar todo o álcool. Depois, coloque o caldo de sua preferência e ferva por 1 hora. Como sou adepta dos lindos nacos de porco - feitos à perfeição por pequenos produtores catarinenses, que apresentam uma extensa camada de carne e pouca gordura – agreguei 100 gramas de bacon ao cozimento.
Ingredientes (para quatro pessoas)
- 6 cebolas médias
- 1,5 litro de caldo de carne
escuro (preparado com antecedência), de frango ou de legumes;
- 50 gramas de manteiga
- azeite para cobrir o fundo da panela, no caso uma de barro
- duas doses de pinga
- 5 fatias grandes de pão
- 1 maço de temperos diversos, enrolados, protegidos por folha de
louro e um lâmina de alho poró, e amarrados (bouquet garni) – alecrim,
manjericão, tomilho, salsinha, cebolinha, louro seco e uma lâmina desfolhada do
bulbo do alho poro. Costumo fazer o caldo com os legumes e temperos da estação.
Então, o que estiver ao seu dispor, com sabores similares, está valendo, mas prevalecendo os ingredientes da temporada em questão.
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