segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Espaghetti com lagosta-sapateira e camarões crocantes para mais uma noite de comemorações
INGREDIENTES (para duas pessoas)
· 300 gramas de massa, espaghetti, grano duro;
· 2 sapateiras de, em média, 200 gramas cada;
· 200 gramas de bacon, magro, em cubos bem pequenos;
· 2 maços de salsinha picada;
· 2 colheres de azeite de oliva extravirgem;
· 50 gramas de manteiga;
· 1 cebola picada;
· 1 cebola cortada ao meio;
· 1 talo de salsão;
· 1 talo de alho poró;
- 1 copo de vinho brande, seco.
MODO DE PREPARO
Pré-preparo da sapateira
· Depois de bem lavada, cozer a sapateira em água com sal, pimenta do reino, salsão, alho poró e cebola ao meio;
· Cozinhá-las por 40 minutos;
· Retire-lhe as patas e as pinças. Retirá-las da água e deixar esfriar.
· Com uma tesoura de cozinha, abra a sapateira pela parte posterior - da cabeça ao rabo, extraindo o miolo e as ovas e reservando-os. Parta as patas e as pinças, extraia todo o conteúdo e junte ao miolo. Todo o processo deve ser feito sem quebrar a carapaça, para preservar a carne inteira, de cada membro
· Reservá-las
·Preparo do molho
· Aquecer, em uma frigideira de fundo grosso, 1 colher de azeite de oliva e, em fogo bem baixo, dourar cubos de bacon;
· Colocar cubos de cebola e dourá-los;
· Acrescentar a carne da sapateira, em fogo baixo, e deixar caramelizar (cerca de 10 mintuos).
· Desligar e reservar.
Finalização
· Cozinhar a massa ao dente, no máximo por 10 minutos. Dois minutos antes, ligar a panela com sapateiras, acrescentar aspargos, manteiga e a massa direto da panela onde foi cozida.
· Desligar o fogo, colocara manteiga, mexer rapidamente e servir em pratos individuais;
· Polvilhar salsa cortada grosseiramente e decorar cada prato com ervas frecas.
· Derramar fio de azeite e servir.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Com amor e com afeto, fiz seu bolo predileto: Bolo de cerais e frutas frescas
Bolo de cerais e frutas frescas
A receita de bolo similar já foi detalhada neste blog, mas, além de sempre incorporar castanhas diversas, finalizações exímias com lâminas de frutas distintas, o Bolo de cerais e frutas frescas preparado pela Lu Martins (Luzinha) sempre chega em momentos especiais, isto é, quando menos esperamos. Além de ser um preparo adequado ao período de festas, pois além de ser belo, incorpora componentes símbolos da cozinha natalina, como as nozes, castanhas, frutas secas mais frescas e...presentes. Sim, presentes, pois morar na Vila - nomeada por nós de Ida em homenagem a senhora Ida, minha querida avó e madrinha - foi o começo de um resgate de uma história de vida, onde os temperos, legumes, hortaliças, flores....brotavam por todos os cantos. Onde sob sol e chuva ela e o vô Constante se dedicavam à horta, que à época, podia ser admirada até o fundo de vale coberto pela Mata Atlântica, que hoje foi aterrado por quem não sabe da terra nada tirar. Anos passaram e cá estamos nós a resgatar, dia após dia, as terras lá no fundo estancadas, cheias de cuidados, mas, com o passar dos anos, escondidas.
"Com amor e com afeto, fiz seu bolo predileto"
Palavras da própria quituteira Luzinha exemplificam o quanto significa morar aqui, na Vila Ida. Todas as semanas, cá estamos nós, compartilhando saberes, sabores e amores. Trocando afagos por meio de pequenas porções de delícias; de mudas, sejam elas de temperos, de flores, de ervas. Os jardins a cada dia mais resplandescentes, cada morador da Vila responsável por seus cultivos, mas sempre complementados pelas mãos da dupla Carmelino e Kátia, profissionais exímios contratados mensalmente para nos ajudar a dar cor e ainda mais vida aos caminhos que levam ao Pastifício Dell'Amore.
Viver aqui me remete muito ao dia-a-dia dos italianos, que brigam para ter a oliva mais palatável, os legumes mais brilhantes, o sabor mais exultante. Tive nostalgia deste modo de vida amplamente alastrado na Itália ao conversar com um jovem italiano (. Ele e sua esposa, de passagem profissional pelo Brasil, moram em Milão. Mas me relatou que quando está em Milão, ao visitar a família no , na bagagem, os litros de azeite de oliva não podem faltar, já que como os produzidos por eles, na Puglia, são os melhores do país da bota. Os jovens agricultores, que, independente da profissão que optam por seguir, jamais deixam de lado a essência de ser um camponês e referendar os 'frutos' familiares como melhores de que os produzidos na Toscana. Assim como só um verò italiano sabe ser e fazer.
Viver aqui me remete muito ao dia-a-dia dos italianos, que brigam para ter a oliva mais palatável, os legumes mais brilhantes, o sabor mais exultante. Tive nostalgia deste modo de vida amplamente alastrado na Itália ao conversar com um jovem italiano (. Ele e sua esposa, de passagem profissional pelo Brasil, moram em Milão. Mas me relatou que quando está em Milão, ao visitar a família no , na bagagem, os litros de azeite de oliva não podem faltar, já que como os produzidos por eles, na Puglia, são os melhores do país da bota. Os jovens agricultores, que, independente da profissão que optam por seguir, jamais deixam de lado a essência de ser um camponês e referendar os 'frutos' familiares como melhores de que os produzidos na Toscana. Assim como só um verò italiano sabe ser e fazer.
Ingredientes
· 2 xícaras (chá) de farinha de trigo integral
· 1 xícara (chá) de farinha de trigo branca
· 2 xícaras (chá) de açúcar cristal (eu uso 2 xic. de açúcar mascavo ou 1 xic de acúcar cristal 1 xic de açúcar mascavo)
· 1 xícara (chá) de leite
· 3 ovos
· 3/4 xícara (chá) de óleo
· 1 colher (chá) rasa de canela em pó
· 1 colher (sopa) rasa de fermento químico - para bolos
· 2 maçãs 'fuji
· 1 limão galego
· 1 punhado de ameixas secas descaroçadas picadas
· 1 punhado de uvas passas brancas descaroçadas
· 1 punhado de Castanha do Pará picadas grosseiramente (ou nozes, amêndoas, etc)
Modo de preparo
Fatie as maçãs e deixe marinando no suco do limão com um pouco de açúcar, para não escurecer. Reserve. Envolva as passas, a ameixa e a castanha em farinha para que essas se espalhem uniformemente na massa. Reserve também. Em uma tigela coloque as farinhas, o açúcar, a canela e o fermento. Bata agora no liquidificador os ovos com o óleo e o leite. Junte esse líquido aos ingredientes secos na tigela. Mexa bem à mão. Adicione as frutas secas e as castanhas, mexendo bem para que essas se espalhem pela massa por igual. Despeje em fôrma untada e enfarinhada. Decore com as fatias de maçã, fazendo desenhos. Leve para assar em forno preaquecido. Espete um palito no meio do bolo para saber quando esse está pronto (deve sair seco).
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Trilogia de nhoque a quatro mãos
Poderia até nomear uma sinfonia.
Mas o resultado não deixou de ser, já que a dupla de cozinheiras para lá de
afinadas (Luzinha Martins e eu) estreamos na cena culinária juntas, pela
primeira vez, produzindo quitutes para lá de saborosos. E não nos intimidamos em
fazer pouca coisa. Foram três versões de nhoque, cada qual com suas pitadas de
temperos e ingredientes, convenientes com a matéria-prima destaque. Nhoque de
batata-salsa (mandioquinha) e de batata-doce. Alternativa a esses, o de inhame,
que superou todas as expectativas, já que as opiniões não foram só as nossas,
mas com os amados companheiros de vida, que partilham o dia a dia aos nossos
lados.
Apesar de seguirmos algumas receitas
não há como assegurar que devem ser feitas ao pé da letra. Afinal, como bem ensina o profissional da cozinha Alain Ducasse, "cozinhar não é seguir as receitas ao pé da letra, é conservar-lhes o espírito".
No caso, enfatizo em dose tripla por se tratar de nhoques
preparados com tubérculos assados (inhame), cozidos (batata-salsa) e no vapor
(batata-salsa – mandioquinha), que exigem manipulações diversas, onde o ponto é assegurado na hora
de esticar cada um deles. Se não estiverem firmes, voltam para as mãos.
Nhoque de inhame (4 porções)
- Cerca de 1 quilo de inhame pesado depois de assado e sem a casca. Na
ocasião, esta quantia representou quatro tubérculos grandes, envoltos em
alumínio e assados por cerca de 1h. Para atestar o ponto, perfurar e sentir se
está macio. Na ocasião, dois deles ficaram uns 20 minutos a mais). O bom de
enrolá-los no alumínio é que preservam ainda mais o sabor, textura e cor
- 2 xícaras de farinha de arroz
- sal
Modo de preparo
Depois de descascados, chega a hora do fitness. E olha que a Lu tem um poderoso amassador. Mesmo assim,
para tirar todos os grumos e totalmente macio, o negócio é usar a força e ter
paciência;
Em seguida, agregamos o azeite, sal e a farinha.
Acertar o ponto para enrolá-lo foi o maior desafio, já que o inhame é
fibroso e, por vezes, voltava às mãos, recebia um pouco mais de massagem para
ativar o amido e, ao final, acabamos moldando algumas dúzias para que ficassem,
além de gostosos, belos.
Nhoque de batata-doce (3
porções)
- Cozinhamos três batatas-doces na água. Ela cozinha mais facilmente.
Retiramos a casca, amassamos também mais facilmente.
- 1 gema
1 xícara mais ½ de farinha de arroz
1 xícara de amido fécula de batata
Noz moscada a gosto
Sal
Regar com azeite
Modo de preparo
Agregar bem todos os ingredientes, fazer bolas na mão e estica-las na
mesa, polvilhadas com afécula.
Ao contrário do Inhame, o de batata-doce é mais fácil de esticar e
rápido de finalizar.
Mas o de inhame fica mais aerado. Já este é mais pesado.
Nhoque de batata-salsa (mandioquinha) 2
porções
- Cerca de duas xícaras da
mandioquinha ao dente, cozidas no vapor em finas lâminas.
- Amassar bem
- Agregar 1 gema
- Azeite de oliva
- Noz-moscada ralada
- Sal
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Molho Pesto
O molho pesto é básico no que se
refere ao preparo; prático por ser versátil; refrescante - já que agrega ingredientes crus,
azeite, alho......; além de agregar sabores diversos conforme o papel que vai
cumprir na refeição. Pode ser usado como antepasto quando regado sobre uma
fatia de queijo branco (seja de cabra, búfala...); primeiro prato, quando usado como ingrediente principal, a exemplo de uma
massa; segundo prato se chegar à mesa banhando um naco de frango assado; e,
ainda, finalizar as etapas dos salgados escoltando legumes ou folhas. A
sequência é referenciada nas etapas das refeições verdadeiramente italianas,
cada qual a seu tempo.
Testaroli |
Atualmente, como minhas refeições
são, em sua maior parte, realizadas na minha cozinha, sempre na companhia da
minha bela cocker Rúbia, busco satisfazer meu apetite, com os aprendizados do
bem-viver, mas sem perder muito tempo com o preparo, reservando-o para degustar
com tranquilidade e, literalmente, comendo saúde. O que facilita o preparo é
que as ervas e as hortaliças saem da minha própria horta, que, neste momento
está sendo revigorada em termos de infraestrutura.
No que se refere ao preparo do
molho pesto, o meu princípio é macerar a erva num pilão, não deixando que se
torne uma pasta, mas, sim, uma salsa, com pedacinhos do basílico ou da rúcula,
que preparei em casa dias desses.
Para o pesto tradicional, não uso
manjerona e sim basílico da Ligúria, que cultivo graças às sementes que ganhei de Gianne e Cris.
As folhas são mais finas, o que modifica
o resultado; azeite de boa qualidade; pouco alho mais pinole. Lógico que busco também o uso de castanhas
diversas, seja de caju, do Pará, e, até mesmo, do nosso tradicional pinhão, mas
que é mais pastoso se comparado ao pinole, mesmo se cortado em pequenos pedaços
e levemente tostados.
O pinhão se forma dentro de uma pinha. Já o pinole, cada unidade é encapsulada, tem uma casquinha própria, com sabor que se assemelha ao da amêndoa, mais delicado, e mais propícia à elaboração do verò pesto genovês, pois não torna a salsa pastosa.
O pinhão se forma dentro de uma pinha. Já o pinole, cada unidade é encapsulada, tem uma casquinha própria, com sabor que se assemelha ao da amêndoa, mais delicado, e mais propícia à elaboração do verò pesto genovês, pois não torna a salsa pastosa.
Pesto
dentesde alho
1 colher (chá) de sal
1 xícara (chá) de manjericão fresco
3 colheres (chá) de pinoli ou de nozes (sem casca)
100 g de queijo peccorino ou de parmesão ralado
1/2 xícara (chá) de azeite
pimenta-do-reino a gosto
1 colher (chá) de sal
1 xícara (chá) de manjericão fresco
3 colheres (chá) de pinoli ou de nozes (sem casca)
100 g de queijo peccorino ou de parmesão ralado
1/2 xícara (chá) de azeite
pimenta-do-reino a gosto
domingo, 19 de outubro de 2014
Massa, instituição da culinária mundial
Quando se trata de comer bem (para saciar a fome e a saúde), em minha
opinião, o povo italiano compõe uma instituição da culinária mundial - cultura
propagada por todos os continentes e motivadora pela forma que muita gente cozinha aualmente. Os ingredientes frescos, orgânicos, vindos da horta para a
mesa difundem, a cada dia, o ato de comer bem, de forma descomplicada, e isso
porque a pobreza da Campanha influenciou os pratos mais amados da culinária
italiana, os idolatrados cibo poverino.
Do
antipasti (etapa na qual prevalecem
os embutidos, queijos, pães, focaccias) ao contorni (legumes, grãos, folhas), a meu ver, a
segunda etapa (primo piatto) composta
pelas massas nunca desce do pedestal.
Bom, aqui, no Brasil, comer massa é um deleite tão especial, que não concede espaço para demais fases, pois são
servidas em porções tão generosas, ao contrário da dos queridos moradores do
país da bota. Refestelamo-nos, cedendo vez apenas para nacos de pão, para
enxugar bem o prato diante de um sugo bem elaborado (vero sugo di pomodoro).
Com certa experiência
no preparo das massas artesanais, em minutos o cardápio de um especial almoço
de domingo é elaborado: ravioloni artesanal feito com semolina e ovos caipira. Para
o recheio e molho, ervas frescas, uma lata de tomates pelados, azeite, queijo
parmesão. Os demais componentes podem ser básicos. Para a ocasião, algumas
fatias de peito de peru, mussarela, requeijão mais orégano fresco, pendurado em
ramos para secar - o aroma é bastante diverso dos comprados já embalados.
Para o preparo
da massa, a dica de hoje é a semolina branca (Famiglia Venturelli, de Sertanópolis/PR), que encontrei na Casa do Queijo,
em Curitiba, que proporciona elasticidade à massa durante a abertura, sem
permitir que abram durante o cozimento, mesmo com a espessura bastante fina. Por
um preço justo, a semolina em questão se assemelha à grano duro 00 italiana, que é fina como um talco e tem menos glúten que a nossa
farinha comum, o que deixa a massa mais delicada. A de semolina, que vem da moagem do durum, o mais forte dos trigos, tem alto teor de glúten e resulta em uma massa com mais
estrutura (mais firme, mas fácil de manipular).
Para finalizar o
prato, um sugo simples, elaborado com uma lata de tomates pelados levemente amassados,
nacos de alho e flores de alfavaca, que proporcionam mais perfume à salsa. No mais, cocção morosa até o molho adquirir um vermelho intenso e opulento.
Para completar, a chuva
delícia que cai aqui em Curitiba, na tarde deste domingo, acalenta o calor que predomina na capital mais fria do
país tornando o cardápio ainda mais propício, seja nos sabores e nos saberes.
domingo, 28 de setembro de 2014
Comer é MASSA!!!!!
Brodo de frango com cappelletti de catupiry |
Retrato da Itália, as massas
caseiras retornam às mesas no cotidiano dos brasileiros
Para o deleite da maior colônia
italiana fora do país europeu, as massas artesanais - similares àquelas
comumente degustadas no dia a dia dos italianos que lá habitam – por aqui, cada
vez mais, a tradição retorna às origens. Basta conferir o número de publicações
que dedicam páginas e páginas às centenas de formatos variados que podem ser
facilmente reproduzidos em casa.
agnolotti à base de espinafre com queijo canastra, salpicado com presunto cru e parmesão |
Particularmente, mesmo tendo
duas ‘velox’ em casa (máquina para abrir massa, herança de avós, renegada por
muitos) prefiro transformá-las em longas e finas lâminas usando o bom e
conhecido rolo de madeira. A fina e grande folha de massa aberta facilita a
escolha entre o formato que vai desenvolver.
Brodo de frango com cappelletti de catupiry |
ravioli de zucca (abóbora) finalizados no azeite de ervas, ervilha e pancetta |
Para o final de semana, alguns formatos, com recheios variados foram produzidos. Ravióli e tortelli di zucca com catupiry (abóbora-pescoço cortada em cubos, refogada no azeite, temperada com pimenta seca, sal, gengibre, pimenta-do-reino mais umas colheradas de catupiry). Outro exemplar foi o capelletti de queijo cozido no brodo de frango. Agneloti de embutido triturado (para a ocasião, salame de cordeiro) finalizado na manteiga de sálvia;
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
A ‘bicuda’ que nos fisgou
No último domingo de agosto, logo cedo fomos à
peixaria do Joel buscar o que havia ‘chegado’ do mar com o rigoroso frescor com
que todos os frutos do nosso mar de Zimbros são capturados, cuidadosamente
limpos, comercializados e servidos por todos os companheiros de vida que lá
moram.
A escolha não era convencional, já que necessitávamos de um peixe grande, macio e de gracioso sabor para ser assado ou grelhado inteiro. Lá, em se tratando de peixe, fugir do tradicional é regra, mas nem sempre a nossa escolha satisfaz a todos os paladares. Mas para bom conhecedor, uma pergunta basta e, com ela, sugestões diversas do Cido, do Zorro, do Joel, do Evandro... devem ser aceitas. E como três adoráveis pessoas iriam partilhar a refeição em casa (Tomate, Fernanda e o pequeno Luca), pessoas estas que o destino tratou de colocar no nosso caminho à beira mar, o delicado sabor foi questão de ordem.
Mas, no nosso Mediterrâneo (Zimbros) este quesito nunca foi problema. Seja das pequenas maria-luísa (também conhecidas por pescadinha, roncador, socozinho...) limpas à perfeição, com todas as espinhas removidas pelas mãos abençoadas da amada Benta (minha mãe, que mora em Zimbros), sororoca, namorado, cavala, guaivira ao cação e à garoupa perfeitos para uma moqueca, tudo é carregado de frescor.
A escolha não era convencional, já que necessitávamos de um peixe grande, macio e de gracioso sabor para ser assado ou grelhado inteiro. Lá, em se tratando de peixe, fugir do tradicional é regra, mas nem sempre a nossa escolha satisfaz a todos os paladares. Mas para bom conhecedor, uma pergunta basta e, com ela, sugestões diversas do Cido, do Zorro, do Joel, do Evandro... devem ser aceitas. E como três adoráveis pessoas iriam partilhar a refeição em casa (Tomate, Fernanda e o pequeno Luca), pessoas estas que o destino tratou de colocar no nosso caminho à beira mar, o delicado sabor foi questão de ordem.
Mas, no nosso Mediterrâneo (Zimbros) este quesito nunca foi problema. Seja das pequenas maria-luísa (também conhecidas por pescadinha, roncador, socozinho...) limpas à perfeição, com todas as espinhas removidas pelas mãos abençoadas da amada Benta (minha mãe, que mora em Zimbros), sororoca, namorado, cavala, guaivira ao cação e à garoupa perfeitos para uma moqueca, tudo é carregado de frescor.
Desta feita, entre os variados e adoráveis tipos de
pescada, a ‘bicuda’ foi a fisgada. Que este é o peixe mais consumido no
Brasil já sabemos. Que nenhum outro (considerado por muitos de segundo escalão)
alia um sabor sem igual a tantas outras vantagens naturais também. Mas, da ‘bicuda’,
ainda naco algum havia sido provado. Pois bem: reparado com toda a
simplicidade com que todo pescado fresco deve merecer, foi apenas levada para
casa já limpa, sem as vísceras.
Lá, foi lavada, temperada com sal e
pimenta, passada para uma assadeira forrada com papel alumínio. No mais, besuntada
com azeite e alecrim picado, e coberta com cebolas em rodelas mais vinho branco e lacrada. Forno adentro, foi assada por cerca de 30 minutos. Depois deste tempo, o bom mesmo é remover o alumínio, e deixar por mais 20 minutos, apenas para que a ‘bicuda’ adquira um tom dourado.
Consumo, abundância e sabor sem igual
Nenhum outro peixe da orla brasileira alia sabor,
qualidade, benefícios naturais e versatilidade no preparo. Logo, preço acessível. Então, vamos às pescadas. Quando pequena, apenas empanada na farinha, frita
em imersão e banhada de suco de limão rende um petisco sem igual; ou mesmo, envolta em um naco de pancetta e uma fatia de gengibre e depois frita resulta em um sabor inesquecível.
A pescada-branca, feita em filé, salteada na chapa proporciona categoria a qualquer cardápio.
Inteira, recheada com ervas frescas e servida com paçoca de ovas de tainha, não tem
o que falar. Enfim, a pescada merece louvor e deve ser colocada à mesa. Em
qualquer circunstância, seja a branca, a amarela, a bicuda......o cardápio
merecerá respeito.
enroladitos Zimbros, com pancetta e gengibre |
pescada-branca grelhada |
domingo, 17 de agosto de 2014
Uma travessa de joelhos de porco. Por hoje, basta!!!
Para nós, brasileiros, o porco sempre teve grande valor. Mesmo na
capital, muitas famílias mantinham seus chiqueiros no fundo do quintal. Lógico
que cada porquinho tinha nome e sobrenome, Mas, à mesa, o que prevalecia era a
designação de cada parte com seus respectivos sabores. Com a vó Maria, aprendi
a degustar a cabeça. Após preparar os pequenos leitões inteiros, esta parte era
tirada e escondida no forno para ser degustada mais tarde. Era para poucos. Amém!!!! Sempre estive entre elas.
Quando assado, o que me interessava, e, infelizmente, a todos que estavam
ao redor daquela obra de arte dourada, era a pururuca. Com o passar dos anos, o
sabor de cada naco permaneceu em minha memória, e os joelhos, ah....os joelhos (também conhecido como eisbein - em alemão) foram, primeiramente por mim preparados
cozidos na panela de pressão, com uma receita básica, mas deliciosa, guardada
em um dos valiosos cadernos.
Meus compêndios gastronômicos, assim como diários de adolescentes, foram arquivados, um a um. A diferença é que nos meus diários, a comida sempre prevaleceu. E, até hoje, guardam histórias da minha vida, de quitutes que provei - verdadeiras descobertas (casa qual à sua época, valores designados a cada garfada mais o momento em que foi degustado) . E, entre as páginas, mais uma delas é da amada
Liahil Laroca: a de joelho de porco cozido. Agora, que do defumador artesanal
do Pastifício saem os (sem precedentes
já provados por mim) joelhos de porco defumados, as receitas têm se cruzado,
por vezes o ainda cru preparado com o defumado.
Desta forma, os sabores agregam
e, literalmente, somam esforços, para um resultado sem igual. Os joelhos de
porco defumado saem do defumador duas vezes ao mês, e a quem interessar, é só
solicitar que terá seu naco reservado.
Quando esta parte do porco está defumada à perfeição, a transformação se dá com a hidratação do
joelho, que pode ocorrer rapidamente com batatas cozidas. Se desejar agregar a
versão cru mais a defumada às batatas, tanto melhor.
Assim, para os admiradores, o sabor chega à perfeição.Mas se apenas o pedaço fresco estiver à seu alcance, o preparo é fácil, rápido e de sabor inigualável.
tábua de delícias suínas |
Receita de Joelho de porco cozido, de Liahil Laroca
1 joelho de porco
1 colher de açafrão da terra
1 colher de coloral
3 cebolas cortadas grosseiramente
1 maço de salsinha, com talos, picado
4/5 dentes de alho
pimenta do reino
sal mais pimenta seca de sua preferência
Água quente o suficiente para cobrir peça na panela de pressão
Folha de loro
Modo de preparo
Fazer cortes leve no joelho para que tempero seja melhor absorvido
Fazer cortes leve no joelho para que tempero seja melhor absorvido
Moer alho no pilão com pimentas e azeite
Besuntar o naco do porco com os temperos moídos
Aquecer panela, colocar azeite e dourar a peça em todos os seus lados
acrescentar açafrão, colorau e nacos de alho
em seguida cebola
cobrir de água quente, fechar panela e cozer por cerca de 40 minutos.
Abrir, colocar batas inteiras e cozê-las junto com o joelho, cuidando para não perder o ponto de cocção delas.
Se tiver um joelho defumado, antes do tubérculo, colocá-lo, cozinhar mais 10 minutos e finalizar com as batatas.
Servir com repolho azedo.
Obs.: O joelho de porco por definição anatômica deveria pertencer somente ao membros traseiros do animal, mas no mercado comercializa-se também o "joelho" dianteiro, que pertence e paleta. Existe uma diferença considerável entre o traseiro e o diantiro. O traseiro é muito mais macio, cheio de carne e saboroso que o dianteiro. Então, ao comprar, fique atento e peça sempre o traseiro !!
Obs.: O joelho de porco por definição anatômica deveria pertencer somente ao membros traseiros do animal, mas no mercado comercializa-se também o "joelho" dianteiro, que pertence e paleta. Existe uma diferença considerável entre o traseiro e o diantiro. O traseiro é muito mais macio, cheio de carne e saboroso que o dianteiro. Então, ao comprar, fique atento e peça sempre o traseiro !!
domingo, 3 de agosto de 2014
Caldinho de Feijão para abrir uma bela refeição: feijuca da Aninha
Como não poderia
deixar de ser, comemoração de aniversário de Rafael Moro Martins tem que ser mais
do que bem temperada! Grande amigo e companheiro de vida, revelo: o cara é chato.
Muuuuuito chato!!! Reflexo de sua personalidade. Não tem jeito!!!. E se não
bastasse a comemoração, a data marcou o início do ciclo dos seus 40 anos. Mas,
nada que seja relevante quando se trata de pessoas que - década após década –
nos acompanham em distintos momentos.
Para a ocasião, Aninha (companheira de Rafa)
fez uma feijoada responsa. De minha parte, não poderiam faltar os pães (desta
feita, com recheio de tomates e ervas frescas agregados à sardela feita(assim
como a massa do pão)com, no mínimo, 48h de antecedência; o caldinho de feijão
para acalentar o apetite mais farofa elaborada com farinha d’água, direto de
Belém, trazida pela querida irmã do aniversariante.
Para os admiradores de
cervejas especiais, alguns exemplares produzidos em pequenos lotes pelos M.C.
Rodrigo, Tomate e Felipe (mais conhecido como semente de tomate), aliás,
aprovada com louvor para os que tiverem o prazer de poder experimentá-la.
Quando se trata de refeições, os amados pais do corintiano Rafa (Carlos e Carmem) são pessoas experientes no assunto, além de estarem sempre em paz com a vida permeando o ambiente de alegria, afagos e elogios.
Mas, como adoro comemorar aniversários, seja o meu ou de todos que ao meu redor estão, aprovo que ........... tem que ter alegria, uma pitada de tristeza, abraços calientes....e, para acompanhar uma feijoada, parodiando Vinícius de Moraes "fazer samba não é contar piada; E quem faz samba assim não é de nada; O bom samba é uma forma de oração; Porque o samba é a tristeza que balança E a tristeza tem sempre uma esperança A tristeza tem sempre uma esperança; De um dia não ser mais triste não; Feito essa gente que anda por aí...Brincando com a vida!!!!!!! Cuidado, companheiro!!!!!! A vida é pra valer, companheiro...
E como presente para nossas vidas, Anos Incríveis!!!!!!!!!!!!!!!!!!
'oe Cocker - With a Little Help From My Friends
https://www.youtube.com/watch?v=AQb0_0AIkt4
https://www.youtube.com/watch?v=0G1w3k0f3sQ
Quando se trata de refeições, os amados pais do corintiano Rafa (Carlos e Carmem) são pessoas experientes no assunto, além de estarem sempre em paz com a vida permeando o ambiente de alegria, afagos e elogios.
Mas, como adoro comemorar aniversários, seja o meu ou de todos que ao meu redor estão, aprovo que ........... tem que ter alegria, uma pitada de tristeza, abraços calientes....e, para acompanhar uma feijoada, parodiando Vinícius de Moraes "fazer samba não é contar piada; E quem faz samba assim não é de nada; O bom samba é uma forma de oração; Porque o samba é a tristeza que balança E a tristeza tem sempre uma esperança A tristeza tem sempre uma esperança; De um dia não ser mais triste não; Feito essa gente que anda por aí...Brincando com a vida!!!!!!! Cuidado, companheiro!!!!!! A vida é pra valer, companheiro...
E como presente para nossas vidas, Anos Incríveis!!!!!!!!!!!!!!!!!!
'oe Cocker - With a Little Help From My Friends
https://www.youtube.com/watch?v=AQb0_0AIkt4
https://www.youtube.com/watch?v=0G1w3k0f3sQ
CALDINHO DE FEIJÃO PARA ACALENTAR O APETITE
Ingredientes
500 gramas de feijão
preto cozido
1 cabeça de alho, com
os dentes cortados em lâminas
Cerca de 200 gramas de
bacon em lâminas
Uma xícara de chá de
vinagrete (salsinha, cebolinha, tomate....)
1 xícara de chá de pinga
200 ml de água
1 copo de suco de
laranja Bahia
Azeite de oliva para
forrar fundo da panela de barro usada no preparo
Modo de preparoAquecer a panela de barro e regar o azeite.
dourar o bacon e separar.
Dourar o alho. Agregar os dois e flambar com a pinga.
Bater o feijão cozido colocando água para não ficar muito espesso.
passar na peneira eliminando assim o excesso de cascas.
Voltar para o liquidificador e bater novamente com a caneca de vinagrete e o suco da laranja.
Colocar na panela de barro com os nacos de alho e bacon já dourados e flambados com a pinga.
Agregar e servir.
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